sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Mordomias futebolísticas...

No blog anterior noticiava a crise em Angola que impede os Portugueses que lá trabalham de enviar dinheiro para  o  nosso País. Concerteza  que tal "crise" não afecta apenas os Portuguees que estão em Angola mas igualmente o Povo angolano,  aquele Povo que não é distinguido com a estrela do parentesco ou amizade com a família que governa o País há décadas e que,  por isso,  são angolanos de "segunda",  de "terceira"  ou mesmo de "quarta" categoria. Mas tais crises  não são exclusivo de Angola. As desigualdades que estão na sua origem ou são sua consequência abrangem outros Países e organismos. Encontrei por acidente,  no jornal "Correio da Manhã" de ontem,  dia 29 de Janeiro de 2015, nas páginas da secção desportiva,   a qual nem colhe normalmente as minhas preferências, uma notícia que me deixou incrédulo. Se estivéssemos  no dia 1 de Abril diria que só podia ser mentira. Ora,  parece que o ex-jogador de futebol, Luís Figo, se pretende candidatar ao cargo de Presidente da FIFA.



Tudo normal. Mais um português num cargo de grande prestígio. O pior é quando se sabe que o referido cargo é remunerado com um salário mensal à volta de cem mil euros mais um cartão de crédito ilimitado e ainda um carro e um avião à disposição. Se formos a ver bem é um salário... infinito.

É imoral. Não tem nada a ver com o Figo, é um absurdo tais valores pagos a apenas uma  pessoa. A quantas crianças poderíamos  tirar a fome  se pagássemos apenas um décimo deste salário pornográfico,  que ainda assim seria um bom salário e se fosse imposto um limite à utilização do cartão de crédito e restantes mordomias ?

E quem paga tudo isto ? Suponho que sejam quem vai  à bola ao domingo,  quem vê a bola pela televisão,  quem grita aparvalhado o nome do Ronaldo quando marca nais um golo,  quem compra uma camisola da selecção ao preço absurdo de oitenta euros depois de ter sido fabricada por uma criança no Vietname que ganha cinquenta cêntimos por hora ou ainda quem bebe a coca-cola carregada de açúcar, corantes e conservantes que depois paga à FIFA para fazer publicidade nas suas luxuosas galas.

Eu que não percebo nada disto, imagino que deva ser um grande negócio,  mesmo muito, muito, muito grande. E como todos os grandes negócios, há sempre espaço para o negócio escuro...

Chamam-lhe crise. Eu direi: TANTO PARA TÃO POUCOS, TÃO POUCO PARA DEMASIADOS...

Tá?!...

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