quinta-feira, 16 de abril de 2015

Dar pérolas a porcos...

Nos últimos dias temos assistido em choque e horror a uma série negra de notícias que dão conta de agressões que resultaram no infanticídio de várias crianças que estavam ao cuidado de progenitores e/ou de pessoas próximas que eram responsáveis pela segurança e bem estar dos petizes.


Primeiro foi a história macabra de um pai,  com pouco mais de trinta anos,  terá  matado o seu filho de apenas três meses à facada como retaliação contra o facto de a companheira e mãe da criança ter ameaçado terminar a relação. Descontente com a notícia,  o "dedicado" pai não foi de modas e espetou uma faca da cozinha no peito da criança. A polícia e bombeiros ainda foram alertados mas chegaram tarde demais,  tendo deparado com a criança morta,  ainda com a faca no peito. Pelo meio,  o  confesso autor do crime terá passado por um café para beber um cálice de vinho do Porto, quem sabe para ajudar a digerir o crime hediondo que tinha acabado de cometer. Detido pela polícia,  confessou imediatamente o  crime. Alegadamente,  terá ainda telefonado à sua mãe,  avó da criança,  a  relatar o que pretendia fazer.

Ainda em Portugal,  um padrasto terá espancado a sua enteada de três anos,  o que acabou por causar a morte da criança. O agressor foi detido pela polícia.


Ponho-me a pensar o que pode passar  pela cabeça destas pessoas para cometerem actos tão bárbaros,  tão inexplicáveis pela mais comum das razões. Será resultado de algum desequilíbrio mental,  de alguma loucura momentânea ou seria algo que já estaria pré determinado ? Uma rápida pesquisa pela Internet,  feita em língua portuguesa,  dá conta de dezenas,  talvez centenas ou mesmo milhares de agressões e mortes de crianças. É  o acto mais cobarde,  agredir quem não se pode defender,  matar quem era suposto proteger. Tudo isto conduz-me a um raciocínio que seguramente muitos considerarão marginalizador mas que  a bem dizer faz todo o sentido e poderia mesmo evitar muitas destas mortes. Quando alguém pretende adoptar uma criança,  essa pessoa vê a sua vida escrutinada ao mais ínfimo pormenor,  sendo frequente a recusa da adopção com base em pequenos detalhes que se formos a ver bem e compararmos com a situação de muitas crianças não terão assim tanta importância. O processo de adopção é complicado e demorado,  pois é necessário garantir a segurança e conforto das crianças. Então,  porque é que a pessoas sem quaisquer condições,  económicas,  sociais e psíquicas, é permitido ter filhos em catadupa,  apenas para,  em demasiadas ocasiões,  viverem uma vida miserável e acabarem mesmo por morrer às mãos de quem era suposto dar-lhes  amor ? Tal como para a adopção,  não faria sentido uma avaliação prévia para aferir quanto às condições existentes para criar  descendência,  e só depois de confirmadas essas condições é que seria autorizada a reprodução ? Parece uma ideia louca mas não serão os que cometem tais crimes os verdadeiros loucos ?

Entretanto, o Futebol clube do Porto venceu o Bayern de Munique para a Liga dos Campeões de Futebol. A notícia preenche as primeiras páginas.  Esquecemos os horrores,  as desgraças,  a maldade, a crueldade, a hipocrisia, a corrupção e ficamos todos mais felizes. Todos menos um...

Tá?!...

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