segunda-feira, 6 de abril de 2015

Tempo de Mudança...

Mais uma Páscoa que passou.  Celebração da morte de Jesus Cristo (se é que a morte é uma coisa para ser celebrada...),  o qual terá dado a sua vida por todos nós,  uma espécie de perdáo colectivo personificado em Cristo, tempo da Família e de reflexão.

As crianças e jovens em idade escolar têm o merecido (para alguns...) descanso e os Pais mais tempo para desfrutar da companhia dos pequenos diabretes ou,  então,  para arranjarem mais dores de cabeça porque não sabem o que fazer com as crianças.

Nesta Páscoa,  desde quinta-feira,  dia 2 de Abril,  até hoje,  segunda-feira,  dia 6 de Abril,  decorreu mais uma greve de funcionários da CP. Entre maquinistas e revisores foram poucos,  muito poucos mesmo,  os que não aderiram à paragem laboral. Principais prejudicados,  mais uma vez,  são os passageiros,  esses desgraçados que pagam sempre por tabela sem que nada tenham feito para o merecer. Entre as pessoas que pagaram os seus bilhetes adiantados, via passes de transporte,  clientes menos habituais e os milhares de turistas que nos visitam nesta altura do ano,  foi uma razia,  com pessoas desesperadas a terem que arranjar alternativas em cima da hora,  com custos  frequentemente muito mais elevados e com perdas de tempo  assinaláveis.  E os turistas,  que tinham as suas férias planeadas,  com que imagem ficam do País ? Para além disso, a convocação da greve para esta altura  festiva,  em que o movimento de passageiros é bastante mais elevado,  tem contornos de crueldade e maldade puras, pois prejudica principalmente aquele que é o  elo mais fraco:  o passageiro. A greve é uma arma de último recurso, por isso a forma repetida como estes Senhores recorrem à greve retira-lhe significado e sentido, pois é apenas "mais uma greve..."

No plano familiar pude reunir a Família num almoço domingueiro de Páscoa,  num  restaurante da bela cidade de Olhão. O restaurante estava cheio e havia até quem aguardasse por mesas à porta,  formando uma fila. Outros,  ainda,  chegavam,  olhavam para a  extensa fila e para o restaurante completaments  cheio e,  desanimados, davam meia volta e partiam para outra freguesia.  Enquanto esperava ser servido,  o que demorou cerca de uma hora,  dei-me ao trabalho,  por simples curiosidade,  de contabilizar  os que chegavam e imediatamente partiam. Contei  cerca de trezentos potenciais clientes que nunca o chegaram a ser. A verdade é  que o serviço era lento por manifesta falta de pessoal. Os  funcionários bem se esforçavam por atender rápida e eficazmente os clientes, mas efectivamente,  por serem poucos,  não conseguiam prestar o melhor serviço. Pus-me a pensar: "então, mas com tanto desemprego,  com tanta gente com dificuldades para alimentar a família,  não arranjam mais pessoal para  servir à mesa? Ou será que  são as pessoas que afinal não querem trabalhar,  preferindo ficar em casa, à conta de subsídios ?". Certo, certo,  é que alguma coisa não está bem. É o empresário que perde  dinheiro,  é  o cliente insatisfeito e é o Estado que deixa de cobrar os impostos devidos pelos clientes que afinal nunca o chegaram a ser...

Não sei se é a minha recente veia política,  mas tenho estado mais alerta quanto à necessidade de mudança neste País. Mudança de mentalidades,  de atitudes e  de política. Urge dar lugar a novas ideias,  a novas maneiras de fazer as coisas. Ultimamente tenho-me identificado com o Partido Democrático Republicano (PDR), mas,  a bem dizer,  seria interessante ter uma nova côr política no Govêrno de Portugal,  independentemente dessa côr. Se for o PDR, tanto melhor,  mas o importante mesmo seria a mudança desta política bafienta e viciada que nos corrói há  quarenta e um anos,  sem que tenhamos,  apesar dos protestos,  feito algo que pudesse alterar verdadeiramente o rumo.

Cristo morreu na Cruz para remissão dos nossos pecados. Façamos que tenha valido a pena e que,  agora que Ele se foi há quase dois mil anos,  comecemos, finalmente,  a pensar por nós próprios,sem ficar eternamente à espera de um Messias que resolva por nós todos os problemas...

Tá?!...

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