quinta-feira, 30 de abril de 2015

Digno jornalismo local...

O Autor, a caminho dos 90 anos de idade...
Dirigindo-me, esta tarde, ultimo dia do mês de Abril de 2015, (portanto Quinta-feira dia 30), ao Centro Comercial, próximo da minha residência, com um Céu azul e um fim de tarde com um Sol radioso, faz-nos sentir como se estivéssemos  beneficiando de um belíssimo Verão Primaveril, entrando na papelaria, no piso térreo, notei que estava já exposto, numa das prateleiras, para venda  ao Público, o jornal local "Brisas do Sul", que adquiri, de imediato.

De regresso a casa, sentei-me junto ao computador, e comecei logo  a ler o conteúdo literário, do referido jornal. Lendo   página a página, fiquei surpreendido, que no canto superior direito, da página 5, com destaque, lia-se este titulo ..."Em nome do Povo...". e pensei para comigo, até parece  o titulo  de um texto  que "escrevinhei" há  pouco tempo... e... ao ver  o nome, no final, fiquei surpreendido ao notar  que o   subscritor do tal artigo, afinal... era eu ! Armando Baptista.


Foto-montagem do jornal hoje publicado - "Brisas do Sul"...

Agradecido pela  amável gentileza que o digno Director do Jornal "Brisas do Sul", Senhor Luís Viegas,  teve para com este "veterano", que com  ingenuidade, e apesar da idade, ainda vai lançando "bocas", através dos jornais, para que todos se sintam mais felizes e contentes..

Tá?!....

Era uma vez...

O amigo Pelinha...
Manhã  de quinta-feira,  Céu azul, Sol radioso,  um dia de Verão Primaveril. Na companhia do fiel Pelinha saio de casa para esticar as pernas,  apanhar um pouco de ar e fazer umas compras.

Dirijo-me ao Centro  Comercial próximo da minha residência  e entro na papelaria no piso térreo onde adquiro a edição do dia do jornal "Correio da  Manhã". Em anexo ao jornal encontro o  primeiro fascículo duma colecção dedicada à vida nas ex-colónias e ao regresso à Metrópole. Tenciono ler e seguramente servirá de inspiração de futuros blogs.

Entretanto passo os olhos pelo jornal. Primeira página:
  • Menina de doze anos violada pelo padrasto está grávida e foi autorizada a abortar;
  • Empresa do ex-patrão de  José Sócrates  tem perdão do IVA;
  • Homem mata família a tiro;
  • Gestor do Grupo Lena preso na sua casa milionária.
Viro o jornal para última página  na esperança de encontrar notícias melhores. E de facto assim foi:
  • Ministro da Educação garante verbas para escolas  do ensino artístico;
  • BPI lucra trinta e um milhões de euros no primeiro trimestre de 2015 (esta não sei se é uma boa notícia...);
  • Turismo rende um milhão de euros por hora.
E de boas notícias é tudo. Venham as más:
  • Sócrates pode sair da prisão preventiva antes do prazo máximo previsto na Lei;
  • Ruído no Metro de Lisboa afecta saúde dos passageiros;
  • Motociclista ferido com gravidade  em Albufeira;
  • Tripulante de navio de  cruzeiros  morre subitamente;
  • Jovem de vinte e dois anos,  que conduzia embriagado,  injuria e tenta agredir agentes da PSP.
 


















Nem me atrevo a abrir o jornal. De más notícias estou eu farto. Pego no livro "A Vida nas Colónias - Descolonização" e começo a ler. Dizem que recordar é viver,  por isso deixem-me viver um bocadinho...

Tá?!...

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Notícias frescas quanto ao sindicalismo bancário...

Como velho bancário reformado, a caminho dos noventa anos de idade, satisfaz-me, plenamente, toda  a leitura inserida  na Revista "Febase", que a Federação do Sector Financeiro - UGT,  gentilmente me envia, aquando das suas edições mensais. No número que acabo de receber (nº 52 de Abril de 2015) vem uma noticia, que me alertou para uma circunstância que considero extremamente importante, como alias se pode  pressentir com o que seguidamente  pretendo expor (com a devida vénia e o maior respeito)...

Fui um dos Bancários, vindos de Angola, que teve o beneficio de ter sido  integrado num dos quadros de  Pessoal de um determinado Banco, em Lisboa, mercê de um Despacho Ministerial (Dr. Salgado Zenha),  mas na condição  de ser admitido como Aprendiz da Banca, mesmo que tenha sido Director Financeiro Bancário, no Ultramar.

Decorreram muitos anos, após a  referida admissão, tendo exercido posteriormente , e a contento, várias actividades no sector, acabei por ter passado a situação de Reformado, com direito  a mínima pensão de reforma, estatutariamente estabelecida no sector bancário.

Vicissitudes ligadas aos condicionalismos que, na vida, a Natureza nos impõe, por vezes bons e noutras menos bons, certo dia, minha saudosa Esposa, que Deus a Tenha em Paz e Descanso,  por indicação clínica, tentou seguir o aconselhamento que o distinto Médico local, (em Olhão) prescrevera,  face ao grave estado de saúde que a acometera, de se internar no belíssimo Lar de  Idosos, dos Bancários,  aqui existente no Algarve. O resultado foi consentâneo com o teor da correspondência oficial, que nos foi  dirigida, conforme a fotocópia da carta que tomo a liberdade de anexar:

 photo Carta_zpsj8u0ycwz.jpg



Posto isto, que felicidade sentiríamos TODOS NÓS,  se viesse a ser, brevemente, aceite, o que vem  descrito na página central, da revista acima mencionada, que transcrevo:

..." Se tivermos em consideração que, em muito breve espaço de tempo, como  é consensual, a constituição do sindicato único...


E assim acabava-se com a discriminação SINDICAL de se  ser do Norte, Centro  ou Sul do  País PORTUGAL ....

Tá?!...

A eterna lembrança dos nossos "bons dias"... em Angola !

Quase cinquenta anos passados,  mas parece que foi ontem.

Nesse tempo,  noutra terra,  mais quente, tropical, existia um Banco ao qual chamaram BANCO TOTTA-STANDARD DE ANGOLA. Fundado em 1967,  tinha na sua equipa este vosso escriba,  juntamente com muitos outros jovens sonhadores.

Com a sede na Avenida de Paulo Dias de Novais, na marginal de Luanda,  situava-se paredes meias com o Banco de Angola.  A paisagem para a baía de Luanda era deslumbrante. Ainda hoje é um dos edifícios  mais emblemáticos da capital Angolana.

Até 1975,  data da independência do país,  desenvolvi,  junto de Colegas pelos quais nutro ainda hoje elevada estima,  actividade neste Banco, mais concretamente na secção de Contabilidade, a qual chefiava com empenho e honestidade.

Recordo que o Banco Totta-Standard de Angola dispunha de 22 Agências, uma em cada distrito,  isto à data da independência. Gosto de pensar,  como membro da equipa fundadora que também eu contribui para o crescimento da Instituição.

Lembro-me ainda que os Funcionários e Funcionárias se envolviam frequentemente em convívios,  os quais contribuíam para um espírito de equipa saudável e que se recomendava vivamente. Eram jogos de futebol, rallies paper, concursos de pesca desportiva, jantares de Natal e comemorativos de outras efemérides, isto para alem dos almoços e convívios mensais entre elementos de uma mesma secção.

Este espírito de fraternidade perpassou décadas e transferiu-se para um outro continente,  para onde, muitos dos que partilharam tempo e espaço em Luanda, se viram obrigados a transferir a sua vida,  a sua existência.

O contacto foi-se mantendo e em 2008 realizou-se o primeiro almoço convívio dos ex-Funcionários e Funcionárias  do BTS de Angola. Foi  com enorme emoção que  pude rever rostos que não via há mais de 30/40  anos. Trocámos abraços e cumprimentos,  não nos víamos há muito mas parecia que ainda ontem nos tínhamos encontrado num qualquer recanto do local de trabalho que partilhámos  durante anos.



Desde 2008 temo-nos  reencontrado. Mais velhos,  outros já não aparecem porque já não estão entre nós,  mas é sempre um gosto enorme reencontrar pessoas que,  para além de Colegas,  eram, e são, também Amigos.


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E, hoje, dia 29 de Abril de 2015,  acabo de reler  , no facebook,  via  Internet,  o comunicado que, os Amáveis ex- Colegas do ( EX)-BANCO TOTTA STANDARD DE ANGOLA ,  anunciam, que  fui o primeiro a inscrever-me, quanto á realização de um almoço-convívio, .que se efectuará, no próximo dia 30 de Maio de 2015, Sábado,   no  Restaurante " Pérola do Fetal" na cidade da Batalha.

Só tenho pena, que não possa contar, como era habitual,  com a companhia da minha saudosa e querida Esposa, Alvarina Teresa,  que já partiu para o Céu,   para junto de Deus, onde descansa em Paz..

Permitam-me vir agora  aqui revelar, um curioso acontecimento, que  se resume no seguinte:-

Para afugentar o clima de isolamento e solidão, proveniente da  viuvez,  dedico grande parte do meu tempo, quando possível, a  ter contactos, via Internet,  com Amigos, através dos meus  blogs, enviando-lhes , via  facebooks, uma copia do que vou alinhavando.  Há dias recebo um comunicado, de uma  encantadora Leitora, agora  residente na África do Sul,  dando-me conta que me reconheceu através das fotografias que por vezes acompanham os meu textos,e, acrescenta que  fui Chefe dela, pois também trabalhou no mesmo Banco Totta-Standard de Angola, em Luanda,  e que tinha por mim muito respeito,  grande amizade,  e  muito respeitinho  porque   eu andava sempre com uma cara muito séria e de poucos amigos...

Fartei-me de rir, minha  muito  querida Gaby..

Tá?!....

terça-feira, 28 de abril de 2015

Memórias ultrapassadas...

Mantenho o desejo de, quando partir para o Céu ( e não para o inferno, porque sempre fui um bom  e exemplar  cidadão à superfície do nosso Planeta..) deixar o meu  insignificante espólio  em boa ordem,  principalmente  no que toca  na  a minha  "montanha" de fotografias,  para que os  meus netos  ( e  restante Família) ,  venham a apreciar  o   intenso  percurso da minha   vida,  percorrido  enquanto novato, tanto em Angola (terra onde nasci), Moçambique, Rodésia, África do Sul,  Brasil, Estados Unidos,  Açores, Madeira, Cabo Verde,  e parte da Europa ( Espanha, França, Inglaterra,  Suíça e em Portugal, Lisboa, Porto, Coimbra, Beja, Évora,  bem como outras belas terriolas, não esquecendo as famosas Berlengas..
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O  Autor...

Fotografei  uma parte onde tenho  guardados  alguns cadernos, contendo Blogs (como o presente) que  relembram cenários  por onde  viajei, quando não tinha que me apoiar na velha bengala.


Alguns cadernos aqui fotografados...

 Ao arrumar a velha "papelada"  veio a minha  memória, um caso que, em tempos idos, cheguei a relatar num dos meus antigos blogs, arquivados, como este...


Este velho Amigo, que inseri num dos meus blogs antigos,  era um distinto   mecânico/engenheiro,  -suponho que já´falecido-   com quem   convivi em Luanda,  e que foi um dos primeiros exploradores, na área petrolífera,  integrado  numa companhia mineira,  que   descobriu  o petróleo em Angola..

Este meu precioso Amigo confiou-me, certo dia,  uma  elevada  quantia em dinheiro (  em notas  bancárias, ainda do  tempo do " Escudo Angolano" ) que eu depositei  , em meu nome,  de imediato, no antigo  Banco de Angola, em Luanda. .

Quando  lhe restitui o total montante  que me confiara,  pois  era em mim que  tinha a maior confiança,  ao recolher as notas bancárias que o Caixa me tinha entregue,  na sua totalidade, quando do seu levantamento,  saiu-se com esta...  " oh ´Amigo, eu quero as mesmas notas bancárias  com  que  foram depositaste  no início no Banco ,  e  não estas, por serem já  das novas, que começaram a circular..."

 Claro que lhe foi explicado que tinha havido, entretanto,  uma mudança  de impressão nas novas notas , que tinham começado a circular, na altura,  com nova  aparência  e estilo,  e que as antigas já não existiam..

Como era engenheiro e só entendia de petróleos, lá ficou todo contente, com a  "descoberta",  de tais mudanças,  tal  como se fosse um  novo jacto  petrolífero que lhe surgira, naquele instante...

Há mais de meio século...

 NotaO blog acima reproduzido, foi elaborado em 17 de Junho de 2012-  Domingo.

Tá?!...











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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Heróis esquecidos ?...

Este fim de semana.  mais concretamente no Sábado, comemorou-se mais um aniversário,  o quadragésimo primeiro,  da revolução dos Cravos,  a qul pôs fim a mais de quarenta anos de ditadura. Foi um despertar de todo um Povo para a liberdade e para a possibilidade de expressarem sem medos as suas opiniões e assumir publicamente as suas posições políticas.  Pelo menos,  foi isso que nos prometeram...

Curiosamente foi em vésperas de  mais um aniversário da revolução  que veio a público a notícia de que os partidos da Assembleia da República,  PS, PSD e CDS,  terão apresentado um projecto de Lei que visava controlar a cobertura noticiosa das próximas eleições legislativas. Tal notícia teve inclusivamente  eco internacional, com o jornal espanhol "El País" a mostrar o seu repúdio dizendo que  Portugal estaria a terminar o ciclo da liberdade conquistada há quarenta e um anos. Segundo este jornal,  Portugal estaria a assistir,  impávido e sereno,  ao regresso da censura prévia.

Algo curioso sucedeu entretanto. Quando interrogados quanto  à Lei cuja aprovação estava projectada,  e que iria obrigar os Agentes noticiosos (televisões,  rádios,  jornais,  revistas, etc,) a apresentarem previamente o plano de cobertura das eleições,  como se as notícias pudessem ser previstas,  TODOS se mostraram estranhamente indignados, chegando quase a afirmarem desconhecer quem tinha tido o ideólogo  de tão absurda iniciativa legislativa. Na verdade,  todos sacudiram a água dos respectivos capotes.

É esta  apenas mais uma ideia visando limitar liberdades,  controlar procedimentos e  vigiar os cidadãos e,  no caso concreto,  os jornalistas.

Urge recordar os Heróis de  Abril...


Há  que repensar a revolução, recordar os Heróis que a tornaram possível,  para que a Liberdade tão  arduamente conquistada não seja de novo perdida... Infelizmente,  para muitos  "distraídos" é mais importante o discurso do Jesus depois de mais um jogo da bola do que estes atentados à Liberdade de Todos!...

Tá?!...

domingo, 26 de abril de 2015

Os dramas da vida...

É com uma certa emoção, provocada pelo facto que afecta o meu  perturbado  espírito  que resultou de dramáticas  situações  que se  desenvolveram  num período de carências  de toda a espécie,  em que o socorrismo era um constante meio  solicitado,  para  que  se conseguisse  atingir um meio de sobrevivência  , que se considerasse , pelo menos ,  normal  e natural.

Atravessávamos , na  dolorosa época   a que me vou referir, ou seja a que, vulgarmente se designou ..  " a exemplar descolonização",  quando a minha saudosa Esposa, que Deus   tenha em Paz e Descanso, após o seu desembarque em Lisboa,  e a despeito das grandes dificuldades e sérios  desarranjos em  matéria de saúde e  de acomodações,  alguns familiares tentarem  ainda prestar algum socorrismo,  mas... as limitações  dos pretensos "socorristas"    impediam-lhes  de  prestar  o  mínimo  auxílio humano necessário.

Como me  referi, no inicio deste blog, .certo dia , passou-me pela cabeça,   endereçar  aos Governantes  deste  País,  uma extensa exposição sobre  as  tremendas dificuldades a que estávamos a ser submetidos,  porque, para além do IARN  não atender as nossas solicitações, como  "Retornados",  e, como se sabe, já estávamos  quase  que  a caminho de termos que  ter  que ir dormir na rua, certo dia, foi-me endereçada uma "notificação" para ir  levantar  uma certa correspondência postal, quando não é o meu espanto quando noto que o subscritor de tal envio postal, era o  Senhor Dr. Paulo Portas...

É com todo o respeito que aqui  exponho uma foto-copia da carta recebida.   Porém  omiti o nome do destinatário da correspondência,  pois, infelizmente,   já faleceu.





Com a devida vénia e com todo o respeito,  independentemente de qualquer tendência política-partidária,  atrevo-me a reproduzir tal documento pois  FOI  A ÚNICA PESSOA ,  EM TODO O PAÍS, QUE  TEVE A GENTILEZA DE PRESTAR ALGUMA ATENÇÃO  PESSOAL, AO  GRAVE DRAMA, E PROBLEMA,  QUE ESTAVA SOFRENDO, APÓS A  NOSSA VINDA DE ANGOLA.

Tá?!......

Excertos de um longo passado...

Ainda a propósito  do "  vinte e cinco de Abril," e por estar, de certa maneira , relacionado com acontecimentos históricos , que se passaram,  relativamente  à independência de Angola, aqui estão ( com o devido respeito) alguns  excertos  da  revista "Única", que o jornal Expresso publicou no seu  nº 1836   de 5 de Janeiro 2008...,









Tá?!...

sábado, 25 de abril de 2015

O 25 de Abril em Portugal

                                     25 de Abril de 1974

Hoje, dia 25 de Abril de 2015,  celebra-se em todo o País, o que os ilustres  "revoltosos" militares  levaram a  um   efeito histórico,  naquela data ,  que  " modernizou "   a estrutura governativa deste glorioso Pais.... que é  PORTUGAL

Logo ás primeiras hora da manhã, liguei o televisor, e, acompanhei  parte da  emissão que estava sendo  transmitida, e que  relatava, naquele momento,   determinados   desenvolvimentos   relacionados com o movimento revolucionário em  curso, naquela  data  -   25 de Abril ( hoje feriado nacional).

Impressionou-me, porém  uma fase que no programa televisivo foi destacado,  e que  mereceu  uma publicação fotográfica , que poderá ser consultada na  Internet, em "Notícias Online".

Na intenção de pretender  reproduzir, na integra, ao  que me quero referir,  isto é,  a honradez  , dignidade e prestígio que um digno militar  pretendeu, com o seu acto,  dar  simplesmente cumprimento ao juramento que fizera , perante a sua Bandeira portuguesa,  quando admitido nas fileiras do Exército,  de a respeitar,  e honra-la , nem que fosse à custa da sua própria vida...

Pelo o que, para uma melhor interpretação pelo   que  desejo  que venha a  ser bem compreendida,  reconheço que a atitude assumida pelo o Oficial em causa,  em nada viria a ser interpretada como   sendo uma  " traição ao seu juramento  de fidelidade à sua   Pátria"..

Por isso, transcrevo, uma parte publicada, em capítulos, na  Internet:

"Na Rua do Arsenal, sozinho, frente aos dois M-47 que ocupam a largura da via, o major Jaime Neves grita para o major  Pato Anselmo: " Vira para lá essa merda". A "essa merda" eram os mortíferos canhões de 90mm dos M-47. O major Pato Anselmo cedeu e mandou rodar as peças em direcção ao rio Tejo.  E foi este momento de coragem que evitou que o golpe de estado caísse por terra num mar de sangue e destroços".

Com todo o respeito,  divulgo o que me foi  possível  ler,  extraído via Net.

O Major Pato Anselmo  ( da foto original)



Tá?!...




sexta-feira, 24 de abril de 2015

As vozes do passado...







Todos estes jovens traziam ao peito as insígnias da Mocidade Portuguesa, e, em Luanda, no ensino primário e liceal, era-lhes ensinado o dever de respeitar a Pátria Portuguesa. Já lá vão longos anos em que nos treinos e instrução (semi-militarizada) aprendiam o hino nacional - A Portuguesa - e os valores intrínsecos à honradez, disciplina e respeito. 

No meio de todo este grupo de  jovens, então aqui filmados, ainda  na idade escolar,  encontram-se  alguns que agora entre eles  exercem  actualmente elevados cargos Governativos na  Administração Angolana.

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 Aqui fica uma recordação, guardada   nas  gavetas " intocáveis",  dos  momentos  festivos ,  que assistíamos ,  da alegria que sentiam  estes  jovens ,  quando marchavam ,  perto  das  suas Escolas, em Luanda (Angola), envergando o fardamento da Mocidade Portuguesa, e em obediência aos ensinamentos e princípios  de índole patriótica, que lhes eram  incutidos,  para  que respeitassem , sempre,  a Bandeira de Portugal.

Um lapso de tempo...

Parece que foi ontem, mas já passaram mais de três anos desde que o texto abaixo  foi publicado sob o título "Movimentos históricos". As circunstâncias nas quais elaborei o texto não recordo exactamente mas a história está bem clara na minha mente,  como se fosse hoje. É curioso como posso não me lembrar do que foi o mata-bicho  matinal,  mas as memórias de há cinquenta ou sessenta anos permanecem intactas. Os neurónios,  já cansados,  não dão para tudo e parecem,  por iniciativa própria seleccionar a informação que mais me toca.  Não é que o presente não tenha importância,  mas,  a bem dizer,  os melhores anos já estão um pouco longe. 

Na história que recordo hoje,  a fazer lembrar  um filme de espiões,  sem saber muito bem como,  vi-me envolvido numa "caça ao  homem",  em que o "caçado",  afinal,  era eu. Assim,  sem me aperceber,  dada a minha ingenuidade,  livrei-me de boa,  numa época em que as perseguições irracionais ocorriam  todos os dias.

Aqui fica então a recordação de um momento pessoal mas,  por retratar  uma  época,  é também um momento histórico...


 
Um apontamento com características  curiosas...

Num período debilitado pela insegurança e de ausência de  meios  hospitalares suficientes para tratamentos  especializados, o corpo Directivo, à data (Agosto de 75), do Banco onde exercia  profissionalmente o cargo de Chefia da Contabilidade - Banco Totta-Standard de Angola - concedeu-me, a meu pedido,  autorização para me deslocar a Lisboa, por tempo determinado, para   me submeter a tratamentos especializados. A condição  imposta pelo Banco era que seriam  de minha conta, todos os custos inerentes  a essa deslocação, inclusive até que o bilhete de passagem aérea, Luanda/Lisboa/Luanda seria  na totalidade suportado por mim , sem direito a qualquer comparticipação por parte do Banco.

Foi, portanto, dentro destas imposições, que fui ao balcão da TAP, comprar, do meu bolso, o bilhete de Ida e Volta,  Luanda/Lisboa/Luanda  que  ainda o retenho.

No dia do embarque, dadas as minhas condições  físicas de deslocação, e, por ter no meu meio familiar um gestor das instalações do aeroporto, foi-me facilitada a entrada no avião, isentado-me das complicadas operações nos "check-in".

Levantado voo, sem problemas, sobrevoámos a cidade. de Luanda, com destino a Lisboa, onde desembarcámos sem termos sido sujeitos a quaisquer formalidades adicionais.

Foi,  ao longo do percurso que, de automóvel,  nos conduzia a casa, que tomei conhecimento do seguinte acontecimento, que um familiar ligado aos meios de navegação aérea, me segredou;.

"Chefe, quer saber o que o piloto do avião que o transportou me contou?  Vínhamos já com a costa algarvia à vista quando recebemos ordem  vinda de Luanda, para regressarmos ao aeroporto de Luanda, antes da aterragem em Lisboa, ao que o comandante respondera não satisfazer tal ordem, porque além dos 500 passageiros que vinham a bordo do avião, não havia combustível  suficiente que desse para o retorno.


E acrescentou : "Pelas características e dados recolhidos , deduzimos que o passageiro que eles queriam  apanhar, era Você, Armando...". Vá-se lá saber porquê...

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Há cinquenta anos, aproximadamente...

Às 15.44 do dia 12 de Fevereiro de 2009,  guardei  no meu arquivo que contém documentação  que espelha  bem  o que foi o meu exercício em prol de uma perspectiva ,que conduziria, a meu ver,  para que a todos os portugueses , à mesa de um honrado Chefe de Família jamais faltasse o Pão  de  Cada Dia  e que a um Bebé nunca faltaria um biberon de leite.   Hoje, 23 de Abril de 2015,    ante-véspera de  se  festejar o próximo  25 de Abril, deu-me para rever tal documentação~, relembrando  uma actividade que, nesse sentido, tanto eu (Natural de Angola) como minha saudosa Esposa (natural do Porto),  tínhamos perspectivado uma via através da qual,  atingiriamos esse fim, candidatando-nos a sermos admitidos à eleição para a Assembleia da Republica,  em 1995, conforme foto-copias aqui inseridas.



Minha saudosa Esposa (Alvarina  Teresa)  já no Etéreo e Divino Assento no Céu, de certo compartilharia  o que, continuo a defender, em prol do bem estar  dos que  se mantêm dignamente à superfície do nosso Globo Terrestre, lutando pelos mesmos princípios  de  dignidades e honradez,  que o novo Partido Democrático Republicano -PDR,  igualmente defende


Comparativamente,  a posição por mim assumida,   quanto à  filiação neste novo partido, sob a Direcção do  Exmo.  Senhor Dr. Marinho e Pinto,  é equivalente ao que descrevi quando arquivei a documentação acima referida, como segue: Contudo, salvaguardo os comentários que naquela época me pareciam  adequados,  na generalidade:

Em 1995,  nas eleições para a Assembleia da Republica,  os dois candidatos acima referidos   estão assinalados . e ....


.Tá?!...

Memórias de outros tempos, que jamais se apagarão...

Já  são decorridos muitos anos em  que, a qualquer momento,  quando se vivia  em Angola,  éramos, 
surpreendidos com movimentações compostas por pessoal com ideias muito   agressivas , e  que ruidosamente,   iam-se aproximando das nossas vivendas,  surpreendendo-nos  com ditos alusivos à permanência de brancos aí residentes.

Recordo-me, que,  certa vez,  a uma longa distancia do quintal da nossa (antiga)  residência, em Luanda,  à tarde,   começaram-se a  ouvir altos  gritos de  protesto  quanto à nossa permanência numa zona em que começaram a  ser construídos  prédios modernizados,   substituindo  as velhas palhotas  que ali existiam , há muito tempo.,  beneficiando, assim  os que  ali já  habitavam,  dando-lhes , assim melhores  condições de subsistência ,  do  que  permanecerem    a viver   em   antigas  palhotas,   tipo selvagem.

Mas,  como  na época, por tudo e por nada,  exaltavam-se os ânimos, sobretudo  na área   do racismo,  que chegava a  amedrontar  muito boa gente  que, habituada  ao   pacifismo do  anterior clima de boa convivência, perante o"barulho" que se estendia,  chegava-se  ao  ponto de se  ter que se resguardar   de eventuais  agressividades, como as que descrevo abaixo, que titulei como sendo  "Angola e o Ratinho"...

Já la vai mais de meio século que isto aconteceu..  e mantenho   averbado no meu  "Caderno de Recordações"....

(Omite-se o nome da criança, ainda muito novinha..).


Tá?!...

Memórias nunca esquecidas...

Os recentes acontecimentos no mar Mediterrâneo,  com  o naufrágio de várias embarcações,  todas elas muito frágeis e  lotadas de pessoas desesperadas,  em fuga de uma vida de misérias e guerra,  recordou-me um episódio ocorrido há coisa de cinquenta anos,  em que me vi entre a vida e a morte,  juntamente com a minha saudosa Esposa,  Alvarina Teresa,  quando nos fazíamos transportar numa pequena embarcação de recreio,   quando procurávamos capturar alguns peixes para saborear mais tarde.



Felizmente,  como se pode ler nos documentos acima reproduzidos,  tudo acabou em bem, de forma quase milagrosa,  com a intervenção Divina de Nossa Senhora. Pode parecer ridícula a comparação  mas,  ao recordar estes acontecimentos,  posso imaginar a aflição que estes seres humanos que perderam,  infelizmente, a vida  nos recentes naufrágios,  poderão ter sentido. Recordo quase como se fosse hoje o sentimento de impotência e fragilidade perante a força do mar e o destino que parecia desenrolar-se à minha frente. Lembro a sensação de nada poder fazer enquanto era arrastado pelas correntes de um rio caudaloso,  em direcção ao desconhecido,  sem nada poder fazer.

Certamente que estas vítimas do infortúnio,  cujas vidas foram ceifadas por um mar impiedoso,  terão,  também elas,  rogado por ajuda aos seus Deuses e  Santos. Infelizmente,  como sabemos,  as suas preces não foram ouvidas,  quem sabe por também Deus não ter mãos a medir com tanta aflição. É esta aflição que consigo,  apenas,  imaginar,  ao fazer um paralelo com aquilo que me aconteceu.

Na reprodução fotográfica acima  é possível ver,  a vermelho,  o percurso efectuado pela embarcação desgovernada em que eu e minha Mulher nos encontrávamos. Foram  cerca de duas horas de aflição,  de tal forma que,  como descrito,  a minha Esposa chegou,  devido aos nervos, a perder temporariamente a visão. Muitas coisas  me passaram pela cabeça. Imaginava a aflição de filhos e restante família face ao que nos poderia acontecer,  imaginando a sua tristeza. Lamentava a minha sorte,  mas sem nada poder fazer. Agora,  pensemos no que  terão sentido  os seres humanos que perderam recentemente a vida,  numa agonia colectiva. Posso apenas imaginar,  pois tudo o que possa pensar é,  seguramente,  insignificante quando comparado com o verdadeiro drama.

Quase como  um verdadeiro milagre,  tudo acabou em bem para os dois aventureiros,  Armando e Alvarina. Sorte ou  intervenção Divina,  a verdade é que a embarcação foi suavemente guiada por um timoneiro invisível,  acabando por encalhar na margem direita do rio Cuanza. Aí pudemos contar com a solidariedade,  um dos mais nobres sentimentos, de um grupo de pescadores indígenas,  os quais seguiam com o olhar, há já algum tempo,  o desenrolar dos acontecimentos. Quem sabe se não terão, também eles, feito as suas preces e contribuído  para o milagre...

Memórias de outros tempos,  que jamais se apagarão...

Tá?!...

quarta-feira, 22 de abril de 2015

uma aventura aqui registada pelo Autor do blog...

Uma epopeia marítima vivida há largos anos., nesta terra, Culatra,  foi por mim registada, conforme as fotos aqui reproduzidas, e  em que  um dos protagonizadores desta epopeia,  o Manél da Bateira,  prontificou-se a receber-me,  na sua residência, na ilha da Culatra,  afim de ser por mim entrevistado, prestando-me pormenores dos acontecimentos que chegaram a abalar o Mundo..

A fotos seguintes, "falam"  por si....



















Tá?!...

Ultima hora -  Após ter  colocado  este blog na Net, hoje, pelas 18 horas,  dia  22 Abril, um Leitor assíduo  acaba de me dar a noticia  que Belchior faleceu há dias, mas não informou  o local do falecimento.