terça-feira, 30 de junho de 2015

A saudade nunca vem sózinha...

Há certos momentos inquietantes na vida, em que tudo se embrulha nas nossas mentes, e em
que se ouvem tambores ao longe anunciando que  algo de muito estranho se está aproximando....

http://www.cmjornal.xl.pt/domingo/detalhe/sao_coisas_que_nunca_se_esquecem.html
Não sei porque carga d´água sucedeu, por estranha coincidência, o primeiro documento que me veio parar as mãos,  ao sentar-me  na secretária onde manipulo o velho computador, tinha o seguinte título: "São coisas que nunca se esquecem"cuja leitura me impressionou, na medida que relatava tristes acontecimentos ocorridos em Angola, no tempo dos combates militarizados, e ainda por cima  sendo um deles centrado no campo militar do Grafanil, em Luanda, de que me lembro muito bem.

Aguardava, porém, ansiosamente, por notícias que dessem conta do estado de saúda precário da antiga Primeira Dama, vítima de um acidente que vitimou gravemente, a Excelentíssima Senhora Doutora  MARIA BARROSO, pelo que renovo o desejo de que tudo lhe corra pelo melhor, seja qual for o destino  reservado por Deus.

Por "falar" em Grafanil, recordo que em Luanda, onde trabalhei toda a minha vida, antes de ter sido  forçosamente"exilado" para Portugal, deixando a minha terra Natal,  devido a complexos relacionados com a "exemplar descolonização", tive o prazer de colher imagens, perto da área conflituosa, das quais reproduzo aqui neste singelo bloguismo:









Estas imagens soam-me de tal forma na  minha velha cabecinha, que já conta com uma escadaria de 90 degraus, que me transportam a momentos de uma felicidade compartilhada com a que mais amei na vida, a minha saudosa e Santa Esposa, Alvarina Teresa, com quem casei há sessenta anos e que  agora repousa no Céu Eterno, junto  de  Deus...

Divinal Pleonasmo...

Saudade não tem forma nem cor, não tem cheiro nem sabor;
Fala-se nela, mas não se vê; só pensa quem acredita.
Ela é parte da ausência, é parte do amor,
Mas quem a tem sente dor, uma dor que cresce no coração
E que nunca vem sozinha...
Acompanha a solidão; quem a sente nunca esquece, nem nunca esquecerá
O sentimento que não adormece, por Alguém que já não está !.
.


Tá?!...

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Seja o que Deus quiser ...

Ainda a propósito do acidente que vitimou gravemente a Esposa do ex-Primeiro Ministro e Presidente da República,  Mário Soares,  é algo que pode acontecer a qualquer um,  independentemente da idade,  condição social ou económica. Na verdade,  para morrer basta estar vivo. É pena que muitas vezes alguém só seja valorizada quando falece. Nessa altura torna-se a melhor pessoa do Mundo,  sem defeitos,  quase como uma divindade terrena.

As notícias que têm vindo a público,  dando conta do estado de saúde precário da antiga Primeira Dama,  têm também elogiado a contribuição da ilustre Senhora no combate à ditadura e nas obras de apoio social para as quais contribuiu com o seu esforço. Porque não uma homenagem em vida,  um busto,  um nome de rua ou avenida ? Será que a morte é fonte única de toda a redenção ?

Outros haverá que nem a passagem para o outro Mundo serve de "mata borrão".  Por razões políticas,  pelas inimizades públicas,  por aquilo que fizeram ou deixaram de fazer,  viram o seu nome apagado  de marcos geográficos e enegrecidos pela história. Outros ainda,  beneficiando da desgraça alheia, viram a sua vida e património substancialmente melhorados. Enquanto uns fugiam, outros enriqueciam... Esperemos,  a seu tempo, a história possa fazer a sua Justiça.

Lembrei-me disto,  não sei porquê. Ou então,  até sei,  mas já me esqueci. A idade não perdoa...

Quanto à Doutora Maria Barroso, só posso renovar o desejo já aqui expresso,  de que tudo corra pelo melhor,  seja qual for o destino reservado por Deus.

Tá?!...

domingo, 28 de junho de 2015

Dra. Maria de Jesus Barroso Soares... ("Dra. MARIA BARROSO !.".)

Venho dar destaque  ao noticiário que toda a imprensa (falada e escrita) tem vindo a  transmitir, relativamente ao desenvolvimento  do grave estado de saúde que fragilizou a Distinta Doutora que é conhecida  mais  pelo nome de  MARIA BARROSO. Pessoalmente não tenho quaisquer tipo de relações com esta  distinta Senhora, mas, através dos jornais e pelo programas televisivos, reconheço que é uma Figura Feminina muito considerada e altamente estimada pela população portuguesa.

Como tenho dito  em anteriores blogs, sou um cidadão já velhote, nascido em  Angola (Luanda) com perto de noventa anos de idade, e que por razões especificas  relacionadas com a "exemplar descolonização" acabei por cair de "para quedas", nesta bela cidade  algarvia, denominada Olhão da Restauração. Com um passado exemplar, na actividade  laboral - documentalmente comprovado -  por motivos de saúde acabei por  ser Reformado, na actividade bancária, mas... com o direito à  pensão mínima no sector bancário... tal aprendiz da Banca...

O sentido que me levou a elaborar o presente blog, teve a sua origem numa fotografia que retirei do meu bolorento  baú de recordações, em consequência da leitura que venho acompanhando quanto ao estado de saúde da Senhora Doutora Maria Barroso, a quem desejo, respeitosa e religiosamente, as  melhoras rápidas do seu actual e fragilizado estado de saúde.

Porém, a particularidade de querer elaborar este "despretensioso" blog, foi assente numa chamada de atenção, enquanto lia os artigos inseridas na Net, de que a digna  Drª. Maria Barroso, é natural da cidade da Fuzeta (vizinha de Olhão), e em que numa altura que visitei a Fuzeta, indigitei que pusessem a uma das suas avenidas o nome de "Avenida Maria Barroso !"....

Quanto a fotografia, salvo  eventual " informação incorrecta" por parte das pessoas (minhas primas) que aparecem na dita fotografia, e ex-alunas do Colégio de Odivelas, em Lisboa (Carnide e Luz)  , figura também a então encantadora Senhorinha MARIA BARROSO.!...

Foto antiga com Alunas do Instituto de Odivelas, Família Pinto Lampreia e (Drª). Maria Barroso.- Portugal.

 Tá?!...
.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Vale mais quem Deus ajuda do que quem muito madruga...

Emocionado  pelo o  que acabo de observar  através  da  leitura que logo pela manhã habitualmente   vou colhendo no capitulo dos "facebooks" inseridos na Internet, fiquei atónito com o que li quanto ao conteúdo dos comentários que os utilizadores aproveitam para "por sua vez" responderem comentando com as suas próprias opiniões, sobre as questões em apreço. Valha-me Deus, insultos de toda a ordem, agressividades e denúncias, é o que mais encontrei na maioria do palavreado  subscrito pelos comentadores, se bem que, de quando em vez, também surjam palavras mais atraentes e aliciantes. E na imprensa, então, nem se fala.... torna-se impressionante o estado de malvadez, e degradação, a que tudo isto está a chegar...



Curiosamente, neste dia 26 de Junho, nota-se como destaque noticioso, o estado de coma a que chegou a Senhora Doutora Maria Barroso, digna Esposa do Sr. Dr.  Mário Soares, a quem, respeitosa e religiosamente lhe desejo rápidas melhoras.




O conteúdo do pressagiado noticiário e visualizações fotográficas que tem vindo inserido  em todo o panorama transmitido informaticamente pela Net, e também na imprensa local, até assustou o meu bom Amigo "Caixa d´Óculos"... aqui expresso.


Sem lisonja,  as penas que  equipam esta "montanha" ilusória, têm vindo a ser colhidas directamente do chão, ao longo do percurso que diariamente efectuo pelos férteis caminhos ajardinados que rodeiam o conjunto residencial de que disponho, e em que na minha pobre mente cada pena reflete o seguinte pensamento...

Cada passarinho que por aqui "esvoaçou", deixou-nos uma lembrança, usando uma das suas penas  das suas próprias asas, em sinal de transmissão de uma mensagem para que abdiquemos de cinismos que destruam a desejada boa convivência que nos permitiria saborearmos  a felicidade  dos bons  ventos primaveris e todo o restante bom tempo que a Natureza nos conceda até ao final do Ano.


Tá?!...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Vão-se os anéis mas ficam os dedos ...

Podemos sempre usá-los para a brincadeira...
A propósito de revolução,  falando em 25 de Abril,  quarenta e um anos depois o Estado Português continua alegremente a delapidar os bens comuns,  em processos de privatização de empresas que,  diga-se a verdade,  estão hoje tecnicamente falidas  depois de anos e anos de má gestão e de abuso dos dinheiros públicos. Isto tudo,  claro,  sem que alguém tenha sido verdadeiramente responsabilizado pelas gestões danosas.

A Refer e a CP é o que se sabe,  com centenas de milhões de Euros de prejuízo,  bem acompanhadas pela RTP,  a televisão pública que esbanja milhões de Euros em salários de estrelas televisivas em decadência. Depois é vê-los lamentarem-se da má sorte e da crise. A culpa é sempre dos outros. Os gestores são pagos para gerir (muitas vezes,  mal) mas quando chega a hora a culpa morre solteira e, se for preciso,  ainda recebem indemnizações chorudas.

Ontem venderam a TAP,  dizem que por um valor simbólico. Justificam-se com  as dívidas da Empresa. Mas,  na verdade,  aquilo há de valer alguma coisa,  senão ninguém se interessaria na sua compra.

Também por estes dias  os donos do Pingo Doce  ganharam a concessão para explorarem o bonito Oceanário de Lisboa,  que ao que sei até dava lucro.

E quando não houver mais nada para vender ? Dá-se um pontapé numa pedra à espera que debaixo desta esteja um poço de petróleo ? O Povo não pode ter posição nesta espécie de feira da Ladra ? Quando acabarem os anéis,  cortam-se os dedos ? O futuro é incerto mas também não promete nada bom...

Tá?!...

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Retalhos da evolução do 25 de Abril....

Afinal houve mortes no 25 de Abril...
Foi ainda estando a residir em Angola, que tive a oportunidade de acompanhar através das emissões  da rádio, o que estava sucedendo na manhã em que se iniciara o movimento da revolução militar que conduziu ao intitulado 25 de Abril.

Presentemente, por  razões que se prendem sobretudo quanto ao meu frágil estado de saúde, e já bem perto dos degraus da escadaria da vida que me levarão até ao eterno infinito, a caminho dos noventa anos de idade, e residindo agora no Algarve, para me distrair e afugentar a solidão e isolamento a que um recente estado de viuvez me  conduziu, dedico-me a vasculhar toda a literatura emergente, e disponível, que a Internet faculta a quem tenha um simples computador. Foi dentro desta perspectiva, que, ao longo do dia, me surgiu um texto, inserido na Net que me surpreendeu, ao ponto de ter feito a  mim próprio, a seguinte interrogação.... Será que  esta versão é conhecida pela generalidade dos Leitores?...

Pois bem, para melhor interpretação do que pretendo infringir com este blog, tomo a liberdade, com todo o respeito e a devida vénia, reproduzir, inteiramente, o texto que se refere a história de "quatro portugueses que morreram no dia mais feliz das suas vidas".... como segue:







Tá?!...

terça-feira, 23 de junho de 2015

Um por todos e todos por um...

Nestes livros que aqui se encontram fotografados, de entre os muitos que se conservam guardados nas prateleiras, na  pequena saleta onde passo a maior parte da minha vida, porque a minha saudosa Companheira Nupcial, ao cabo de sessenta anos de feliz convivência,  motivada por doença incurável, quebrou o "juramento" que fizéramos no Altar de Nossa Senhora do Carmo, em Luanda, de vivermos com amor, até que a morte nos separasse... e, em Olhão, em casa, a morte  separou-nos mesmo, na manhã de 12 de Novembro de 2010... Como ia afirmando, abordam cenas e factos da nossa vivência conjunta, de que se compõe esta  singela "autobiografia", que me leva a recordar os bons, momentos que existiram no nosso  seio familiar.



A minha querida, inesquecível, adorada e doce Mãe, a 12 de Abril de 1928, trouxe-me ao Mundo (o Armando - Mandinho) numa manhã, em Luanda, Angola, quando morávamos na Zona chamada Penedo, junto ao mar, nesta casa, que na data, era propriedade da Marconi, e dos CTT-Angola.

Após dois anos do meu nascimento, veio ao Mundo o meu saudoso irmão José Duarte (o Zé Bate), já falecido, há pouco tempo, em Luanda.

    



Pai (Domingos José); Mãe (Maria Helena - falecida 5 anos após o meu nascimento); Avó (Helena); Tias (Dulce-Chinha) ; (Gabriela-Belela) e  Tio (José Pedroso Botas), foram os que me criaram e educaram, ao longo dos meus estudos, até à passagem da minha promoção à vida Militar, por imposição  legal.

O nosso casamento - Luanda.
Mais tarde,  casei-me com a saudosa, Santa, Alvarina Teresa, que me "ofereceu" a rica Filha (Ana Paula) e depois o digno Filho (Álvaro Manuel), que hoje já são Papás... das minhas quatro queridas nétinhas (Ana Cláudia, Ana Teresa, Ana Carolina e Mariana )....

Saudosa Alvarina Teresa.


A minha querida e saudosa Alvarina Teresa.-Em Luanda.
O autor - Armando... em Cabinda (Angola)

O Mandinho (Armando)



Armando e o irmão José Duarte

Armando.

Historiando..
O autor - Armando - Luanda. (era um pimpão, enquanto solteirinho !)

Como prova o recibo fotocopiado, abaixo, durante muitos anos, com Mulher e Filhos, tive a minha residência oficial, num prédio alugado, no Largo João Fernandes Vieira, Luanda, onde recebia Amigos, e na garagem traseira, guardava o meu barco, com motor, e o automóvel  que nos conduzia pelas estradas e caminhos de Angola, em viagens de recreio e, atrelado ao automóvel. Aos fins de semana, íamos para a pesca na Barra do Rio Cuanza, onde certa vez íamos morrendo, devido a uma falha no motor, em que a corrente do rio nos atirava para a  gigantesca e temível  foz do rio que desaguava no oceano Atlântico.

Para comprovar, ainda, que mantínhamos uma larga  esperança de  que "ANGOLA ERA NOSSA", eternamente, e que estivéssemos descansados, pois ainda acreditávamos nos bons costumes dos nossos governantes, metropolitanos, no tempo Salazarista, na minha residência, dado o clima quente  africano, instalei nos quartos de dormir, o sistema de ar condicionado, para que dormíssemos em Paz e Sossego. V. a factura e recibo seguinte:

Recibo da importância paga pela instalação.
Início da inesperada fuga aos actos de indisciplina e criminosos dos partidos MPLA e UNITA.

Eram oito horas da manhã, estando a Família a tomar o mata-bicho, descansadamente à mesa,  quando, repentinamente, sentimos um estilhaçar dos vidros da janela, que dava para a rua, acompanhado por um tiroteio, perto da nossa porta, no qual estavam envolvidos partidários da MPLA e da UNITA. A tendência deles era virem atacar-nos e, provavelmente, matarem-nos, com as suas metralhadoras, pelo que, perante esta  explosiva e repentina  situação, agarrei na Família e, com o que pudemos salvar, dirigimo-nos de seguida a caminho do aeroporto e, ali, na TAP, adquiri dois bilhetes de passagem para que Esposa e um Filho menor, se metessem num avião com destino a Lisboa, para aí, pelo menos não serem metralhados. E fiquei, depois, a viver, sozinho, na  minha habitual residência, em Luanda, até que....

Os bilhetes de ida e volta, na TAP (já caducados, naturalmente...).

...Voltando um pouco atrás na cronologia, ainda antes de recambiar a família para a "Metrópole" em busca de segurança, houve uma vez, em que eu exercia o cargo de chefia no Banco Totta-Standard de Angola, e, a certa altura, a Gerência do mesmo, facilitou-me uma ida à África do Sul, a fim de ser aí tratado clinicamente, por Organismos adequados, a uma doença que me afectara, para a qual em Luanda, eram inexistentes os meios para salvamento. É de destacar todo o apoio expresso pelo Banco e concretizado na carta de recomendação abaixo fotocopiada. Recordo, ainda, nesta ocasião ter-me sido facultada a possibilidade de usufruir da quantia, em Rands da África do Sul, de que necessitasse para cobrir despesas. Lembro-me que não gastei um único Rand. E fui muito bem tratado, tendo-me sentido sempre como se estivesse em casa.


Nós tínhamos, em Angola, um certo alívio financeiro, que nos permitia salvaguardar algum dinheirinho, efectuado aquisição de títulos no Banco. Depois... foi tudo por água abaixo....

Uma aposta num futuro que se esfumou de um dia para o outro...


Já perto da data de independência de Angola, já depois de ter eclodido a Revolução de 25 de Abril de 1974, em Portugal, estando ainda em exercício e na actividade laboral bancária, fui de novo afectado por uma doença que só em Lisboa tinha possibilidade de tratamento. Por tal razão, dei conta por escrito, à Direcção do Banco, da necessidade de me deslocar, com urgência a um hospital em Lisboa, pelo que fui autorizado, mas por minha conta e risco, sem ajuda financeira por parte da entidade bancária, onde estava executando trabalhos relacionados com a nova dinâmica independentista. A autorização foi-me concedida pelo meu próprio "contínuo" que passara a ser o Chefão, a sobrepor-se  hierarquicamente aos antigos funcionários bancários.A cor da  sua pele pode ter estado na base para tão rápida promoção aos novos cargos no desempenho de chefia, sobrepondo-se aos que  exerciam tais funções e cargos antes da "exemplar descolonização"... Digamos que foi uma discriminação "colorida", sem ter em conta, na maior parte das vezes, méritos e qualificações.


Paguei do meu bolso o bilhete de ida e volta, de avião, na TAP.

Como tive que me manter em tratamento em Lisboa, e coincidindo com a chegada da data da independência de Angola, não me foi possível regressar a minha terra Natal, a fim de poder assistir  às solenidades que definiram a independência de Angola, em relação à antiga Pátria da Bandeira Portuguesa.

Por razões não apuradas, relativamente a todo o recheio habitacional que tinha em Luanda, após a passagem à independência, fui informado que todos os meus bens e recheio deixados em Angola, tinham sido  recentemente totalmente destruídos e que deixava de ter direitos na terra que me vira nascer.

Recebi, posteriormente, uma carta emitida pela Embaixada de Angola, em Lisboa, conforme  o teor  que de seguida reproduzo:


Surpreendeu-me semelhante resposta à carta que enderecei, a semelhante Entidade, na medida em que me dispunha a prestar a minha colaboração técnica aos Serviços que se ligassem a nova e recente administração no pelouro contabilístico. Tenho a tranquila consciência de ter sempre cumprido com dignidade, honradez e lealdade, trabalhos que me eram confiados, em Angola, antes da descolonização, sempre com êxito, de que possuo documentação comprovativa.

Alvarina Teresa.
Contrastando com o que depreendi, quanto ao teor da carta  acima referenciada, ocorre-me uma situação reveladora de que a questão racial não constituía problema no meu  meio familiar, pois, recordo-me, que certa vez, a minha saudosa Esposa, que  exercia o cargo de Assistente Administrativa, numa importante empresa, sediada em Luanda, certo dia foi-lhe confiada a missão de prestar assistência a um antigo e velho continuo, de cor, que adoecera repentinamente. Ao  ser atendida pela gerência do Hospital, fora informada que não havia vagas para tal doente, e que o Hospital só dispunha no momento, de instalações de luxo, de primeira classe, e que o seu doente não tinha a categoria adequada para  ser instalado em semelhantes abrigos para velhos idosos, ainda por cima, de cor negra. Perante esta  imposição, por parte do Estabelecimento hospitalar, a minha saudosa Esposa,  assumiu o compromisso, imediato, de se responsabilizar pelo elevado preço que era exigido (porque afinal também estaria em causa o "dinheirinho" !) e foi assim, que o velho Domingos (assim se chamava o doente), se salvou de uma morte certa, ultrapassando as fúteis exigências que era comum serem aplicadas aos desafortunados, apenas por serem de raça negra. A minha Mulher sempre foi uma Santa, para toda a  Gente...

Vejamos que numa competição em corridas pedestres, logo ao apito de sinal  da partida, começa-se a destacar, decorridos mais ou menos os cem metros, os que vão aguentar até a meta final e os que vão desistindo ao longo  do percurso das longas marchas. Assim é a vida...

Quando nascemos,  até Deus dizia..."Venham a mim as criancinhas...". Depois, crescemos, crescemos,e vamo-nos desenvolvendo, consoante a Natureza vai "alinhavando" os nosso destinos, até que um dia, viremos a ser ceifados por uma foice que nos atirará para um eterno Adeus.

No meu caso pessoal, ainda dou Graças a Deus, lá por ter perto de noventa anos, ainda sou  beneficiado e amparado, embora em estado de viuvez, pelo carinho que me é dispensado pelos Filhos e Netinhas, que, atentas aos meus sofrimentos, impostos pela própria Natureza, não me deixam morrer à fome... mas... nada se compara com a saudade que prevalece, decorrente da ausência de quem mais amei, na vida - a  dedicada Esposa e Amiga, Alvarina Teresa, que Deus tenha..

Armando-Condecorado !
Fui atirado para  a  classe dos Seniores, sobrevivendo de uma pensão de reforma bancária, após tantos anos do exercício de chefia contabilística, tanto em Angola como em Portugal, sempre com êxito comprovado, mas que, por despachos ministeriais, durante o período em que se vivia consoante o relato  produzidos nos livros que acima se apontam (exemplar descolonização), do nível superior em que me encontrava enquanto no activo, por razões  sindicalizadas em acordos, após a passagem à situação de Reformado, passei a ter direito a uma mensalidade igual à remuneração do nível de admissão na Banca, ou seja, a de aprendiz na Banca.

Apreciem agora, as injustiças que se  operaram em relação a um Bancário, já idoso, que, na sua terra Natal, Angola, durante longos anos, na sua actividade laboral, até chegou a ser incluído num grupo de Técnicos que fundou e assumiu a chefia directiva/contabilística de um valioso Banco (ex-Banco Totta-Stamdard de Angola) e que agora sobrevive com uma pensão de reforma, a mínima no sector  bancário...

(Publicado no jornal Correio da Manhã de terça-feira, 23/06/2015)


Jornal "Correio da Manhã"  23/06/2015... E esta, hein ?...

Sou um afortunado... ainda conto com amizades que não dispensam o carinho que lhes dedico, e que me fazem companhia, que afugenta a atroz solidão e isolamento doméstico
Armando - já velhote...

O Pelinha...
Dr. Marinho e Pinto e eu...
















Estamos em vias de eleições e, por esse motivo, alinhei no âmbito da  defesa dos mais desprotegidos e carenciados de uma justa Justiça, defendido pelo ilustre Dr. Marinho e Pinto, ex-bastonário da Ordem dos Advogados, iniciador do PDR - PARTIDO DEMOCRÁTICO REPUBLICANO e, provavelmente futuro vencedor de uma batalha que se vem travando neste cantinho à beira mar plantado - Portugal. Como sempre fui contra as corrupções e  injustiças, vou alinhar, tal como o fiz numa altura em que, no passado, me candidatei a deputado à Assembleia da República, filiado no ex-PSN - Partido da Solidariedade Nacional, já extinto.

                                
Eu também sou  "perigoso" e por isso, feroz combatente contra os traidores APÁTRIDAS.  e CORRUPTOS, QUE SE  DEIXAM  EMBRIAGAR PELA VISÃO  DO  PODER - miseráveis superiores .....

(Jornal "Correio da Manhã" de Terça-Feira 23/06/2015):

Amor e fé nas obras se vê....

VIVA  PORTUGAL !!!!!

Tá?!...

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Palavras leva-as o vento...


 








"Marinho e Pinto é um homem perigoso para a democracia"

Eurico Figueiredo, co-fundador do PDR

Foi com estas simpáticas palavras que Eurico Figueiredo  brindou aquele que,  há não muito tempo,  era companheiro de luta política e com quem fundou,  aproveitando o mediatismo e popularidade do ex-bastonário da Ordem dos Advogados, o Partido Democrático Republicano.

Entretanto,  zangaram-se as comadres e vieram as "verdades". Numa troca  de acusações mútuas,  com eleições suspensas pelo meio,  parecem querer matar a criança logo à nascença,  numa luta pelo poder que afinal não é poder algum.

Se Marinho e Pinto  é  um perigo para a democracia isso eu não sei. O que sei,  o que li,  são palavras que saíram da boca deste  Senhor e que serão seguramente incómodas para muitos. São palavras que vêm fazer estalar o verniz de uma democracia bafienta. Aí sim,  Marinho e Pinto é um Homem perigoso para uma democracia que não interessa mudar,  pois defende interesses instalados há muito... Vamos aguardar pelas cenas dos próximos capítulos.

Tá?!...