segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Pense antes de publicar, não vá arrepender-se.

Que grande surpresa !Quando hoje liguei o computador lá estava uma mensagem dando conta de que o texto aqui publicado há um par de dias e entretanto misteriosamente desaparecido estava de regresso ao mundo dos vivos.  Como um  Lázaro digital,  o blog  aqui publicado intitulado "As voltas que a vida dá" e que havia inexplicavelmente desaparecido foi ressuscitado. Pelo que me explicaram tal foi possível pois  existem mecanismos na Internet que gravam tudo o que lá é colocado,  ficando para sempre disponível,  bastando apenas saber onde procurar.

Pensei: "é preciso ter muito cuidado com o que publicamos na Internet,  pois se fica registado para sempre,  mesmo depois de eliminado,  podemos, se não tivermos cuidado, ter um dia uma surpresa desagradável".

Às vezes encontro publicações na rede  Internet que são de muito mau gosto. Senhoras com os seios à mostra,  quem sabe à procura de namorado,  fotografias de família envolvendo crianças,  comentários despropositados,  enfim,  todo  um role de asneiras das quais um dia quem as publicou se pode vir a arrepender. A Senhora,  que entretanto arranjou namorado,  vai ter dificuldade em explicar porque é  que as suas mamocas aparecem por todo o lado,  coisa que certamente o novo namorado não apreciará. A família chorará arrependida por ter mostrado o seu bem mais precioso,  as crianças,  entretanto desaparecidas,  levadas por um malfeitor atento ao que se publica online.  O candidato a
um  emprego vai ficar bastante atrapalhado quando for confrontado com o comentário estúpido que fez há mais de dois anos,  acusando o futuro possível patrão de ser um tirano.

Meus meninos e minhas  meninas,  ouçam este "Velho do Restelo Grisalho": Cuidado com o que publicam na Internet,  por muito inocente que pareça e mesmo que pensem apagar quase de imediato. Uma vez colocado online,  todo o conteúdo permanecerá, de  uma forma ou de outra, para sempre online. Não se arrependam amanhã da parvoíce que publicaram  hoje !

Tá?!...

As voltas e mais voltas... e a reviravolta...

ÚLTIMA HORA !!!!
Graças à intervenção pronta e efectiva de uma pessoa amiga, o Professor Luis Ribeiro, que no fundo foi quem me "contaminou" com este "bichinho" da blogosfera, após alguma pesquisa pôde restaurar o trabalho perdido, na íntegra. A internet é, de facto, uma coisa incrível. Encerra em si mesma as mais variadas ferramentas e basta pensar no que queremos fazer que, como num passe de verdadeira magia, tudo se concretiza, pois aquilo que precisávamos para materializar o nosso desejo, afinal, já existia, uma vez que muitos outros já tinham tido a mesma ideia. E se não existir, então temos em mãos uma grande ideia e a oportunidade de poder ganhar dinheiro caso a coloquemos em prática. Neste caso a ferramenta já existia. E que ferramenta !!! Uma verdadeira máquina do tempo !!!
O meu Amigo pôs-se a pensar:
Hmmm....Deve existir forma de encontrar o que já foi publicado no blog, ainda que tenha sido, misteriosamente, apagado... Vamos ver.
E assim foi. Alguns minutos depois lá encontrou o que precisava (http://cachedview.com/) e eis que o "milagre" aconteceu.
Apesar do acto ostensivo de censura, por parte de algum misterioso combatente de causas perdidas, a Verdade prevaleceu e a justiça venceu. Porque a Liberdade é um direito Universal, jamais os Maus e os Cruéis que procuram calar os Justos vencerão !!! Viva a Liberdade !!!!


Há quem acredite no destino,  na possibilidade de tudo estar pré-determinado e que o livre arbítrio não passa de uma ilusão.  Assim,  façamos o que fizermos nada pode alterar esse destino. Por vezes,  coisas estranhas acontecem,  destinos que se cruzam,  vidas que se espelham umas nas outras,  conferindo uma sensação de  já visto,  em que ficamos com a nítida sensação   " eu já vi isto em algum lado...".

Nestes últimos dias  tenho seguido com curiosidade a nomeação do novo governo,  com destaque especial para a minha compatriota Francisca Van Dunem.  Esta Senhora nasceu,  tal como este que vos escreve,  em Luanda,  Angola,  corria o ano de 1955. Oriunda de uma das famílias mais conhecidas de Angola,  da qual guardo memórias dos tempos em que partilhei a mesma cidade,  foi obrigada a fugir do país em 1978 na sequência de uma " limpeza" no partido  (MPLA),   na qual o seu irmão,  José,  foi assassinado por apoiar  um rival de José Eduardo dos Santos,  Nito Alves.   Também eu  me vi obrigado,  no meu caso, por razões de saúde,  a sair de Angola, sendo depois impedido de regressar. Nunca fui de fazer favores à espera de posteriormente ser beneficiado,  nunca  fui de sorrir com hipocrisia  ao Senhor com a cor certa,  pelo que, tal como a Ministra,  me tornei um exilado. Nunca mais voltei ao meu País. Tudo o que lá tinha e que lá ficou,  conquistado com muito trabalho ,  suor e lágrimas,  foi destruído  por quem  nunca nada fez para o bem de Angola.  Foi uma vida que se perdeu, o renascer forçado noutro sítio,  com outras pessoas.

Vejo,  humildemente,  paralelo entre a vida da agora Ministra e a  minha. Sei o que custou,  valorizo o sacrifício a que  certamente foi obrigada. Olho-a,  por isso,  com admiração,  esperando que o sofrimento lhe tenha dado a sabedoria necessária para agora conduzir o destino da nossa Justiça no rumo certo. Boa sorte,  Senhora Ministra,  vai precisar dela.


O Jornal  SOL contem dados biográficos dos novos Ministros.
Tá?!...

domingo, 29 de novembro de 2015

.......Erro técnico, ou malvadez ?

Por razões, até ao momento,  desconhecidas, o blog que  emiti  em 27 de Novembro de 2015, sob o título  "AS VOLTAS QUE A VIDA DÁ", que abaixo reproduzo, "sumiu-se", de forma estranha, cujas razões motivaram este "desaparecimento", estão além de qualquer  esquisita explicação...

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Tá?!....

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Esta mensagem deveria era ser lida na Assembleia da República

Neste preciso momento em que vou alinhavando o presente blog, observo, através da  janela, a lua cheia que está prestes a esconder-se da aproximação, no horizonte, do Sol brilhante, que nos virá  aquecer o ambiente friorento, deste final do mês de Novembro de 2015...

A Lua cheia, acenando um Adeus.. às  05h45 de 26/11/2015... Olhão.
Colocado no parapeito do horizonte, começo já a sentir os primeiros raios solares, que nos iluminará, a Todos e que, me faz recordar o que, na vertente, dos primeiros passos em que, como aluno na primeira classe, e envergando o uniforme estudantil da Mocidade Portuguesa, cantava, em coro...  


"TRONCO EM FLOR, ESTENDE OS RAMOS, À MOCIDADE QUE PASSA"...

Ao ligar o meu computador, como aliás, tem sido hábito, logo às primeiras horas do dia, noto que os noticiários vão dando destaque às cerimónias que se preparam para ser realizadas no período da tarde em relação à tomada de posse das distintas Personalidades, que foram indigitadas para a formação do novo Governo, em Portugal...

Contudo, fico empolgado, por notar, que  entres os Eleitos,figura uma Distinta Senhora,Dra.Francisca Van Dunem,que nasceu na mesma cidade em que eu vim ao Mundo, situada na África Ocidental,chamada  LUANDA (ANGOLA).

Digo que fiquei emocionado, na medida em que, como dizia na Mocidade Portuguesa, anseio que o  Tronco em Flor ilumine, igualmente, as mentes dos novos gestores que virão a governar-nos, e que se crie o desejado PARAÍSO para que, sem distinções algumas, O PÃO NOSSO DE CADA DIA, NUNCA FALTE A MESA DOS BONS CHEFES DE FAMÍLIA, E QUE A UM RISONHO BEBÉ NUNCA LHE FALTE, TAMBÉM, UM BIBERON DE LEITE.

Compatriota Francisca, que lhe corra pelas veias, aquilo que a nós, os "valerosos" (termo de Camões, nos  "Lusíadas") Angolanos,  sempre foi,  na generalidade cerne de vivência  baseada  nos princípios sagrados no "... AMOR AO PRÓXIMO, DIGNIDADE, FRATERNIDADE E PLENA JUSTIÇA, EXPURGANDO, de vez, OS MAL INTENCIONADOS, que ofuscam o principio das sagradas verdades...- qualidades que temos em  comum....comprovadamente! !


Francisca Van Dunem nasceu em Luanda há 60 anos e é a primeira mulher negra a assumir um cargo de ministra em Portugal. Conhece a Justiça por dentro. Procuradora há mais de 30 anos, ocupou nos últimos oito anos um dos cargos mais importantes do Ministério Público, como procuradora-geral distrital de Lisboa, responsável pelo maior dos quatro distritos judiciais do país. Acreditando que a Justiça deve ser transparente e prestar contas, foi pioneira ao criar um onde se reporta diariamente a actividade do Ministério Público. 
Dirigiu igualmente o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, onde antecedeu Maria José Morgado, e esteve, nos anos oitenta, na Alta Autoridade contra a Corrupção. É casada com o professor catedrático da Universidade de Lisboa Eduardo Paz Ferreira, especialista em Direito Fiscal e Finanças Públicas, e antigo sócio do ministro socialista Sousa Franco, com quem fundou um escritório de advogados.
“É uma magistrada altamente qualificada e de uma honestidade a toda a prova”, resume Alberto Pinto Nogueira, antigo procurador-geral distrital do Porto, que trabalhou com Francisca Van Dunem na Alta Autoridade contra a Corrupção e no Conselho Superior do Ministério Público. A violência contra os idosos e a violência doméstica são dois temas que lhe são caros.
Apesar das funções de relevo que tem vindo a ocupar nos últimos anos, Van Dunem tem primado sempre pela discrição. Veio para Portugal aos 18 anos, para tirar o curso de Direito. No ano passado, concorreu aos lugares existentes no Supremo Tribunal de Justiça para procuradores e ficou em terceiro lugar, podendo ainda vir a ocupar um lugar de juíza conselheira se entretanto abrirem vagas.
Um dos poucos perfis sobre Francisca Van Dunem, feito pela revista Visão em 2007, dá conta de que a magistrada coordenou megaprocessos relacionados com o tráfico de armas na PSP e a corrupção na Marinha. Gosta de cozinhar, de arte — cinema incluído — e de música clássica, mas nem todos lhe apreciam a distância que mantém para com os subordinados. Foi representante de Portugal no Comité Europeu para os Problemas Criminais no Conselho da Europa.
A procuradora-geral distrital de Lisboa chegou a ser representante do Governo português junto do conselho de administração do Observatório Europeu do Racismo e da Xenofobia no início dos anos 2000. Em 2012, em entrevista ao PÚBLICO, dizia: "No discurso político, a questão racial continua a ser tabu, manifestamente. Percebo que a abordagem não é fácil. Construiu-se a ideia de que os portugueses eram propensos à miscigenação, misturavam-se culturalmente e que, portanto, isso era um indicador de que não discriminavam racialmente. Eu digo 'não'."
Apesar de, na altura, confessar que nunca tinha sentido discriminação no local de trabalho, e que não achava que a justiça portuguesa discrimine, não tinha dúvidas quanto ao facto de existir racismo em Portugal. "Falta a abordagem franca da questão. Era importante encararmos isso como um problema que, se calhar, nem é assim tão difícil de resolver. Há uma componente educacional, mas é preciso investir nela.”  

Texto do Jornal Público

Veja aqui os perfis de todos os novos ministros




BEM HAJAM TODOS OS NOVOS GESTORES, NA EDIFICAÇÃO DO DESEJADO 



PARAÍSO  


 

PARA OS PORTUGUESES...

Tá?!...

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Um sacarolhas deslumbrante... colide com a garrafa de champanhe...

Em tom de brincadeira, mas com um sentido muito respeitador, e nunca ofensivo, e só para suavizar o cálido ambiente que antecedeu a indigitação dos novos membros que passaram a constituir  a   nova "governamentação", imaginei um quadro expressivo que resulta  quando festejamos e comemoramos, saudando algo de muito importante, como seja, a abertura de uma "valerosa" (termo de Camões, nos Lusíadas) garrafa de champanhe, em que na maioria dos casos, o sacarrolhas é posto de parte, por desnecessário.

Vamos imaginar que  no interior da garrafa do delicioso champanhe, guardada há séculos, em vez do liquido saboroso, que se estava usando para o festejo, estavam salvaguardadas as " belíssimas" ideias dos que estavam sendo o alvo de tão acarinhada manifestação, e que o povo, de há muito, ansiava  viessem à luz do dia.

Acabam de ser "protagonizados" tais "famosas ideias" , através da indigitação que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, anunciou, para a constituição do novo Governo e, como recompensa, a tal valiosa garrafinha, guardada há séculos, esvaziou o seu conteúdo, de tal forma que vamos passar a beneficiar, a partir de agora, da possibilidade de, a cada um de Nós, no próximo Natal, virmos a ser contemplados com as  prendas com que há muito temos vindo a sonhar....



Noto, com  grande fulgor, que, entre os eleitos digitalizados, para  edificar o desejado  PARAÍSO, que nos permitirá virmos, finalmente, dormir descansadamente, figura uma Personalidade, como Ministra da Justiça, uma compatriota, Angolana de Portugal, nascida, por isso, na  mesma grande Nação, ANGOLA, onde também vim ao Mundo, há 88 anos. Seja Bem-Vinda !... (se vier  por bem )!..

Tá?!...

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Revisão à carta aberta dirigida a Catarina Martins.- BE.

Foi há bem poucos dias que  dirigi  uma carta aberta a Catarina Martins, como abaixo comprovo..

Nessa carta fui bem claro, afirmando que não pertencia ao Partido, de que era  "porta voz". nem tampouco  querer embrenhar-me em qualquer questão, ou assunto,  de cariz  politico/partidária.

Simplesmente, pretendi, educada e respeitosamente, "brinda-la" com um elogio, que me perpassou pela cabeça, quando  reparei numa  sua foto inserida numa revista da actualidade...

Pareceu-me que  no interior  dos seus brilhantes olhos, visionava  as cores da nossa bandeira portuguesa e, perante tal  " milagrosa visão", sugeria-lhe que,  se viesse a ser  uma das  candidatas eleitas, para o nosso próximo Governo,  se enfileirasse num  grupo,  em que,  colocada ao centro,  cantasse ,bem alto , o nosso hino nacional -a Portuguesa.

Hoje, terça-feira,  24/11/2015,  ao ter conhecimento da decisão assumida por Sua Excelência o Senhor Presidente da Republica,  quanto ao eleitoralismo,  estou convicto que ouvirei,   tarde ou  cedo,  pela via televisiva,  a  ressonância da sua Voz,  cantando, heroicamente,... a  PORTUGUESA.

Tá?!...         !

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Evolução Natalícia...

Queridos ( e queridas )Leitores/as  que tem estado atentos/as à publicação  dos meus blogs,  peço-vos a gentileza de me desculparem, por vir de novo  insistir em problemas  e questões que  por vezes nos batem à porta. cujos  resultados tem sido a própria Providencia a dar-lhes adequada solução.

 Aqui estou eu, o Armando, quando nasci, em Luanda, a 12 de Abril de 1928.

Meses após o nascimento...

Nascimento do Armando....
                                         
Armando, fotografado , pelo Avô (Joaquim do Carmo Ferreira), em Cabinda - Angola
Armando, em Cabinda, já era  refilão....


Aos 87 anos.. cheio de frio .... Portugal..



Em casa, a descansar, após extenuante trabalho...

O autor a ser homenageado,  no Banco Totta-Standard  de Angola.- Sede em Luanda.

Num Congresso, dando conta das  ideias semi-politicas.

Estas  são algumas ligeiras  lembranças de um passado, recheado de felizes ( ...e por algumas  vezes infelizes...) recordações que cimentaram o corpo deste "Velho do Restelo Grisalho",  que, por forças emergentes de uma infeliz "exemplar descolonização", acabou por cair "de para-quedas" em território sul algarvio,  (Olhão) onde  acabarão por vir a  repousar  os seus ossos, logo que Deus permita a sua companhia junto da que mais amou na vida, a saudosa Esposa,  Alvarina  Teresa,  que, em  Paz, e após um  feliz casamento,  que durou  sessenta anos, partira já  para  para a Eternidade, onde tem  repousado,    em Paz, em  Olhão.

A  Providência é por vezes  pródiga , em confrontar-nos com episódios que nos enchem a alma  cheia de saudades, e que nos remetem para um  panorama  etéreo,   que só os poetas saberão  exprimir o que nos vai na alma.

Estamos já a poucos dias  em que se vislumbram ideais para festejarmos a  próxima época Natalícia,  e, percorrendo as montras dos estabelecimentos comerciais,  vamos sendo confrontados com Figuras enigmáticas que  anunciam o espírito que  renasce sempre e  que nos empurram  para  que  sejamos muito fraternos,  para com os nossos semelhantes.

Castelo Celestial...
Casamento, no Altar de Nossa Senhora, na Igreja, em Luanda,


Por via postal,  veio parar as minhas mãos , o convite do meu Sindicato dos Bancários do Norte, dando conta que se pretende cumprir a tradição de se festejar a quadra natalícia,  e que por isso  se realizará a Festa de Natal 2015, para os  filhos do bancários, Região da SEDE, no Porto.

Ora, como estatutariamente,  estou  sindicalizado na região nortenha do País,  e dado que por força disso, embora residente na  zona Sul do País,- Algarve -   tenho que me manter  sempre articulado  como se estivesse a viver , permanentemente , no Norte. Divisões regulamentadas  por acordos estabelecidos  por  estatutos  bancários  Sindicalizados-

Ora , podendo haver  filhos de bancários,  que já tenham Netos,  associei esta foto-montagem, na intenção de sobrevalorizar a ideia  que o  distinto Sindicato dos Bancários do Norte,  teve, para  também acolher os vindouros Netinhos, que virão a glorificar, ainda mais,  a  gloriosa e distinta  Classe Bancária.
.Este Armando,  agora reformado da Banca,  que sobrevive de uma pensão de reforma,   a mínima no sector, equivalente ao salário mínimo  de um   aprendiz da banca,  e que no seu curriculum laboral , sempre exercido na base da honra e da dignidade, -documentalmente comprovado-  chegou a   exercer  a função de Chefia Directiva, contabilística, num Banco , em que esteve integrado na sua  equipe fundadora, ( Banco Totta-Standard de Angola),   para alem de outras actividades em que trabalhou, em Empresas Nacionais e Estrangeiras , sempre com dignidade,   e a contento, comprovado, conforme   documentos  originais , guardados,  como ia dizendo, distrai-se a compor extractos  da sua vida, por via bloguista,  na Internet,   bem como compartilhar com as minhas  queridas Netinhas , e Filhos ,   que a minha saudosa  Mulher  me delegou, do seu Corpo e Alma.

Eis aqui, e agora, o Armando ( "Velho do Restelo Grisalho")....  





Tá?!...

Indiferenças... como interceptá-las ?

A despeito de por vezes me sentir um tanto "desprezado" quando rodeado de jovens, menos jovens, semi-adolescentes, pessoas mais adultas, e até por  vezes, por "Seniores grisalhos", que entre si,  conversam sob certos assuntos que em nada me dizem respeito e que até  já me criam arrepios, como por exemplo, o Jesus do Benfica ter-se apaixonado pelo Sporting, que os deputados em assembleia legislativa muito se preocupam com a adopção de crianças por gays, que o Senhor "X" deu porrada na sua Mulher, não me sinto, no entanto, de igual forma, com a foto seguinte, pois, no meio de isto tudo, ainda sou beneficiado, apesar de perto dos noventa anos, do carinho e apoio que me dispensam  as minhas queridas Netinhas e Filhos, que não permitem que eu venha a sofrer e morrer à  fome e  que, intimamente, me acompanham na dor que me persegue a todo o instante, por ter perdido, após sessenta anos de um feliz casamento, celebrado em Luanda, com a que mais amei na vida, a saudosa Esposa, Alvarina Teresa.


Tudo isto foi, de certa forma, despoletado  por uma publicação,  mais uma,  no facebook em que,  alguém,  denunciava a morte de um sem abrigo,  aparentemente personagem  emblemática da baixa lisboeta. Joaquim, de seu nome,  morreu sozinho, em silêncio,  algures, numa das ruas por onde deambulava  diariamente, de garrafa na mão.  Poucos darão pela sua falta, mas a  sua partida não passou totalmente despercebida,  como é visível nas palavras  que lhe foram dedicadas nesta hora:

Não te volto a dar a sandes.
DESCANSA EM PAZ JOAQUIM

Foi esta madrugada em plena baixa de Lisboa que morreu Joaquim.
Não era ator nem artista. Não era famoso, nem conhecido. Não tinha fama. Era só o Joaquim.
Era apenas um homem que tinha passado pela guerra, que tinha sido abandonado pela nação e pelo povo pelo qual lutou. Um homem cuja vida era passada entre um embrulho de papel e uma resma de jornais sendo estes o cobertor que noite após noite abraçava o seu corpo cansado das cicatrizes dos homens e das mulheres que por ele passavam e nem um olhar lhe dirigiam.
Era o Joaquim. Homem que não se achava merecedor de uma cama quente, de um duche tranquilizante, de um prato de sopa que lhe apazigua-se o rato que amiúde lhe roía o estômago. Era o Joaquim de botelha na mão, carro do mercado nas unhas com o qual transportava os seus bens mais preciosos.
O Joaquim...
O homem de sobretudo roto, barba comprida entrançada pela sujidade do ar, rugas profundas resultado de uma vida cansada, desnorteada, carente de um ombro amigo, de uma palavra de alento, de um sorriso infantil.
Morreu o Joaquim.
Aquele que sorria para todos sem troco, que brincava aos loucos com plena consciência do seu estado de miséria, aquele cujo os seres passavam e diziam:
- Este é que a leva bem sem preocupações.
Sim...
Foi esse o Joaquim que morreu.
O Joaquim que tu, eu e ninguém quer ser mas que ninguém está livre de lá chegar.
Morreu o Joaquim. Sem honras, sem reconhecimento. Profundamente esquecido por uma sociedade hipócrita e egoísta de falsos principais apregoados a vista de todos e olvidados em privado.
Morreu o Joaquim...
Aquele que um dia pode vir a ser qualquer um de nós.
Morreu e será enterrado em pleno silêncio.
Retirado do facebook

 Ao ler a enunciada publicação,  percebo,  como já disse,  que apesar de tudo,  da tristeza e solidão,  apenas pontualmente  suavizadas pelas visitas da Família,  sou realmente  afortunado. Sobre a minha cabeça tenho um tecto, no frigorífico alguma comida,  a companhia permanente do fiel Pelinha,  a presença amiúde de filhos e netas,  por isso tenho muito mais do que o Joaquim. Sem jamais o ter conhecido,  já sinto a sua falta. Também eu digo,  descansa em Paz,  Joaquim.

Tá?!...

domingo, 22 de novembro de 2015

De boas intenções, o inferno está cheio...

Não basta projectar, ter o o propósito de fazer alguma coisa; o importante, e essencial, é fazê-la...

A razão nem sempre vence as paixões....

Sim, porque, leio e oiço, a  todo o momento, os belos e reconfortantes ideais contidos em projectos   que os Dignos Partidos submetem à população eleitoral, em períodos de eleições legislativas, sendo que, na altura própria de introduzir o boletim de voto na caixa onde se aglomeram  os "papelinhos",  que ditam as preferências partidarizantes, nem todos colaboraram, de igual forma representativa,  porque, como se verificou, posteriormente, muita gente preferiu ficar em casa, descansadamente, e não votou, o que resultou, no caso em  questão, ter sido o absentismo alcançar  o "êxito da vitória",   em percentagem muito elevada.

Tudo isto resultou num trambolhar de decisões finais, resultando  que ainda hoje, Domingo, 22 de Novembro de 2015, se mantém a incerteza em quem Sua Excelência, o Presidente da Republica,  escolherá para, de vez, ficar a governar-nos.

Seja qual for a decisão que venha a ser  tomada, por Sua  Excelência, sobre esta importante questão, mas, pessoalmente, gostaria que se baseasse  no  mesmo principio  que eu assumira, e defendia, quando fui candidato a deputado a Assembleia da República, no ano de 1995, pelo PSN - Partido da Solidariedade  Nacional, que  assentava no seguinte:

Que nunca faltasse à mesa de um bom Chefe de Família, o "Pão Nosso de Cada Dia", e que, a um bebé, nunca faltasse, também, um simples biberon de leite..
 
O autor... Armando.




 Tá?!...

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O Poder Divino, salvar-nos-á...

Não sou nem quero ser  nenhum "Nostradamus"com capacidades visionárias, na época, mas não me importo de ter  que enfiar a carapuça, porque devido aos meus paleios, fui acusado de ser  um "Velho do Restelo Grisalho", termo utilizado em discurso pronunciado, por alta figura governativa.

Não sou, nem pretendo ser, nenhuma pessoa "importante", mas mantenho a VAIDADE de poder   desafiar, quem quer que seja, se tiver  razões, de me acusar de ter sido, alguma vez, desonesto,  traidor,  sem princípios da boa convivência, hipócrita, e desumano. Que me atire a primeira pedra, se tiver motivo, ou razões, para tal... porque o respeito, sempre  foi a base permanente da minha convivência, diária,  para com os meus respeitosos Humanos !..E espero que assim continue a ser, até que os sinos do "Campo da Verdade" (cemitério) soem à minha entrada, já com perto de  noventa anos !....

Os dias têm passado, seguidos de uma viuvez,  que me transtornou, como seria natural, pois a quem mais amei na vida, a minha saudosa Mulher, partira para o Céu, certa manhã, onde vivíamos, e a meu lado, após um feliz casamento, celebrado há sessenta anos, na Igreja de Nossa Senhora, em Luanda (Angola).

Hoje, oiço e leio muita informação, acerca do que  nos rodeia, a todos, e, faço um balanço, incrédulo,  comparando o que era a nossa vida  nos tempos Salazaristas, e nos  actuais. Começo por ficar um tanto "preocupado" com uma noticia que acaba de  nos  ser transmitida, por via do telemóvel,  que dá um alerta sobre uma breve  utilização de armas químicas, em relação a contenda e atentado "terrorista", que, em  Paris, amedrontou o mundo inteiro, colhendo a vida, traiçoeiramente, a muitos inocentes.

Em minha pobre e ingenuamente "grisalha", prevejo um futuro que se iguala, em parte, a uma época  que se viveu nas vésperas da declaração da segunda guerra mundial, que foi a que resultou numa das  maiores catástrofes mundiais, em que a pólvora e descobertas de indústrias químicas, produziram  o rebentamento da "bomba atómica"....

Será que os erros do passado, não muito distante, se vão repetir ?...
Há um ditado que diz "A ESPERANÇA NUNCA MORRE "... Eu mantenho a fé e a esperança de que jamais haja  repetição de clima igual que se viveu no passado, como acima se reporta, pois espero que o "medo" seja o principal  factor que impedirá igual situação. Esse "medo" virá a ser materializado, e significativamente representado por quem  um dia surgirá, e que com os seus poderes virginais, evitará que o Mundo venha a ser vitima de nova "bomba nuclear"...

Imagem de Nossa Senhora de Fátima... (tem perto de 100 anos ).




Nossa Senhora de Fátima...

Tá?!...

ÚLTIMA HORA... Após ter terminado este blog, ao fim da tarde,  curiosamente, encontrei depositado na minha caixa do correio a Revista FEBASE, da Federação do Sector Financeiro, nº 57, de Novembro/2015.
Na página 23, da Revista, vem inserido um excelente artigo, sob o titulo "Refugiados", e em destaque a seguinte designação, cujo conteúdo despertou-me imediata curiosidade, e cuja leitura recomendo a toda a Gente...

"Caminhamos para a terceira  guerra  mundial ?





Saudações e felicidades a Todos ...

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Até na morte somos diferentes...

Última hora ! Policia francesa faz uma intervenção nos arredores de Paris e há mortos a registar. Parece que abateu suspeito dos ataques de sexta-feira treze.

Outras notícias dão conta de que diversos acontecimentos como jogos de futebol e concertos foram cancelados por receio de novo ataque terrorista. Anda tudo com medo.  Os terroristas já nem precisam de concretizar atentados. Basta um telefonema anónimo e uma ameaça de bomba para semear o caos e paralisar um  país. Qualquer tipo com um telemóvel ou com uma moeda de cinquenta cêntimos para utilizar a cabine telefónica mais próxima pode ser um terrorista...

Ouve-se o hino francês por todo o lado. Entretanto há pouco mais de um mês um atentado na Turquia matou mais de  cem pessoas. Não ouvi ninguém a cantar o hino turco. Na Nigéria os fundamentalistas islâmicos já mataram milhares de pessoas. Ninguém cantou o hino deste país. No Brasil uma cidade inteira foi dizimada pelo rebentamento  negligente de uma barragem de uma empresa mineira. Não se ouviu o hino brasileiro.

Mundo hipócrita este...


Que Nossa Senhora  de Fátima nos livre de termos que  cantar o nosso hino, por  tais motivos...



Tá?!...

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O tempo voa como as águias...

Se ainda estivesse  vivo, no dia 12 de Abril de 2018, faria 90 anos que nasci na cidade de Luanda, no  Bungo, nesta casa, à beira mar plantada...

Casa onde nasceu o Armando... Luanda !..
Mas...recordando...
                                       

                             
mas... romanceando, tem sido neste confortável e reduzido espaço, que, brincando com as teclas do  computador, lá vou recordando momentos do passado, que me transportam a visões que, hoje, ao relembrar os (e as) grandes precursoras que foram intervenientes na minha juventude, e antes da velhice, por vezes me fazem esquecer que já são decorridos perto de oitenta e oito anos, que vim a este Mundo.

O Armando -   Luanda, em 30-9-1930
O meu saudoso Avô, Joaquim do Carmo Ferreira, que Deus tenha (sepultado, em tempos, sob honras militares) com a bandeira portuguesa, em Nova Lisboa (Angola), tirou-me a fotografia abaixo, que está por Ele assinada, quando morávamos todos ,na data, no Golungo Alto, no Norte de Angola, no dia 25 de Dezembro de 1931.

Armando - 25/12/1931
Mas a vida decorre com factos e acontecimentos, por vezes muito cruéis, como o sucedido há dois dias em Paris, que tirou a vida a muitos inocentes, invertendo e deturpando, por vezes, as verdades, por parte dos intervenientes e indesejáveis corruptos.

A Natureza  foi criada, por algo muito intensamente interpretativo, e em que, diariamente, o Sol nos vai dando a bela luz e o bom sabor de calor, mas...apesar de se dizer que o sol quando nasce é para todos (por vezes   não corresponde à realidade), sobrepõe-se, a tudo isto, no que ainda acredito... QUE DEUS É GRANDE, e que, tarde ou cedo, a sua mão justiceira, repousará  no eterno infinito ...


Os anos vão passando, e o vento tudo leva, deixando os restos do seu mau tempo, à mercê das  mentes humanas, que anseiam  poder ainda vir a beneficiar do que rezam as sãs palavras da oração cristã "Livrai-nos do mal, Ámen ".

E com isto, cá vou alimentando a  vã esperança de que  esta  minha "prosa" possa ainda a vir merecer, pelo menos, um simples aperto de mão, por parte do meu querido, ou querida, Leitor/a.

Humildemente, se despede, este "Velho do Restelo Grisalho", que, devido aos meus paleios, tenho sido acusado de possuir capacidades visionárias, qual  Nostradamus, dos tempos modernos, capaz de,  por entre palavras misteriosas prever o futuro na forma de um enigma. Só o que nunca consegui, foi ter  alguma vez preenchido e acertado nos números premiados do boletim do "Euro milhões"...

Mas, mesmo com o meu amigo de quatro patas, ao colo, e já "grisalho", deixo de ter pensamentos que pressentem o aproximar dos sons das trombetas que se ouvem  ao longe, anunciando tempestades, as quais deveríamos implorar a protecção de, como se diz popularmente..."Só se lembram de  Santa Bárbara,  quando troveja "...

Armando, já perto dos 90 anos...


 Tá?!...

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Prenúncio de mortes ?...

As trombetas, lá ao longe, já se começam a ouvir... Cá está. de novo, o ranhoso "Velho do Restelo Grisalho", a palrar, com as suas ideias atrozes, mercê de uma  experiência assente em seus cansados ombros, de um passado, sobre o qual se apoiam alguns pressentimentos, que prevê, quanto ao futuro, que nos virá a bater à porta...

Foi com este paleio que iniciei a publicação alusiva à sexta-feira treze,  a que chamam dia do azar. Já me  têm acusado de possuir capacidades visionárias,  qual Nostradamus dos tempos modernos,  capaz de,  por entre palavras misteriosas prever o futuro na forma de um enigma. Infelizmente foi o caso desta vez.

Efectivamente,  nesse mesmo dia aziago, um pequeno exército do mal, em nome de um deus que só  existe na cabeça doente destas pessoas,  assassinou cruelmente cento e trinta pessoas,  ferindo mais três centenas,  apenas porque estavam no local errado à hora errada.

O atentado levado a cabo,  como todos sabemos,  em Paris,  França,  foi reivindicado  pelo chamado Estado  Islâmico,    que de estado tem muito pouco e de islâmico ainda menos.  De certeza que Alá não está nada satisfeito com estes falsos mártires que se fizeram explodir apenas para satisfazer o desejo de poder a qualquer custo de um qualquer líder  político  que a pretexto da religião conseguiu convencer   estes  desgraçados a fazerem-se ir pelos ares,  levando,  infelizmente,  consigo centenas de inocentes.
As pessoas,  assustadas,  à saída do Estádio Nacional de França,  após os atentados nesta sexta-feira 13, realmente azarada.

Logo se fizeram conjecturas de que tais acontecimentos são consequência da entrada descontrolada de migrantes islâmicos na Europa.  Uma notícia  dá conta de que um dos terroristas terá entrado na Europa via Grécia no passado dia  3 de Outubro,  há  pouco mais de um mês,  portanto.

Esta situação pode levar ao surgimento de um clima de intolerância, racismo e xenofobia. Esperando que tais sentimentos não  levem a tristes acontecimentos e ao fomento do ódio, será ou não o receio de que, no meio  de tanta gente que,  de repente,  invade a Europa, haja cruéis assassinos ? Coloco a seguinte pergunta: Se,  subitamente,  lhe batesse à porta  um grupo de pessoas desconhecidas,  afirmando fugirem da guerra, da fome e da miséria, dizendo que,  por via disso Você teria que as deixar entrar e viver em sua casa, comer a sua comida e beber a sua  água,  será que os convidaria imediatamente a entrar, confiando cegamente na bondade de tais pessoas ?

Quanto aos inocentes,  sinto uma enorme tristeza. Quem sabe  se  no meio das vítimas não estaria aquele ou aquela  que,  no futuro que agora é apenas uma conjectura,  poderia descobrir,  por exemplo a cura para o cancro...

Tá?!...

sábado, 14 de novembro de 2015

Memórias da Revolução.. causticantes...

Há certos momentos que nos empurram, repentina e   inesperadamente, para reflexões, que  o tempo  se encarregou de ceifar,  e  que basta ouvir  um ligeiro  " RUÍDO ",  para que a mioleira seja remexida  e   exaltar o que de há muito  tem estado silenciado, e quase que já  há perto de um século, retidos nos escombros do  esquecimento. Esta prosa, vem a propósito de um programa que acaba de ser emitido pela RTP1,   sob o titulo  "Sexta às 9 " ,  seguido de um excerto, diariamente  transmitido denominado "Memórias da Revolução".

O conteúdo dos programas que acima são reportados,  baseia-se, quase sempre,  em situações inerentes a casos de injustiças praticados  ao longos dos anos, aos quais a televisão  pretende dar certo destaque, e  comenta-los, de seguida.

Há historias, e historietas, de episódios que  advém de situações que emergiram da tão falada "exemplar descolonização",  na qual fui um protagonista,  de certo  modo ignorado, que quase daria para um  filme.  São das tais "memórias da revolução", de que,  vou  procurar aqui  relatar,  com um fim de entretenimento..

Como inicio do "programa",  dou conta  que   nasci em Luanda ( Angola), a 12 de Abril de 1928, onde perpetuam os ossos da minha saudosa Mãe, (Maria Helena),  meu querido Irmão  (José Duarte) e meu respeitável  Avô (Joaquim do Carmo Ferreira),  sepultado em Nova Lisboa, a coberto  da  honrosa bandeira de Portugal.  Exerci, depois de concluídos os meu  estudos estudantis,   funções laborais, em Empresas nacionais, estrangeiras e Bancárias., com êxito e dignidade,  conforme provam  fotocopias de algumas cartas, que ainda tenha guardadas, das quais reproduzo cópia de alguns  originais.

Quis o destino, que nas vésperas da independência  de Angola, fui acometido por grave doença, que, para a sua cura, não tive outro remédio senão o de apanhar um avião da TAP e rumar , com urgência, para uma clínica sediada em Lisboa.  Por tal motivo, não me foi possível assistir ao hastear da nova bandeira angolana,  pelo que,  tempos depois, não sei porque rezão, destruíram-me todo o recheio que tinha deixado na minha residência, em Luanda.  Para encurtar factos, acabei por vir cair de "para-quedas" nesta  acolhedora cidade de Olhão, onde, depois de sessenta anos de casado,  minha saudosa e querida Esposa acabou por partir para a Eternidade, Junto de Deus, onde descansa em Paz.

Com o direito a uma pensão ( a mínima no sector bancário) cá vou vivendo, e, para me ir entretendo para afugentar a solidão, cá vão mais uns relatos do que tem sido a vida de um " Velho do Restelo Grisalho"...








 
São cartas abonatórias de Empresas   onde prestei serviço e executei funções de Chefia Contabilística.

Aconteceu, certo dia,  um certo "acidente", quando transitei de uma Filial Bancária, de  Moscavide, para Matosinhos(no Porto), que  provocou, em certa medida, a minha inesperada  "catadupla" para a situação de Reformado Bancário,  que  passo a explicar..  Logo à minha apresentação à gerência da Filial bancária , para onde  recentemente  fora transferido, a pedido pessoal,  notei logo  a existência de  uma grande divergência de animosidade entre o gerente e  a  Séde  Central  do Banco, porque havia ali qualquer coisa que não corria lá muito bem. Isso porque, talvez por uma questão de invejas, o gerente fora acusado de "beneficiar",  inicita e monetariamente,  a sua Esposa,  negociante e proprietária de uma Camisaria, naquele mercado.  Não correspondia à verdade, pois o gerente, pessoa honesta,  cumpria rigorosamente  as normas e regras impostas no exercício da sua  actividade, como se provou mais tarde  Certa tarde, um grupo  policial, mandatado pelo sector jurídico para vir buscar o tal Gerente,  ao  sair  do  Banco, foi interrompido por um estampido de uma pasta atirada estrondosamente para o chão, em sinal de protesto, cujo autor é o mesmo  que está´neste preciso momento  alinhavando esta "novela", e que me lembre, gritei " este nosso Colega,( Raul Peixoto) que  esta sendo levado pela Policia, como "gatuno", esta sendo injustamente conduzido pelos policias, pois entendo que, enquanto não for provada a sua inocência,  considero um castigo   o que injustamente  lhe está sendo aplicado,  e, quanto a mim  esta sendo vitima , neste momento de uma atroz vergonha.".

Provou-se, de seguida, que eu estava dentro da razão.

Para o substituir, no dia seguinte apresentou-se ao serviço, um  novo trabalhador bancário, para assumir a gerência, em substituição, e, com grande desplante,  e vaidade, apregoava  que fora Director de uma Agência Bancária, em Angola.  Mas, como diz o Povo" a verdade vem sempre à tona da água", eu, que efectivamente exercera funções de chefia num outro Banco concorrente,,  recebia, confidencialmente, papelada sobre  os nomes dos responsáveis das  suas agências espalhadas  pelo  país, e desmenti a arrogância do novo gerente, dizendo.. "O Senhor  vem  para aqui anunciar que era Director, mas eu   tenho comigo a prova que o Senhor era   "Caixa Móvel" e nunca foi director, como anuncia   aqui arrogantemente"..

Claro que isto motivou grande "borborinho", e,  aqui está a prova documental do que tenho vindo a relatar..

LISTA NOMINAL DOS GESTORES DE AGÊNCIAS NO PAIS

                                     Sempre fui contra todo o tipo de injustiças  praticada contra Colegas....



Fui vitima da vingança do meu novo gerente... que escreveu o seguinte e recebeu  esta resposta:

"Mais informamos que  hoje faltou ao serviço o n/colega  Snr. ARMANDO BATISTA por motivo de doença...
..."... PS - ... Entendemos por bem manifestar a n/ preocupação relativamente ao estado de saúde ou ao estado psíquico deste  funcionário, que, felizmente fora das horas de expediente de ontem e com o n/ Gerente em serviço exterior, teve um manifesto de desequilibro que provocou, naturalmente preocupação e tensão neste local de trabalho, tendo sido levado ao hospital."

E acrescenta mais o seguinte:

..."pois, uma Agencia ou qualquer Balcão, não pode estar exposta a imprevistos resultantes do estado de saude ou psiquicos de qualquer dos seus elementos, conquanto eventualmente, poderão até sentir-se mal colocados em qualquer desses casos..."

A resposta que veio de seguida da Direcção e Sede  do Banco, foi esta:-:

..." O sucedido com este empregado poderá acontecer a qualquer outro que  não se encontre em condições físicas ou psíquicas normais  Como tal deverá ser submetido a tratamento médico adequado e só retomar o serviço depois de considerado apto pelos serviços clínicos que o têm vindo a acompanhar..."




Final da história.... Hoje sobrevivo com uma pensão de reforma, equivalente ao  mínimo salário contratual  na actividade bancária  igual à de APRENDIZ DA BANCA... depois de ter sido Chefe e Componente de uma equipe que Fundou  um dos  maiores bancos  que existia em Angola - BANCO TOTTA-STANDARD  DE ANGOLA.


Tá?!...