Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na Terra sempre triste
Se lá no assento etéreo, onde subiste
Memória desta vida se consente
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste
E se vires que pode merecer-te
Algu-a cousa a dor que nos ficou.
Da mágoa sem remédio, de perder-te
Roga a Deus que teus anos encurtou
Que tão cedo de cá me leve a ver-te
Quão cedo de meus olhos te levem
(in. Lusíadas)
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Alvarina Teresa |
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Armando José |
Eu, o teu marido Armando. no seu quarto para onde foi transferido, após o teu falecimento, para a cidade de Faro, como residente do Lar de Idosos "Amera", onde passei a escriturar os meus blogs, num cantinho do quarto onde agora durmo e sonho, com o auxilio do antigo computador , envio-te esta mensagem ...
... Roga a Deus que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou...
Eis, o quarto onde passei a vida a desejar que Deus de cá me leve a ver-te,,, no cantinho do Céu para onde subiste, enquanto vivíamos em Olhão, após termos sido "exilados" vindos de Luanda,- Angola
O meu novo escritório- em Faro |