O Sector Bancário é a mola que faz mover a economia. É com tristeza que vejo ultimamente os escândalos que têm afectado a Banca, com a falência de Entidades de referencia como o BES. Em processos onde a culpa parece sempre morrer solteira, a transparência é sistematicamente ausente, com os responsáveis a atirarem a culpa para cima uns dos outros.
Entretanto, o Novo Banco, antigo BES, vai despedir 500 funcionários, conforme o noticiado. Noticias semelhantes sobre outros Bancos ensombram o futuro de milhares de trabalhadores. Cada vez mais os Bancos parecem existir para se servirem a si próprios e aos seus milionários administradores, deixando aqueles que todos os dias dão a cara em balcões por todo o País e os clientes para segundo plano.
Posso orgulhar-me de ter pautado a minha vida profissional bancária por uma seriedade e honestidade incontestáveis, tudo comprovado por documentos, em que me preocupei em servir as Instituições, as Pessoas, não tirando qualquer proveito pessoal, mesmo quando tal era aceitável e concedido por certificação documental (recordo a época em que, doente, me desloquei à África do Sul e me foi concedida autorização para efectuar as despesas necessárias à conta do banco e, ainda assim, não gastei um único Rand dessa fonte, tendo suportado todas as despesas a título pessoal). Todos assim fossem e muitos destes escândalos não existiriam.
Espero que seja desta que o Sindicato Unificado se torne realidade. Só unidos poderemos combater interesses ocultos e comportamentos corruptivos que destroem a imagem do Bancário e da Banca junto do comum cidadão.
Para demonstrar aos intervenientes que têm a missão de agrupar as decisões legislativas condutoras a um saudável equilíbrio de compromissos, que conduzirão a uma melhoria de condições de vida no que diz respeito à conjuntura assistencial que aos dignos Bancários lhes é por direito confiada, aqui deixo alguns exemplos a que tive que ser submetido, num recente passado, em razão, e por ter vindo, a residir na zona Sul do País (Algarve), e que, pelo facto de pertencer a zona de jurisdição sindical do Norte, sucedeu-me o seguinte:
- Houve um ano em que o 13º mês só abrangeu os sindicalizados nas zonas Centro e Sul, do País, enquanto que aos sindicalizados do Norte, o 13º mês acabou por ser mais tarde atribuído, face a justas reclamações assumidas por parte dos da Zona Norte, em que fui um dos protagonistas reclamantes.
- Como a minha assistência médica junto dos SAMS, em Faro, é condicionada a uma nova numeração identificadora, que condiciona a separação e ligações intermédias em matéria de pagamentos, chegou até a acontecer ter-me sido descontado, pela zona Norte, na minha pensão de reforma, o valor de consultas médicas efectuadas nos SAMS-Sul ...há 7 (sete) anos atrás ! Situações como esta, não se tornaram a repetir, porque houve o bom senso de se ter revisto as condições em que são elaborados os ajustes de contas, internamente, entre as distintas Zonas Sindicais Bancárias, actualmente existentes.
Presentemente, a situação mantém-se normalizada, subjacente a normais divisões Sectoriais-Regionais, de ordem Sindical, no que à actividade Bancária diz respeito.
A perspectiva de que venha a ser criado um Só e Único Sindicato da actividade bancária, estou certo que constituirá um grande passo para que PORTUGAL, afinal um país tão pequeno, não tenha que se dividir em diferentes regiões sindicais para uma única classe laboral, e apenas vir a existir um ÚNICO SINDICATO NACIONAL DE BANCÁRIOS, pondo fim à política separatista (quem sabe, separar para reinar...) dentro da actividade no ramo financeiro que gera o País.
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(E.T.- Oficio recebido na época) |
Estou ainda a lembrar-me de uma situação que, não há muito tempo, me preocupou, antes do falecimento da minha querida Esposa. Foi o facto de termos tentado irmos viver para um Lar de Idosos, que estava enquadrado, por força da sua localização geográfica, próximo de Lisboa, na área sindical bancária do Sul e Ilhas. Os nossos intepelo motivo de sermos abrangidos pelos regulamentos sindicais bancários da área geográfica do Norte. Será que Portugal, agora, mantém-se dividido, sindicalmente , repartido em três zonas (?) Norte, Centro e Sul ?.
Lembro-me, também, que enquanto trabalhei na Banca, em Angola, (terra da minha naturalidade), que era raro ver-se um bancário que tenha sido despedido (ao contrário do que hoje notícia diriamente...), pois sempre fora uma profissão muito conceituada e de elevada aceitação.
Tá?!..
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