Recordações vagas e quase apagadas
Era neste prédio, Rua D. Francisco Manuel de Melo, no 32, r/c. em Lisboa. que residia a Maria Helena |
Maria Carlota, Gabriela (Belela). Avó (Helena) e a Maria Helena (a noiva, na altura) Lisboa. |
Reparem na data em que foi escrita esta carta... Lisboa 15 de Fevereiro de 1952... em que a minha saudosa Avó Helena me dirigira "Meu querido Mandinho... e quase no final desta querida epistola. escrevera... "A Maria Helena casou e já está para ter bebé...."
Isto tem história..
Esta carta chegou-me às mãos, 3 meses depois de a ter posta nos correios, em Portugal, porque os tempos eram outros e nada era como hoje em que uma mensagem chega à... China, em apenas poucos segundo, resultado das modernices electrónicas. Como nessa data toda a correspondência, destinada a Angola,teria que ser previamente vista pela Censura, na África do Sul, e porque foi em tempos em que tanto eu, e o José Duarte (meu irmão, já falecido), tínhamos viajado de Lisboa, onde vivíamos com a nossa querida Avó (Helena), e entretanto mudado para outro destino, Luanda, Angola, para passarmos a ser educados pelo nosso próprio Pai (Domingos), que era chefe dos CTT, os nossos contactos passaram a ser feitos, assim, por intermédio da correspondência postal, que fui guardando, conforme espelhado na foto acima.
Morava nessa data, na Rua D. Francisco Manuel de Melo, em Lisboa, dias antes de ter embarcado no navio de passageiros "Angola", com destino a Luanda, tendo deixado a Família que me educou, após o falecimento da minha saudosa Mãe (Maria Helena), que fora antes, em Luanda, e... reparem, agora, no seguinte pormenor....
No mesmo edifício onde eu morava, e já não muito longe da obrigatoriedade de ter que prestar, na data legal, de serviço militar, vivia, igualmente, no primeiro andar, uma linda Moça (Maria Helena de Agrela Nazaré) de quem eu me apaixonara, e mantivera correspondência amorosa, até ao dia em que Ela própria me escrevera que tínhamos acabado o namoro, pois face a longa distancia e o longo tempo que entretanto fora passando, e nos separava, tudo acabara...
Ela é a que está no canto inferior direito, quando fotografada na foto acima.
Depois tudo mudou... vida militar, acabar com o estudos superiores, empregos, concorrenciais e actividades administrativas, Direcções Bancárias e Contabilísticas, e, finalmente, o que mais me apaixonou em toda a minha vida.... o Feliz Casamento com a "Santa" Mulher que mais amei na vida (Alvarina Teresa), que, há sete anos repousa eternamente em Descanso, no Céu, junto a DEUS.
Dia Feliz do nosso Enlace Matrimonial, em Luanda. Já lá vão 62 anos. A feliz Noiva, Alvarina Teresa, já faleceu. |
Lembranças que hoje me vieram à mente, devido a que escrevi no meu anterior blog, cujo tema muito me sensibilizara.
APOIO AOS IDOSOS...
Adicionais...
Eis aqui um prova do que acima afirmei, quando disse que no tempo da II Grande Guerra, toda a correspondência que fosse enviada de Portugal com destino a Angola, teria previamente que passar pela Censura, na altura instalada na África do Sul, antes de chegar ao seu destino, o que demoraria por vezes que a correspondência acabasse por ser entregue decorridos quase 3 meses. O postal que aqui fotografei (que mal se lê agora, devido à sua idade) foi em em Lisboa metido pela minha Avó, nos correios, em 25.2.943, destinada ao meu Pai, Domingos José Batista, digno oficial superior do Correios e Telégrafos de Luanda-Angola. Está carimbado "Passed by Censor...".
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