Estes senhores parecem desconhecer os significados de algumas palavras da língua portuguesa. Parece que queriam dizer "racionalizar" mas disseram "racionar". Não parece razoável atribuir à palavra "racionar" o mesmo significado que a palavra "racionalizar".
Segundo o Dicionário Priberam da Língua portuguesa:
racionar v. tr.
1. Impor oficialmente ração a.
2. Distribuir (géneros) em rações.
3. Limitar a quantidade de.
racional adj.
1. Dotado de raciocínio.
2. Que só se concebe pela razão.
3. Razoável, conforme à razão.
4. Fundado no raciocínio (opõe-se a empírico).
5. [Astronomia] Diz-se do círculo máximo da esfera celeste cujo plano é perpendicular à vertical do lugar de observação.
6. [Matemática] Diz-se da quantidade cuja relação com a unidade pode ser expressa por algarismos.
Ora, como se entende facilmente, racionar e racionalizar não é exactamente a mesma coisa. Bem pelo contrário! Racionar tem a ver com cortar algo que é necessário mas que por alguma razão EXTREMA deve ser limitado, ainda que seja importante. Racionalizar tem a ver com RAZÃO, algo que parece faltar a estes iluminados senhores.
Por outro lado,. é de uma irracionalidade extrema a ideia de avaliar o tempo de vida de uma pessoa que está em sofrimento e se valerá realmente a pena gastar mais uns euros a mitigar esse sofrimento ou se será melhor deixá-la morrer... Isso é quase uma pena de morte, uma eutanásia encapotada.
As pessoas não são números. As pessoas não comem euros. Os euros não são seres pensantes e com sentimentos. Primeiro, as pessoas, depois o dinheiro, pois sem as pessoas o dinheiro não faz qualquer sentido.
O valor da vida humana e a qualidade da mesma não se mede com gráficos ou em reuniões de gabinete. É inestimável e o seu valor infinito.
Não que deva haver desperdícios... Nem agora nem nunca. Mas achar que podemos pensar sequer em negar a diminuição de um sofrimento em função de uns quantos euros, isso NÃO, é como uma pena de morte, a qual foi, há muitos anos, abolida no nosso país !!!!
Pede-se bom senso, inteligência e sabedoria, nada mais... Tá?!?!
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