Quando ontem assistia às exéquias fúnebres do Dr. Almeida Santos não pude de me deixar de surpreender com o facto de as cerimónias não incluírem uma componente religiosa católica, como é hábito no nosso País, onde a população professa, na sua grande maioria a religião católica apostólica romana. Ainda para mais, sendo o falecido uma figura pública, mais estranho me pareceu a ausência das actividades religiosas conducentes à preparação da alma para a passagem até ao outro mundo, para junto de Deus, protector de toda a humanidade.
Sempre pensei que uma figura como a do Dr. Almeida Santos viesse a ser alvo de uma homenagem religiosa, adequada a todos os grandes homens e mulheres. Parece ter toda a lógica num País, a República Portuguesa, onde os católicos se aglomeram aos milhares nos lugares santos, fazendo peregrinações e sacrifícios em nome de Deus.
Seria, para mim, incompreensível ter um presidente que não fosse católico, que professasse outra religião que não aquela dos cidadãos sob seu governo. Como poderia este presidente, defensor de maneiras de pensar totalmente antagónicas à realidade de Portugal, proteger e cuidar os cidadãos ao seu cuidado ? Não correríamos o risco de favorecer os interesses da sua filosofia religiosa, em prejuízo da maioria da população ?
Fui educado com base num ensinamento de respeito e amor pelo próximo, baseado na filosofia cristã, cujo lema "DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA", moldou toda a minha vida, resultando numa conduta de elevado respeito e educação, concretizados numa conduta de honestidade irrevogável. Acredito, pois, que tais ideais deveriam continuar a ser cultivados e nutridos, em nome de uma sociedade justa e solidária. Por isso, quando vejo figuras públicas renegarem estes princípios fico triste, receoso de que valores como a honestidade, bondade e solidariedade se possam perder definitivamente.
Esperemos que assim não seja,
... " Velho do Restelo Grisalho"....
Olhão.
Tá?!...
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