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O Diploma conferido, devido a um trabalho que fiz sobre Angola, terra onde nasci.. |
Para melhor interpretação da ideia que pretendendo extrair, copio o que do livro vem descriminado:
" O facto de ser branco marcou-o de alguma forma, numa sociedade maioritariamente negra ?
Obviamente que sim,,,"
Há uma altura, enquanto somos crianças, em que conseguimos ver a olho nu que somos diferentes, que temos cor de pele diferente, mas não associamos isso a mais nada, Lembro-me, sim, de algumas coisas que não vou dizer que sejam traumáticas mas que terão marcado de alguma forma o meu percurso enquanto cidadão angolano. Como o facto de ser lembrado, permanentemente, com termos- - vamos dizer - pouco simpáticos, da minha cor de pele:
Agressões verbais?
Mulato, kanga massa, branco das pedras. Ou esquebra de colono, que era das coisas mais agressivas que se podia dizer.
Quer dizer restos de colonos.
Sim, Sobras. Obviamente, isso magoava. "
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Fico-me por aqui, pois se avançasse mais, muita coisa viria a ser relatada, pelo o ilustre autor desta obra literária Luaty Beirão.
Mas a principal razão que me "empolou" ao ler esta página do livro, foi que me fez vir à memória, algo que, à semelhança do que o Autor conta,, também se passou comigo, quando ainda frequentava a Escola Primária, aos 7/8 anos de idade, em Lisboa, os meus companheiros de carteira, e em momentos de grande farra e convívio, e tão-somente pelo facto de ter nascido em África (Angola-Luanda), eles tratavam-me assim, enquanto deslizavam os dedos pelos seus narizes..
CHINA MACAU ... CHINA MACAU.
... não me reconhecendo, virtualmente, como compatriota e colega de carteira português - Era a infância naturalista da instrução primária...daqueles tempos !!!...
Aqui o Autor, Angolano de Portugal, a caminho dos 90 anos de idade, imitando os Companheiros de Escola, ao saudarem.me, amistosamente !...... |
Tá?!...
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