Mensagem enviada, via facebook, para o programa "Sexta às 9":
Tá?!...Sou um Velho do Restelo Grisalho, solitário, por via dos quase noventa anos, viuvez, enfim coisas próprias da idade. Felizmente mantenho uma autonomia que me permite ter vida própria, conduzir o carrito ao destino e acompanhar, graças à maravilha moderna que é a Internet, a actualidade. Mantenho até um espaço na blogosfera, “O Velho Luandense” (http://velho-luandense.blogspot.pt/), onde vou lançando uns desabafos de natureza diversa, umas vezes coisas mais pessoais, outras mais de cariz, como me dizem, reaccionário/ revolucionário. Quando posso vejo o vosso programa, que muito aprecio, apesar das limitações auditivas. Assim, deixo aqui uma “dica” para uma próxima reportagem, de acordo com um zum-zum que me chegou aos ouvidos. Uma abelhinha sussurrou-me ao ouvido notícias tristes de uma situação que, como cidadão senior, me impressionou especialmente. Disse-me a abelhinha que num Lar da Terceira Idade, cujo nome me abstenho de referir por não considerar essencial, os cuidados prestados aos Idosos deixam muito a desejar, em que o controle da medicação é praticamente inexistente, a gestão das refeições tendo em conta as necessidades particulares da idade avançada deixa muito a desejar, entre outras atrocidades. Segundo a dita abelhinha, a filosofia prevalecente é de que se vão morrer, mais dia menos dia, é indiferente o tratamento e o cuidado a prestar. Ainda sem identificar o local preciso, para evitar problemas pessoais, sempre direi que a Instituição em causa pertence à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Seguramente que não é caso único, pelo que penso que seria extremamente interessante uma reportagem/investigação que permitisse perceber para onde vão e como são geridos e aplicados em benefício dos mais carenciados os milhões que a SCML amealha diariamente graças aos jogos de sorte ou azar. De certeza que muitas surpresas viriam a público. Será, no entanto, que têm a coragem necessária para “acordar este monstro” ?Cordialmente, Armando Baptista, o reaccionário angolano português.
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