Circular distribuída pelos colegas... |
Após ter vindo de Angola, na altura da independencia, principalmente por razões de agravamento do meu estado de saúde, em que tive necessidade de ser socorrido, urgentemente, em Lisboa, por ausência de médicos da especialidade em Luanda, fui obrigado , por tal motivo, a suspender, provisoriamente, a minha actividade, como Chefe da Contabilidade do Banco Totta-Standard de Angola, ao qual acabei por não ter regressado, por motivos governamentais, intervencionados pelo então Governo de Transição de Angola.
Consequente das melhoras provenientes da assistência médica, exercida, então ,em Portugal, mercê de contactos e das decisões ministeriais, dominantes, em Lisboa,, acabei por ser admitido, no quadro de Pessoal Maior do então Banco Pinto & Sotto-Mayor (mais tarde MILLENNIUM BCP), e, colocado numa Agência situada em Matosinhos.
E aqui começou a história...
Quando me apresentei, logo ao primeiro dia, nessa Agência, (Matosinhos), fui muito bem recebido por parte do Sr. Gerente bem como do próprio Pessoal. que ali trabalhava (meus Colegas bancários).
Sucedeu, contudo, que tempos depois, vim a ter conhecimento, que entre o Gerente e a Direcção. de Pessoal do Banco, (Lisboa), existia uma certa divergência de opiniões e alguma discordância em matéria administrativa, tudo causado, pelo facto do Gerente ter um estabelecimento comercial naquela cidade, em seu nome pessoal, que estava sendo governado e orientado pela sua digna Esposa.
Pelo o que se constava, a gestão do estabelecimento, cujo dono era o tal Gerente da Agência Bancária , é que tudo corria perfeitamente bem e dentro de toda a Legalidade.
É como eu costumo dizer " há sempre um "mas" a conturbar tudo. e todos "...
Meses depois da minha admissão nesse novo local de trabalho, surgiu certo dia, à ultima hora, uma equipe policial, cuja missão era a de prender o normal Gerente, porque, alguém o acusara de ter feito determinada falcatrua. Veio a descobrir-se, mais tarde, que foi tudo uma falsidade acusatória, por razões meramente invejosas por parte de quem manobrou, maldosamente, no sentido de pretender e substituir o velho Gerente, que há anos, honestamente exerce a sua função administrativa, com muita capacidade profissional..
Curiosamente, com o novo gerente, chegou a haver "maka", pois, como eu tinha vindo do Ultramar, ele não simpatizava com os chamados "Retornados"., embora ele tenha trabalhado em África.
Mas a razão deste historial, vem a preposto do papelinho acima inserido...
É que, ao final de uma certa tarde, - há já longos anos atrás - após intenso trabalho, no exercício das actividades normais , negociáveis, ainda no tempo do antigo Gerente, passara-se o seguinte-:
A hora da saída do estabelecimento em que estávamos a trabalhar, entra, rapidamente, uma equipa de policias pela Agência dentro, e, surpreendentemente, , amarra e prende o habitual Gerente,e, quando se dirigia a porta da saída, eu, levantei-me e em voz grossa gritei ...
"Colegas, neste momento o nosso Gerente está sendo amordaçado, pela Polícia, para o levarem para a prisão, não sabendo Nós porquê, e qual o motivo . Colegas, enquanto não for julgado, por um Juiz, em Tribunal, não permitimos que o levem preso, pois por enquanto, é um Trabalhador cumpridor dos seus deveres profissionais, e não sendo ainda condenado, pelo Tribunal, ponham-no , já, em LIBERDADE e não o desloquem, injustamente, para a cadeia, sem ter havido prévio julgamento" (Palmas e vivas...) !....
Mais tarde, provou-se que fora vítima de uma terrível vingança pessoal, e que estava completamente inocente..
Todo o Pessoal concordou comigo..
Não é de estranhar, que, após o funcionamento de gestão do novo Gerente, que recentemente substituíra o Gerente antigo, que fora agora afastado (aquele que me recebeu com dignidade, quando me apresentei, pela primeira vez ao serviço) começamos a ter uma "guerrilha", que foi o "gatilho" que acabou por me conduzir ao estado de uma Reforma, com direito à pensão mínima no sector Bancário, que foi calculada em bases consequentes da revoltada "Exemplar Descolonização)
(continua).
PS - Omito nomes, pois o tempo ceifou-me a memória dos intervenientes neste programa, não televisivo...
pois meu caro senhor tambem eu vou omitir nomes mas sempre lhe direi que essa pessoa, o gerente que tanto defende neste texto, acabou por ser posteriormente justamente acusado de desvio de dinheiro pois aprovou diversos emprestimos sem garantias de especie alguma para o tal negocio "honesto" da dita esposa que depois nao pagou como é bom de ver. Se calhar o senhor nao se lembra pois ja foram muitos anos passados mas essa é a verdade e de inocente esse senhor tinha muito pouco. Eu sei porque eu tambem lá estava
ResponderEliminarObrigado pelo esclarecimento que acabou de me prestar. Como tudo que me relata só decorreu após a minha mudança de casa, e de terra, pelo que tudo quanto se passou é de puro desconhecimento de minha memória, ceifada pelo tempo. Pelo menos, não tive razões de queixa, na altura em que tudo se desenrolou, pois sempre fui bem tratado pelo dito Senhor.. Já são decorridos muitos anos...
ResponderEliminarCaro Anonimo: Fiquei muito surpreendido com o que me conta, pois nunca mais tive noticias acerca do que se passou, porque, entretanto, tinha passado a residir noutra Terra. Todavia, maguou-me bastante a sua noticia, pois nunca desconfiei de nada, do que me conta agora. Sempre enalteci o SILENCIO DOS BONS .
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