Dada a reviravolta no que pensava antes, isto é, realizar um LIVRO sobre as historias da minha vida, reiniciei o trabalho utilizando a velha máquina de escrever, para a escrituração não ser mamual. Mas , a coisa correu mal, porque as letras produzidas pela máquina de escrever, são tão reduzidas, que dificultam a leitura do que fora escrito. Portanto, voltei a utilização do teclado do computador como melhor forma de leitura da minha escrita. A máquina de escrever já tem mais de 30 anos !
Portanto, vamos ao processo anterior, isto é, produzir imagens e factos pela via bloguista, e esquecer o projectado LIVRO....
Capitulo I - (nºº 2)
Vou iniciar a utilização deste processo...
Viviamos, ainda em Luanda, quando se passou o seguinte:-
A minha saudosa e querida Mulher, (Alvarina Teresa) que, antes do nosso casamento religioso, fora admitida na Empresa SOREL, representante dos tractores CATERPILLAR, Sociedade Comercial regida, na altura, pelo Exmo. Senhor Sebastião de Carvalho Daun e Lorena - Pombal, fora nomeada como sendo a gestora auxiliar representativa do proprietário da empresa, Senhor Manuel Belford Corrêa da Silva ( familia Paço dÀrcos ).
A actividade laboral, foi sempre muito intensa, nesta Sociedade, pois eu próprio testemunhei, pois fui o primeiro empregado admitido na Sorel, de onde saí, e trabalhei 15 anos, com dignidade exemplar, (documentalmente comprovado) , por ter ingressado, entretanto, na actividade bancária, a convite da Direcção do Banco Totta. em Angola..
A minha saudosa Mulher, contou-me o seguinte, que me emocionou, naquele tempo.
Havia um empregado na Sorel, de cor negra, ( o Domingos) com cêrca de, mais ou menos, 50 anos, que exercia a função de contínuo, que se tornara muito estimado por toda a gente que trabalhavam na mesma empresa. comercial (Sorel).
Certo dia, este Trabalhador ao chegar ao seu emprego, de manhã cedo, adoeceu repentinamente, pelo que tiveram que chamar uma ambulância afim de o transportar ao Hospital, para ali ser socorrido. Minha Mulher, contou-me então que, como gestora responsável, acompanhou o doente até à chegada do Hospital, que era um Estabelecimento Hospitalar, privado, com muito boas condições de atendimentos urgentes.
Após imediatos cuidados dispensado ao Domingos, havia necessidade de o internar, mas, não existiam vagas para o poder receber, pelo que, teve que se sujeitar a manter-se sujeito a condições adversas, e perigosas, para atingir o seu salvamento.
Todavia, nessa privada , e excelente, instalação hospitalar, existia, porém , um especial tipo de enfermagem socorrista, , destinado apenas ao internamento de pessoas que fossem ricas, pois os custos monetários eram extremamente elevados.
Diz minha Mulher, que telefonou a direcção da Sorel, a relatar a grave situação que surgira e que a resposta fora negativa, isentando-se da liquidação de tão elevado custo de internamento.
Perante tão enervante situação de perigo, minha Mulher, dera então ordem para admitirem o internamento do Domingos nesse quarto especial, pois iria contrair um empréstimo bancário com o fim de solucionar tão grave problema. de ordem financeira. E foi assim que o Domingos, mais tarde se salvou de morrer... e... querem saber o que resultou desta acto de fraternidade, praticado pela estimada Mulher que mais amei na vida?
---- quando viemos "enxutados" por um forçado "exílio", mercê da " Exemplar Descolonização", a caminho de Portugal, os amigos ( pretos) que se quiseram despedir da Madrinha Alvarina Teresa), eram todos Afilhados, pois os Pais, à nascença, dos bebés, todos desejavam que a minha Esposa ( Alvarina Teresa) , fosse Madrinha deles,
... Produto da acção de fraternidade exercida, tempos antes , pela a antiga auxiliar-gestora da extinta empresa, angolana, SOREL.
Alvarina Teresa - |
(Virão, mais tarde, outras novidades.)
Tá?
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