Prosseguindo à edificação da "montanha" que sobreviveu à desistência de se editar um Livro, sobre a marcha de vida sofrida por este "Velho do Restelo Grisalho", de 90 anos, e note-se no volume de papéis e fotos recolhidas, comprovativos das "historietas" que se relacionem com a sua auto- biografia...
Com a devida vénia, e respeito, atrevo-me a basear num trecho que sua Excelência o ex-Presidente da Republica, Aníbal Cavaco Silva, inseriu, na sua obra Literária ( Quinta-Feira e Outros Dias) que transcrevo, pacialmente:- O meu acordo, Excelência....
"... Eu, que sempre recusei ser comentador da televisão ou da rádio, que tenho aversão à intriga política e partidária,, tanto ao gosto da comunicação social, e que nunca me dediquei à arte de seduzir jornalistas" ( A parte sublinhada é de autoria de quem emite o pressente blog).
Maquina de escrever, antiga, hoje substituída pelos computadores... | ... |
Caderno volumoso onde estão resguardados documentos históricos e fotos.. |
Estávamos atravessando um período muito "aquecido" pelo detonar das armas militares, precedente da data da Independência de Angola, que estava sendo objecto de confrontos mortais, em que inúmeras vezes as lavadeiras, que trabalhavam no bairro em que eu residia ( Bairro Prenda), passavam por mim e gritavam r " Mata branco... mata branco !..."
O que relato, passou-se já há muitos anos, muito antes da Independência de Angola. Como no meu bairro existiam Escolas da Instrução Primária, frequentadas por muitos alunos, na maioria filhos de Pais Brancos, volta e meia, durante a noite, estas Escolas eram assaltadas por negros ressabiados, por vezes com o apoio de esquisitas armas mortais.
Houve, então necessidade de se organizarem pesquisas nocturnas, chefiadas por competentes militares. a fim de se combaterem as agressões nocturnos que estavam surgindo ao longo do período nocturno.
Como já não havia militares disponíveis para esse exercício de pesquisas nocturnas, e rondas, houve necessidade de se socorrer a militares que tenham passado à situação de reserva.. Fui "requsitado", por isso, , pelo Exercito ainda existente, em Angola ,a colaborar com a minha comparticipação no comando na condução ds jeeps do Exercito, nas rondas de sondagens nocturnas, que se faziam em todo o território. Como fui militar, graduado, acedi comparticipar nessas perigosas buscas, que se faziam durante toda a noite.. naquelas zonas da cidade de Luanda.
Certa noite, em que eu comandava as equipes rotativas, sentado sempre ao lado do condutor da viatura, em alerta constante vigilância, e em que não chegou a haver nessa noite qualquer tipo de tiroteio, ordenei ao motorista que me conduzisse a casa, o que ele cumpriu, despedindo-se de mim, com uma formalizada continência, ao que eu correspondi com outra militarizada. continência..
Mas... o que sucedeu no instante em que nos despedimos, o motorista pegou na metralhadora que conduzia( em Luanda) , ao seu colo, durante toda a viagem, deu conta que a metralhadora estava com o gatilho carregado, por engano, e pronto a fazer fogo, a todo o momento, estando apontada, erradamente, em minha direcção, contrariamente aos regulamentos do Exército!
Foi por um triz que escapei de ser morto, devido a uma regra militar não cumprida... Nunca apontar uma arma ao seu Comandante....
Considerei isto como um Milagre de Nossa Senhora de Fátima,- e em tempo de guerra...
Nessa altura, tinha dois filhotes, que andavam a aprender o ABC, nas Escolas... ( em Luanda) e agora tenho quatro encantadoras Netinhas, ( aqui em Portugal) e, se Deus quiser, dentro em breve,serei promovido a BISAVÔ
Ta?!...
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