até 20 do corrente (Janeiro 1966) tendo exercido as funções de Chefe da Contabilidade e de Chefe de Escritório, sempre a nosso inteiro contento...".
No percurso das minhas actividades laborais, fui convidado a ingressar nos quadros da Empresa NEA -Nova Editorial Angolana, Lda - proprietária do prestigioso jornal " O COMÉRCIO" de onde saí, a meu pedido, e da qual recebi a seguinte Declaração, subscrita em 8 de Julho de 1959... " Declaramos que o Senhor Armando José Carmo Ferreira Baptista, esteve ao serviço desta empresa. como Guarda-Livros durante um ano, lugar que sempre desempenhou com honestidade, competência e zelo profissional"..."
Em 24 de Maio de 1966, da empresa MUNDUS DE ANGOLA ESTRUTURAS TUBULARES. LDA.. recebi a carta da qual transcrevo o seguinte:- " Pela presente, e satisfazendo ao solicitado por V.Exa, informamos de que prestou nesta empresa desde 20 de Janeiro de 1965 a 30 de Abril de 1966, como chefe de contabilidade do n/ grupo de sociedades (Mundus de Angola, Estruturas Tubulares, Lda., Electrotécnicos Reunidos ( Luanda) Lda., Camiões de Angola, Lda.) tendo desempenhado as suas funções com assiduidade, zelo e honestidade profissionais, tendo-lhe sido concedido a demissão dos n/ quadros a pedido pessoal".
Foi após este longo percurso onde trabalhei sempre na edificação económica do País que me viu nascer (Angola), que a convite, ingressei nos quadros do BANCO TOTTA-STANDARD DE ANGOLA, logo de inicio da inauguração e abertura das suas portas ao publico..
Retenho, entre outra documentação, uma Declaração subscrita em Luanda, pela Direcção do Banco, datada de 22 de Agosto de 1973, nos termos seguintes: "Para efeitos de sua inscrição definitiva, como Técnico de Contas, na Direcção Provincial dos Serviços de Finanças. declaramos que o Sr. Armando José Carmo Ferreira Baptista, tem exercido funções de contabilista neste Banco desde
24-8-66 e que no desempenho destas sempre tem demonstrado excelentes qualidades profissionais e de carácter.
Todavia, entre a documentação que me fora, na altura, enviada pelo Ministro do Planeamento e Finanças, na data em que se estabeleciam contactos com Saydi Mingas, representante do Govêrno de Trransição de Angola, e Governo Provisório Português, fora determinado o adiamento "sine die"
da Assembleia Geral do Banco Totta-Standard de Angola.. convocada para hoje, 24 de Março de 1975".
Complicações e mais complicações foram , no entanto surgindo, ao longo da época, tendo finalmente, o Banco Totta-Standard de Angola, deixado de existir, pouco antes da "Exemplar Descolonização "..
Historiando, agora, um pouco sobre os azedumes da vida...
Quis o destino, todavia, que momentos antes da declaração da independência de Angola, que a minha saúde tenha sido gravemente abalada, e, como não havia médicos, no momento, em Angola,
da especialidade, tive que recorrer a especialistas em Lisboa,e, para tanto tive que dar conta ao Banco, cujo resultado vem discriminado em carta que me foi dirigida (assinada pelo meu continuo, de tez negra) nos termos seguintes: "Em resposta a v/carta de 6 do corrente mês, informamos que lhe é autorizada uma licença sem vencimento, par deslocação a Portugal a fim de ser presente a tratamento de oftalmologia. Quanto às despesas em principio, serão da v/conta. Agradecemos contudo, nos indique a data a partir da qual beneficiará dessa licença, bem como do prazo provável de duração da mesma.
Comprei de imediato um bilhete de Passagem aérea, na TAP, de ida e volta, e, por ter tido a facilidade de entrar no avião por intermédio do meu futuro genro, Rui Cunha, evitando as dificuldades que impunham aos passageiros, no aeroporto de embarque, Luanda, instalaram-me, com toda a facilidade, a bordo do avião que me transportou ao aeroporto de Lisboa,
Vim a saber, tempos depois, que o comandante piloto do avião em que eu viajava, recebera uma comunicação (ordem) de Luanda, para que procedesse ao regresso do aparelho a Luanda, antes de aterrarem em Lisboa afim de recolherem um determinado passageiro que ia a bordo. Pelo o que me contaram, mais tarde, o Comandante (piloto) teria respondido da impossibilidade de cumprimento de tal ordem, pois já perto da costa Algarvia, não tinha combustível para tal regresso. Desconfiaram, segundo crêem várias Pessoas, que o sentido de quererem "apanhar" o tal passageiro que viajava a bordo daquela nave aérea,... ERA EU !... (O autor deste blog !...)
Mais tarde, telefonicamente, fui informado, por um Familiar, ainda residente em Luanda, que fizera uma visita à casa onde eu residia, onde permanecia todo o recheio de material domestico, ali deixado, que fora adquirido com esforço do trabalho exercido ... FORA TUDO DESTRUÍDO POR GENTE MALDOSA "....
As circunstancias e o contorno da vida, entretanto, encaminharam-me para um futuro incerto, na data, até porque a 29 de Julho de 1982, vim a receber a seguinte notificação, morando em Lisboa, por parte da Embaixada da Republica Popular de Angola, " Serve a presente para comunicar: a
V.Exa. que a sua oferta de prestação de serviços na Republica Popular de Angola, não foi aceite "
( continua)
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