Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia !

Inicio da Primavera... mas que primavera ! Sucumbi repentinamente a um ataque de ordem doentia, que me  obrigou, a altas horas da noite, a ser transportado a uma Instituição Hospitalar, a fim de ser socorrido, de  molde a "afugentar" o mal-estar de saúde; vi-me, sob os cuidados médicos e de enfermagem, metido entre lençóis, numa cama acolhedora, sob um  isolamento, que os cortinados causavam  uma separação com outras vizinhanças, também acometidas de doenças.

Não querendo, nem por sombras, subestimar o valoroso auxílio que outras Entidades do género prestem aos seus utentes, não deixo de enaltecer o bom acolhimento e dedicação clínica a que fui submetido, por parte da Classe Médica e de Enfermagem, do HOSPITAL PARTICULAR DO ALGARVE, em Gambelas,  que, com os seus tratamentos, me deram de novo o ensejo de poder observar, já no exterior do edifício - e bem disposto - o esplendoroso nascer do dia neste cantinho do Sul de Portugal.

Visões do passado perpassaram na minha mente, durante o período nocturno, enquanto repousava sob os lençóis quentinhos, que me levavam à seguinte mental interrogação:

- Será que vale a pena, entre humanos, que para conseguirem  um afortunado Paraíso no Céu com  recurso a meios  beligerantes e dolorosos que os conduz, quase sempre, ao doloroso inferno ? Quando, por muito que façam, e estropiem, acabam sempre numa cama, hospitalar ou semelhante, e, invariavelmente, tarde ou cedo... num caixão ???... O fim é sempre igual, na verdade, embora subjacente, por vezes, a prévios mantos diáfanos de fantasias...

Tá?!...