Não é surpresa para ninguém, que numa época efervescente, já com alguma distância temporal, no território angolano, especificamente em Luanda, perante os acontecimentos belicistas que, de dia para dia, se ia agravando, quanto ao futuro das nossas riquezas, sediadas em Angola e renascidas à base do esforço e trabalho honesto da população activa, dizia-se "haja o que houver, ficamos. por cima ou por baixo da terra..".
Os ventos tempestuosos da história, não foram, de modo algum, favoráveis a que se tivesse dado "cumprimento" a esta visão que se apregoava, pouco antes da independência, em Angola, como se sabe...
Sobranceiramente a todos os sacrifícios que a Gente Trabalhadora dedicara para o desenvolvimento da grande nação que se erguia em África, a Angola sob a bandeira portuguesa, não sortiram efeitos positivos a favor dos ditos "Retornados"...
No meio da "trovoada tempestuosa", que, entretanto, se agigantou, ainda houve quem se tenha lembrado do autor destas linhas, à distância, o meu director chefe Mr. J.J.H. Vermeulen (Managing Director), na medida em que conhecera e sentira, naqueles momentos aflitivos, os problemas e dificuldades com que, eu próprio me ia confrontando, especialmente em matéria de saúde.

Foi, então, que, surpreendentemente, me veio parar as mãos, uma carta do meu ex-director geral (aqui fotocopiada) que se ausentara de Angola, pelos motivos reconhecidos, a disponibilizar uma eventual possibilidade de colocação no Brasil, para onde se tinha transferido, pelos mesmos motivos que abrangeram os injustiçados Retornados.
Por motivos óbvios, não parti para o Brasil... mas... os meus ossos deverão ficar por baixo da terra, neste encantador e lindo País, PORTUGAL, onde acabei por fixar residência.e ter, há bem pouco tempo, "perdido", infelizmente, para sempre, a que fora a minha melhor Amiga, na vida, A AMADA E QUERIDA ESPOSA, com quem casei, em Luanda (Angola) há sessenta anos!...
Tá?!...
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