Alvor- Penina Hotel |
Foi aqui acordado, a 11 de Novembro de 1974, em reunião, pela primeira vez, discutirem a independência de Angola, cuja bandeira portuguesa foi arriada aquando da retirada das tropas portuguesas - 1974.
Um acordo político que não evitou a guerra em Angola...
Um acordo com 11 capítulos e 60 artigos selou, no Hotel da Penina, no Alvor, o reconhecimento português dos movimentos independentistas angolano - MPLA, FNLA e UNITA - como "únicos e legítimos representantes do povo" da colónia lusa em África.
No ano de 1975, a 11 de Novembro, o então presidente António Agostinho Neto, proclamou, perante a África e o Mundo, a independência nacional do jugo colonial português...
O texto integral do Acordo de Alvor pode ser consultado clicando AQUI.
A minha recente curiosidade em querer visitar este Hotel, advém do seguinte:
Naquela altura, vivia-se em Luanda um certo clima amedrontado, relativamente aos movimentos políticos que se debatiam, tanto em Angola, como em Portugal, em que as negociações entre os Partidos políticos, punham toda a população em constante alerta, prevendo-se grossas "tempestades", como, na realidade acabou por vir a acontecer, como todos sabem..
Não tínhamos ainda televisão, e o recurso para irmos acompanhando os acontecimentos, era ainda a telefonia, em que através dela, íamos sendo informados pela Emissora Nacional, a partir de Lisboa.
Trabalhava, na altura, numa Instituição Bancária, e, munido de um gravador manual, sentando-me com ele à frente da minha secretária, conseguia gravar os noticiários que a Emissora Nacional, a partir de Lisboa, ia transmitindo sobre todos os pormenores que estavam a ser discutidos na reunião em que todos os Representantes dos países interessados se pronunciavam sobre os destinos de cada País envolventes nesta política.
Recordo que ia gravando, em Luanda, as intervenções dos responsáveis, naquela data, como Portugal, MPLA, UNITA, FNLA, e mais alguns outros.
Quis obter, hoje, in loco, mais informações, para alem do que tinha gravado acerca do dito "Acordo de Alvor", a correr naquela data (há longos anos), emitidas pela Emissora Nacional, mas foi-me impedido continuar, dentro das instalações, ir filmando mais do que já tinha filmado a partir do exterior do edifício na via pública.
Lamentavelmente, as gravações que tinha conseguido fazer, em Luanda, sobre os relatos emitidos a partir de Lisboa, pela Emissora Nacional, ficaram perdidas, em Angola, pois vim a ser informado, que tudo quanto lá deixara, na minha residência, e que aguardava o meu regresso, a Luanda, após melhoria de saúde, fora completamente DESTRUÍDO. Nunca vim a saber por quem !....
Tá?!...
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