Dentro de algum tempo, se Deus quiser, farei noventa anos de uma vida repleta de situações variadas, algumas bem amargas, mas, outras, na maioria, felizmente, bem "adoçadas"!...
Quero com isto pretender manifestar um certo orgulho em ter uma figura no nosso Governo , uma individualidade que nasceu na mesma cidade em que eu também nasci ... Luanda (Angola)!.
Francisca Van Dunem
Francisca Van Dunem, é actualmente a primeira mulher negra a ser ministra do governo português.
Relata-se na Internet que.. " a nova Ministra da Justiça não teve problemas em abordar de forma frontal a questão racial em Portugal. Considerou que o tema em Portugal é visto como um tabu, sobretudo no discurso político e evidenciou que "essa espécie de contra preconceito", de pensar que os problemas do racismo e da discriminação não se põem entre os portugueses, é paralisante e leva a que haja pouco ou quase ne4nhum progresso visível nesse campo."
Temos, efectivamente, um exemplo que acaba de ser formalizado, nesta cidade de Olhão, onde residuo, e que vem publicado no jornal "Brisas do Sul", de Julho 2016, aqui reproduzido em tipo de fotomontagem:
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Jornal "Brisas do Sul " |
Jornal " O Olhanense" nº 1141 |
Bem, com esta "ingénua filosofia" , e, como Angolano de Portugal , que chegou a casar-se com uma cidadã natural da cidade do Porto, cujo feliz enlace matrimonial, realizado em Luanda, foi ceifado, recentemente, após decorridos sessenta anos de um bom convívio fraternal e que mantinha, igualmente, a mesma ideia de respeitar sempre, quem quer que fosse, independentemente da sua coloração de pele; era uma Santa que previlegiava os que a Ela se dirigiam solicitando um auxilio, para conseguirem ainda sobreviverem.
Dentro deste principio de solidariedade humana, esta minha saudosa e querida Mulher,- Alvarina Teresa- praticou, certo dia, em Luanda, um acto de Justiça, ( tal Francisca Van Dunem ) que livrou que um seu companheiro de trabalho, que era um idoso preto, quase à hora da morte, conseguiu sobreviver, em resultado de se ter comprometido a suportar os custos elevados de internamento hospitalar, num Hospital, em Luanda, em que já na havia camas na enfermaria e que só havia disponibilidade de internamento em Quarto de Primeira Classe ( extremamente luxuosos) em que só os "endinheirados"" ( que não era o nosso caso) aguentariam´...
Em resumo: o grande problema seria, então, como dar solução à questão de como " arranjar " os Escudos suficientes para satisfazer a elevada dívida proveniente da atitude assumida pela salvadora da vida do Domingos ? O julgamento foi decidido e resolvido pela forma a que estavam habituados a viver os chamados "Retornados", que trabalhavam honestamente em Luanda, antes da " exemplar descolonização"...
... A SOLIDARIEDADE HUMANA, QUE ERA EXISTENTE NA ALTURA, ENTRE AS FAMÍLIAS, RESIDENTES EM LUANDA, APÓS UM JULGAMENTO COLECTIVO, REUNIU OS ESCUDOS NECESSÁRIOS PARA A LIQUIDAÇÃO TOTAL DA DÍVIDA CONTRAÍDA NO CENTRO HOSPITALAR, ONDE FORA INTERNADO, e salvo, O VELHO CONTINUO NEGRO...EM QUARTO DE LUXO ... O DOMINGOS.
Éramos , em geral, como se fossemos Todos, independente da raça, irmãos uns dos outros...
Tá?!..
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