Vem isto a propósito, de novo, sobre uma publicação inserida na Net, e que, com a devida vénia e respeito, repito-a, parcialmente., como segue:
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Retenho ainda na minha memória, certos momentos vividos no tempo em que, na idade em que frequentava uma Escola do Ensino Primário Elementar, portanto à roda dos nove/ dez anos de idade, situada em Carnide, periférico ao Largo da Luz, onde existe o colégio Militar, em que eu era "xanfrinhado" pelos meus ilustres Colegas e Camaradas, tambem muito novitos, que, pelo facto de eu ter nascido na Colónia de Angola, por ser território africano, atribuiam-me, na brincadeira, o titulo de ...
"CHINA MACAU "
acompanhado com gestos um tantos ofensivos , com os dedos da palma da mão escorrendo sobre o nariz.... Apesar disso, a nossa amizade infantil, não era mitigada.
No entanto, vivia-se um clima bastante "adocicado", que permaneceu ao longos dos muitos anos seguintes, em que, a distinção quanto à coloração da pele, em parte, apenas existia quanto a formação das colunas militares, no Exercito. Nos locais de trabalho, em todo o território, não havia, geralmente, diferenças de tratamento entre Colegas de Trabalho , em que a boa harmonia e confraternização era comum, tanto fossem Brancos, Mestiços, Pretos ou de outras origens. Havia solidariedade universal, até a altura em que se deu a Guerra Civil, em Angola. de conhecimento universal.
Houve até curiosos casos, de índole legislativa, naquela ocasião, entre os quais, permito-me vir relatar uma situação em que a minha saudosa Esposa, Alvarina Teresa, foi interlocutora, e progenitora, que passo a relatar:
Certo dia, o saudoso continuo, já de idade avançada e muito gentil, o Domingos, que era preto e que trabalhava na mesma Empresa, na qual , a minha Mulher, fora nomeada Secretária Geral, em Luanda, foi subitamente acometido de doença grave, pelo que foi transportado, rapidamente, para a Casa de Saúde ( tipo Hospital) existente na cidade- Luanda.
Surgiu, no entanto, um impasse, enquanto o doente era atendido, pois não existiam camas vagas na enfermaria par acolher o Domingos, que já quase parecia perder a vida.
Perante tão insólita e complicada situação quanto â não penitencia para acamar o doente Domingos, minha saudosa Esposa, ao telefone, comunicara a Gerência da Empresa, que face a situação de risco criada, só havia uma solução, que era o internamento do Domingos em Quartos de Primeira Classe, luxuosos, mas que o seu custo era muito elevado...( não me lembro qual era) e que ia além dos milhares de Escudos. A resposta obtida por parte da Gerencia foi que não lhes era possível suportar tanta despesa, pois tal importância, tão elevada, iria muito para além do previsto orçamentalmente...
Decisão imediata da minha saudosa Mulher ( que Deus a tenha em Paz e Descanso...) após a resposta telefónica da Gerência:...
"Precedam ao imediato internamento do doente Domingos, pois responsabilizo-me pelos custos que tal medida venha a causar.. pois, recorrerei à habitual solidariedade de índole Familiar.
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Escritório em Luanda. |
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No escritório em Luanda. |
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Alvarina Teresa. |
Tá´?!....
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