- O Chefe de Estado, António de Oliveira Salazar, era a personificação do próprio Estado, num regime em que o culto da personalidade assumia central destaque. Salazar, personificando o regime, assumia as suas responsabilidades para o bem e para o mal.
- O défice do Estado pura e simplesmente não existia, sem que fosse necessário qualquer truque de engenharia económica e financeira. Efectivamente, o Estado, ao contrário do que hoje sucede, apresentava lucro e um crescimento sustentado da riqueza que, a continuar até aos dias de hoje, nos colocaria numa situação bem diferente.
- Não havia incêndios florestais e a corrupção era algo impensável e combatida com mão de ferro por Salazar.
- Existia a censura, a PIDE controlava os movimentos de todos e havia leis absurdas como licença de porte e uso de isqueiro em espaço aberto. Em resumo, nõ havia liberdade ou esta era muito limitada.
Gráfico retirado do Jornal Observador |
Depois do 25 de Abril:
- Os Chefes do Estado e de Governo sucedem-se, procurando capitalizar em seu benefício e do seu Partido a passagem mais ou menos efémera pela cadeira do poder, deixando frequentemente para segundo plano os interesses públicos.
- O défice e a dívida pública não param de aumentar, apesar das tentativas para camuflar o facto. O crescimento da riqueza nacional praticamente estagnou.
- A corrupção, incêndios florestais e criminalidade em geral aumentaram brutalmente. Vários políticos, acusados de crime e até presos, acabam libertados sem que nada aconteça. É quase um Estado de impunidade total !
- Não existe censura, polícia política e a liberdade é um facto. Mas de que serve essa liberdade se o seu exercício conduz frequentemente ao vazio em que a sensação é de que falamos, debatemos mas nada fazemos porque ninguém nos ouve...
Tá?!...
Foram os efeitos da Abrilada!...
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=KhBAT6_ex3E