Ocorre-me, que em escritos anteriores, inseri um texto em que me referia ter havido desigualdades de tratamento, em certas situações, na Banca, resultantes do agitado período de descolonização, que se desenrolou nos dias precedentes das cerimónias de transição.
Vem à memória, por exemplo, e sem pretensões desvaliar, quem quer que seja, assumi a responsabilidade de, em determinada Entidade Bancária, sediada em Luanda (Angola) de directa e hierarquicamente subscrever, responsavelmente, toda a documentação (balanços, etc.) que, em matéria contabilística e de elementos de ordem fiscal, teriam que ser, atempadamente, submetidos aos competentes Organismos Oficiais do Estado.
Deu-se a "derrocada", por todos conhecida, que causou a extinção do Banco e "fuga" dos ex-colaboradores Bancários (e não só...).
Final da historia: O autor destas linhas, que em Angola, substituía directamente o seu Director-Financeiro, assinando os Balanços, etc, vê-se hoje com uma reforma bancária, com direito a uma pensão mínima no sector, de acordo com o estabelecido estatutariamente, devido simplesmente a ter sido admitido no Banco, em Angola. Já tal não sucedera com o ilustre Companheiro de Trabalho, Director-Financeiro (a quem dirijo as melhores felicitações), que pelo facto de ter vindo de Portugal (Lisboa) e que, assim como o autor destas linhas, fez parte da equipe Fundadora do Banco, regressou , simplesmente e sem impedimentos, ao seu anterior e antigo local de trabalho, em Portugal, vindo ocupar um cargo de chefia. Já quem vos escreve sentiu-se, direi, marginalizado pois andou de cavalo para burro, tendo ingressado, em Portugal, no sector bancário na qualidade de... aprendiz!!!!
Eis, portanto as tais "desigualdades " de tratamentos ocorridos já a dezenas e dezenas de anos de distância!!!...
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