Há cerca de 24 horas a TVI, bem como outros canais noticiosos, veicularam palavras do nosso muito amado Primeiro Ministro, Pedro Passos Coelho, em que este afirmava não pretender aumentar impostos. Quem sabe ainda sob o efeito benéfico das férias de verão, o nosso Primeiro soou magnânimo, procurando descansar os Portugueses já tão causticados por uma carga fiscal das mais elevadas da Europa. Ouvi algures na TV que, caso se venha a confirmar este aumento, de 23% para 24%, o IVA em Portugal ficará mais de 4% acima da média da União Europeia.
Dizem que o possível aumento do IVA será para compensar os chumbos do Tribunal Constitucional e a quebra de receita fiscal que daí resultou. Tenho uma sugestão: Em vez de aumentarem impostos, porque não cortam nas muitas mordomias de que os nossos políticos ainda usufruem ? Ainda, aproveitando escândalos financeiros recentes, porque não uma Lei que possa punir exemplarmente os responsáveis, nomeadamente através da apreensão de bens e riquezas, afinal ilegalmente acumulados ?
Entretanto o jornal Económico notíciou há apenas dez horas, do momento em que vos escrevo, que o PSD, que é como quem diz o Governo, quer, mesmo, aumentar o IVA. Ao que parece o CDS não está muito virado para tais aumentos. Tal desacordo parece fazer antever conflitos na coligação que sustenta o Governo. Iremos ainda ver Coelho e Portas à pancada ?
Os portugueses, esses, parecem manter a habitual calma, quiçá mais preocupados com o murro que o Ronaldo deu no jogador do Atlético de Madrid, com a expulsão do Jesus do banco do Benfica, com penalty que o Nani falhou ou ainda com a crise existencial do portista Ricardo Quaresma. Ou então é o hábito enraizado de ver sempre os Governos, independentemente da cor, deixarem rebentar a corda sempre do lado dos mais fracos...
O Verão está a chegar ao fim. Vamos esperar que o Sol não tenha dado cabo da moleirinha daqueles que nos governam e que o Outono traga a tranquilidade necessária para que possam, a quem de direito e dever, tomar as decisões mais adequadas que podem bem ser as mais difíceis por implicarem maiores sacrifícios aos governantes e não aos governados...
Tá?!...
PS - Este texto foi elaborado com a preciosa colaboração de um Especialista Financeiro e Económico, cuja identidade foi solicitado que não revelasse. Chamemos-lhe apenas Doutor X...
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