Se fossemos como a formiguinha muitas das nossas dificuldades como pessoas individuais e como povo seriam fácil e rapidamente ultrapassadas. Quando colocada perante um obstáculo, a formiga, individuo, convoca os outros elementos do grupo e de forma organizada e produtiva combinam esforços com vista à superação da dificuldade encontrada. Sem emitirem uma única palavra, mas comunicando, ainda assim, através de sinais químicos, são capazes de se comportarem como um único organismo, trabalhando, então, para o bem comum. A formiga é o melhor exemplo de comportamento cooperativo. O Homem, como ser racional e inteligente ( pelo menos é o que se diz por aí, embora existam provas abundantes do contrário), deveria ser capaz de seguir semelhante exemplo.
Mas não. Mostrando uma irracionalidade incontestável, o Homem insiste no caminho do individualismo ganancioso, do egoísmo autodestrutivo que seguramente levará ao abismo e à destruição. Não é pessimismo. Vejam como tratamos a nossa "casa", poluindo e esgotando os recursos finitos, apesar de conscientes das consequências graves para as gerações seguintes. Nestes últimos dias os presidentes e primeiros ministros das nações mais poderosas estiveram reunidos em Paris para discutirem o futuro do planeta mas, desconfio, tudo não passará de um manifesto de intenções, para aliviar consciências, pois, como sempre, o cifrão fala mais alto.
Em Portugal, Passos Coelho fez uma birra no parlamento, dizendo "que, quando precisar dos votos do PSD, o PS deve aceitar novas eleições: "No dia em que o nosso apoio possa ser decisivo para alcançar algum resultado essencial que a maioria que suporta o Governo não for capaz de garantir, apenas esperamos que tenham a dignidade de disso retirarem a consequência natural e devolverem a palavra ao povo".
Enfim, cada um por si. Quando vamos entender que é a pequena formiga que tem razão ? Quando vamos, finalmente, trabalhar para o bem comum, esquecendo definitivamente o interesse individual, cuja defesa cega invariavelmente conduz ao abismo ? Esperemos que em breve, porque senão pode ser tarde demais...
Tá?!...
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