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O Livro. |
Frisei que ficara emocionado, pois, mesmo à porta dos noventa anos de idade, e atendendo que passei uma vida laboral/ profissional, na actividade administrativa em Empresas de grande vulto em Angola, e por ultimo, já bem perto da Independência da terra onde nasci (Angola-Luanda), exercia a função de Chefia Contabilística e colaborador na Direcção do ex-BANCO TOTTA-STANDARD DE ANGOLA, sempre com êxito, e competência profissional, comprovadamente demonstrado através de documentação, que mantenho guardada.
Acabei de adquirir o Livro acima mencionado, li já certas paginas que já me impressionaram, e conto poder ir até ao fim, da sua leitura. Logo que as minhas faculdades, no aspecto de saúde, o permitam,
Contudo, mesmo do pouco que já tive a oportunidade de ler, estou a crer que esta valiosa obra literária, vem demonstrar que, nos tempos modernos, a actividade bancária, sofreu grandes modificações que alteraram o modo de se conseguir tudo aquilo que, ao fim e ao cabo, todos Nós desejamos e pelo qual arregaçamos as mangas para atingirmos uma boa VIVÊNCIA na base de recolha dos lucros provenientes dos lícitos negócios baseados na permuta entre as Notas Bancarias , neste nosso caso... - OS EUROS !...
Contudo, existe um historial, de outros tempos, que se podem equiparar a certas circunstâncias, embora imprevistas, como estas que vos relato:
Outros tempos outras terras, outros Bancos. Em 1966 surgia em Angola o BANCO TOTTA-STANDARD DE ANGOLA. Rapidamente passou de um lucro líquido de apenas 40 contos, em 1966 para um lucro de 29 mil contos, o lucro registado e avalizado, graças a uma estrutura de 54 balcões e cerca de 810 colaboradores. De notar que, ao contrário dos dias que correm o lucro registado e avalizado por mim, como chefe da contabilidade do Banco era real, não o resultado de manobras financeiras como é uso nos dias que correm
Já agora, um pouco de história - que para muitos poderá vir a surpreender.
O Banco Totta-Standard de Angola, nasceu no dia 26/8/66, e teve menos de dez anos de vida plena, pois durante o ano de 1975, na sequência do descalabro da economia angolana que continuamente se agravava, acabou intervencionado pelo Governo de Transição em 14/8/1975 e não recuperou mais, continuando a definhar, até entrar em "coma induzido", confinado a uma sala no Banco de Angola, onde se julga ter morrido, em data não divulgada.
Depois a forma abrupta, e anormalmente rápida, como tudo ruiu, deixou em nós (Angolanos de Portugal) um sentimento de falta, difícil de ultrapassar, uma espécie de luto inacabado, como acontece quando não se encontra o corpo do defunto, e que leva contra todas as expectativas a não dar o assunto por encerrado....
O testemunho, do que se relata, e embora em parte silenciado, ainda hoje existe quem o tenha protagonizado, e compartilhado..
Mas, como frisei no início deste blog, ainda vamos a tempo de arregaçarmos as mangas e, em conjunto, trabalharmos, Todos, para levantarmos de novo o Esplendor de PORTUGAL
Sou um Português de Angola, residente em Portugal, a quem foi concedida uma única pensão de reforma, no sector bancário, equivalente ao salário mínimo que é atribuído a um Aprendiz da Banca, mesmo aos 88 anos de idade....
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Os balancetes anuais e a documentação oficial, entregues ao Estado de Angola. eram assinados por mim., |
Os objectivos foram ano após ano superados, e tendo o Banco fechado 1966, com depósitos no valor de 220 mil contos e lucro líquido de 40 contos sete anos depois, em 1973, último ano de que havia elementos, fechou com um valor de depósitos quase 20 vezes superior ( 4,1 milhões de contos) um lucro líquido quase 720 vezes superior ( 29 mil contos) 810 Colaboradores e 54 balcões.
Dados que contudo, são certos, mas que por razões dactilografadas, poderão surgir por razões
de deficiência dactilográfica, pois, no momento em que escrevo, a papelada já tem muito, mas mesmo muito, bolor.
Bem, todos Nós ja reconhecemos que a " exemplar descolonização", não foi assim tão exemplar, como os Dirigentes que a compartilharam , continuam a afirmar...
O que foi feito dos elevados montantes que eram depositados, em contas de "Depósitos à Ordem" sustentadas pelos honestos e dignos Trabalhadores, que, na data, normalmente, após o recebimento dos seus ordenados mensais, depositavam alguns valores que, mais tarde , serviriam para socorrismos de aflições inesperadas ? E não só, pois muita coisa por lá ficou, em África, que nos pertencia, legalmente, e que sofreu total sumiço ?...
São verdades ditas, mas que ainda incomodam certos "felizardos"., após já meio século decorrido...
Tá?
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