Excelentíssimo Senhor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa.
Não é a primeira vez que lhe dirijo uma carta aberta, por esta via, mas sim, uma segunda, sobre a qual aguardo uma resposta como a que igualmente teve gentileza de me dirigir, relativamente à primeira. Neste momento, sozinho em casa, estou aguardando o resultado do encontro de futebol, para daqui a umas horas tomar conhecimento se foi Portugal o vencedor do encontro com a equipa da Hungria, como, aliás, seria o meu desejo, como Português de Angola, que sou, e que vai a caminho dos noventa anos de idade, com desempenho de uma vida laboral exemplar, documentalmente comprovado.
Dirijo-lhe este "bloguismo" por razões que advêm de certas conversas que cheguei a ter, há longos anos atrás, com um irmão meu, também nascido em Angola, e que agora repousa eternamente no campo etéreo em Luanda. Este meu saudoso e estimado irmão, foi muitos anos funcionário da Marconi, em Angola, onde exerceu funções em que lhe era exigido o cumprimento do Segredo Profissional.
Contudo, durante umas férias em que se deslocou a Portugal, tínhamos muitas conversas, e, recordo-me que num certo dia, mas já há longos anos atrás, saiu-se com esta... a propósito das Presidenciais, que nem sequer estavam na altura em discussão,
Conheço o feitio de muita Gente em que perpassavam os seus nomes, pelas vias de comunicação ultramarinas, e de uma Pessoa que sempre supus ser capaz de levantar de novo o esplendor de Portugal, e que poderia muito bem vir a ser Presidente da República Portuguesa, chama-se
Marcelo Rebelo de Sousa... e parece que já previa e adivinhava o que veio mais tarde, na realidade a suceder..
Senhor Presidente: Desculpar-me-á de vir agora com teorias que a minha experiência de vida laboral e administrativa me "acoitam", mas não resisto à tentação de lhe querer demonstrar, em minha opinião, que existem três factores, aos quais a imprensa pouco liga:
1 - EXPLORAÇÃO PETROLÍFERA
2 - CONSTRUÇÃO CIVIL.
3 - QUE NOS HOSPITAIS , OS "SÉNIORS" NÃO SEJAM MANTIDOS COMO "LIXO..."
Quanto à primeira, recordo que, vivendo na data em Angola, assisti aos primeiros repuxos de petróleo, que emergiram do solo, junto à Foz do Rio Cuanza, cuja valorização do País, Angola, a partir daí, cresceu e evoluiu com dimensões e riquezas universais. Aqui em Portugal, porém a coisa parece evoluir ao contrário....
Quanto ao segundo caso, é uma tristeza observarmos que por todo o País, subsistem valiosas obras iniciadas mas que estão há anos paralisadas. Que se passa ?
Procurou-se alojamento para aqueles que quase dão a entender que são os SEM ABRIGO, não havendo hipóteses de os albergar, a preços acessíveis, dada a ausência de obras que poderiam satisfazer e colmatar estas necessidades humanas...
Quanto ao terceiro ponto, ai meu Deus, tantos queixumes que se ouvem, por parte de doentes já muito idosos, e quase que à beira da morte, se sentem abandonados. Que se estabeleçam condições humanas para situações desta natureza.
Os meus respeitosos cumprimentos.
Armando J.C.F. Baptista. - Olhão.
(Bancário Reformado,com a pensão mínima no sector, a caminho dos 90 anos de idade.)
Viva Portugal !
(E.T. Portugal venceu por 3 /0 - (Milagre de Fátima)). 21.37 - 25/03/2017..).
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