Vivíamos na altura, na baixa de Luanda, perto do estabelecimento comercial Robert Hudson, que negociava automóveis, e, nesse dia, 25 de Agosto de 1933 (tinha eu 5 anos) minha saudosa Mãe, Maria Helena, ainda jovem, casada com o meu falecido Pai, (Domingos José) e já com dois filhos (eu, o Armando e o meu irmão José Duarte, 2 anos de idade), jazia no seu "caixão", por ter falecido, vítima de uma tuberculose, e aguardado que a transportassem para o Cemitério, que se partira, a imagem de Nossa Senhora de Fátima, que estava junta à Sua cabeceira, e tombou e desfez-se em mil pedacitos, que se espalharam pelo chão fora.
Eu acompanhei o enterro, mas, voltando atrás, recolhi todos os pedaços que continuavam espalhados pelo caminho fora,, e aqui começa a história.
Como não havia maquinas para fotografar, sem fotografia alguma, meti todos os imensos pedaços resultantes de trágica queda,e recolhi-os, conforme me fora possível, e meti-nos num saco, que alguém me dera, pois aqui se inicia o encanto de tudo isto.
Atenção! Estas são fotografias que tirei agora para se ter uma ideia da destruição de que fora vitima, a imagem de Nossa Senhora e que curiosamente é a que acaba de ser, há dias, reconstruída por pessoa habilitada. Não se faça confusão, nem se complique com o original dos factos ocorridos
Apenas como simples semelhança da destruição o original. Esta não é a verdadeira imagem aqui contada. Só para se ter uma ideia | . |
Ora, os tempos foram passando, e, agora com os meus 90 anos de idade, já com a categoria de BISAVÔ, e condicionado a uma mísera pensão de reforma, mínima dentro do sector bancário, apesar dos louvores, documentalmente comprovados, de exemplares condutas como profissional contabilista e bancário, cá vou andando, até que Deus me chame, também, para a sua Divinal Companhia.
Todavia, há aqui um "ligeiro pormenor" que muitas vezes não chega a ser credível, para com determinadas pessoas, mas que muitas também chegam a acreditar.
Quando foi o facto ocorrido há cerca de 89 anos, quanto as pedaços espalhados pelo chão, mercê da destruição da estatueta de Nossa Senhora de Fátima, que acompanhava a sepultura da minha Mãe, eu fui-me abaixando e, com os meus dedos fui apanhando e recolhendo todos os pedacitos e mantive-os sempre guardados, ao longo da minha existência....
Certo dia, já em Olhão, em conversa com uma proprietária de um estabelecimento de compunha molduras, mostrei-lhe o saco que continha os restos da dita estatueta que fora destruída, respondeu-me que lhe levasse o dito saco, e que, semana depois visse o resultado...
Deparei com um milagre... |
Com tanto jeito lá conseguiu reconstruir o verdadeiro original da Estatueta que esteve destruída e ninguém acredita que se tenha feito um milagre pelo que lhe solicitei o favor de passar uma declaração por escrito, comprovativa desta aventura.
Surgiu, então, remodelada o verdadeiro original da Estatueta que esteve num saco 89 anos.
Um tesouro....
O novo pedestal, construído há meses... |
Novo Tesouro. Esta é célebre estatueta, destruída no infeliz acidente, cujos pedaços distribuídos pelo chão tinham sido entretanto apanhados por mim, tinha eu 5 anos, e guardei-os ao longo da toda a minha vida, e que foram agora "reconstituídos", tendo ficado como novos, pois surgiram do próprio original que tinha sido quebrado. Não me perguntem como guardei durante tanto tempo as peças e os pequenos pedaços que tinham sido por mim apanhados e guardadas provenientes da original estatueta (agora reconstruídas) durante tantos anos...
Sempre fui um crente na Virgem Santíssima, produto dos ensinamentos religiosos, provenientes das lições vindas dos meus saudosos Avós.
Nossa Senhora, proteja-nos do mal !...
Tá?!... Tá?!...
Tá?!...
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