A 12 de Dezembro de 1953, celebramos o nosso enlace matrimonial. em Luanda (Angola), na Igreja de Nossa Senhora do Carmo cujo feliz convivio foi mais tarde ceifado a 12 de Novembro de 2010. repousando, actualmente, no Cemitério da cidade de Olhão., no sul do Algarve, em Portugal.
Na imagem acima, devidamente actualizada neste último dez de Junho, são visíveis três bonitos ramos de flores, sendo que apenas o do meio é de minha autoria. Após averiguação descobri que um deles havia sido depositado por uma das netas, mas um outro permanece de origem desconhecida. Certamente alguma pessoa amiga por lá passou para prestar homenagem. Mas é bom imaginar se não teria sido algum anjo a visitar outro... A verdade é que, como alguém disse, nós estamos vivos enquanto não morrer a última pessoa que nos recorde. E este anjo está bem vivo na memória minha e de muitos...
Continuando a história, viemos cair (de para-quedas) ambos, mercê de fanáticos produtos que resultaram dos acordos que levaram Angola à... "Exemplar Descolonização"....
Pois, na manhã do dia 12 de Novembro de 2010, vivendo já há anos na cidade de Olhão, pelas oito horas da manhã, como habitualmente, a minha muito querida Esposa, que, como dissera, tinha sido conduzida pelas mãos da Srª. que lhe prestava assistência em relação a medicação que fora indicada pelos Médicos, devido as situações doentias, sentou-a na cadeira abaixo fotografada, onde seguidamente repousava até aos limites de resistência física, que, mais tarde a regressaria a cama onde permaneceria pelo resto do dia.
Eu, amorosamente, sentava-me a seu lado, onde começaria a conversar sobre os factos do dia-a-dia, e atento sempre aos efeitos do seu débil estado doentio. Sucedeu, porém, que a determinada altura, comecei a notar, que a sua respiração tinha qualquer coisa de anormal. Chamei, de imediato, a Senhora que lhe prestava assistência, Dona Sesaltina (era como se chama a Senhora que lhe prestava assistência, e disse- lhe: "Dona Sesaltina, veja o que se está a passar com a minha Mulher, pois noto nela qualquer coisa de muito estranho na sua habitual respiração".
De seguida, encostou o seu ouvido ao peito da minha querida Alvarina, e começou a chorar. O que aconteceu então, foi o seguinte: Surpreendido com a sua estranha atitude, , abracei-me, com certo custo, ao ombro da minha saudosa Companheira , Mãe dos nossos Filhos e Avó das nossas Netas, e... estupefacto notei que o seus olhos já não tinham a mínima expectativa normalmente decorrente qualquer visão natural, pois o fundo dos seus olhos tornara-se profundamente branco. ACABARA DE MORRER, SURPREENDENTEMENTE, NAQUELE PRECISO INSTANTE !....
Confirmada pelas Autoridades Oficiais, chamadas urgentemente, perante estes factos, à nossa casa, procedeu-se em conformidade com o estabelecido pelas Leis Católicas, e Oficiais da Lei Portuguesa, procedeu-se ao enterro da que Mais Amei na Vida, após um feliz casamento que durou mais de meia centena de anos.
O belo sorriso terminou aqui...
Haja Paz, Sossego e Tranquilidade....
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