Desde muito novo, sempre fui um apaixonado pela fotografia e, desde que foram lançadas no mercado, as máquinas de filmar, então recrudesceu o ânimo de filmar "tudo e todos"...
De inicio, as cassetes com as bobines dos filmes, eram enviada para França, a fim dos mesmos serem revelados, que eram depois devolvidas, por via postal. Às vezes, chegavam a demorar perto de um mês.
Como, na altura, vivia em Luanda (Angola), sujeitava-me a esta demora, pois, os assuntos e os cenários filmados, não raras vezes, chegavam a ser aguardados pela própria imprensa, para publicação, atendendo a oportunidades e importância do que fora, na ocasião, filmado.
Nunca fui repórter nem jornalista (aliás, profissões que muito respeito e admiro), mas sim um modesto amador de cinema, e, como tal, adquiri, num distante passado, um simples projector de filmes de 8 mm, que ainda funciona, mas, dada a sua antiguidade, e velhice, já não existem lâmpadas apropriadas, pelo que, o recurso, para a sua utilização, foi uma adaptação electrificada. Razão da diminuição de qualidade de nitidez, no écran, mas sempre se vai vendo alguma coisa.
O amontoado de bobines com filmagens, que a fotografia mostra, é guardado com algumas cautelas, pois há séries com alguma especificidade, como por exemplo, a construção das Torres Gémeas, em Nova York (agora inexistentes), extraordinárias paisagens antigas, obtidas em Angola (terra onde nasci), Moçambique, antiga Rodésia, África do Sul, Brasil (Rio de Janeiro e S. Paulo), Estados Unidos da América, Inglaterra, França, Espanha, Suíça, Madeira, Açores, Cabo Verde, S.Tomé e Príncipe, e... neste encantador Portugal (Porto, Lisboa, Coimbra, Guarda, Guimarães, Valongo, e, então na zona Algarvia, e Alentejana) com as suas praias (e não só)... figueiras, com os apetecíveis figos... é um autêntico encanto ! Um adorável Paraíso !...
Foi uma realidade inesquecível...e agora...todos me aconselham: "Paciência... A Vida é Assim". Uma cova à nossa espera ...
Tá!...
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