É fácil forjar identidades falsas num meio como o que é disponibilizado na Internet. Bastam meia dúzia de fotografias, algumas mensagens engraçadas e está lançado o isco. Se a isto juntarmos o desconhecimento e a incúria dos Pais, temos um potencial de perigo de elevado grau. É fácil enganar um ou uma adolescente que na sua ingenuidade acredita na realidade do irreal.
Imagens encontradas no perfil do facebook de uma criança |
Penso que as gerações actuais, crianças com menos de quinze anos, não se apercebem da verdadeira riqueza do que têm entre mãos. Quando eu tinha a idade deles e estava igualmente na escola, se precisasse de executar algum trabalho ou alguma pesquisa, tal era coisa para levar pelo menos um dia inteiro: era ir à biblioteca, procurar o livro ou livros adequados, esperar que eles estivessem disponíveis, procurar a informação pretendida, seleccionar o mais importante e, finalmente, transcrever, manualmente, essa mesma informação. Hoje tal parece ridículo e algo verdadeiramente impensável. Para pesquisar sobre um dado tópico basta ligar um computador, aceder à Internet (disponível em todo o lado) e inserir no Google duas ou três palavras chave que proporcionam acesso imediato a milhões de fontes de informação, tudo à velocidade da luz. Nascidos nesta era digital, rodeados de tecnologia, os jovens parecem não perceber a poderosa ferramenta que lhes coloca o saber na ponta dos dedos. Essa inconsciência resvala facilmente para o desleixo que resultam numa insegurança frequentemente negada por Pais e Educadores, apenas porque é mais fácil ter as criancinhas entretidas à frente de um monitor, sem chatearem muito. E depois, lá acontecem desgraças.
A Internet é um mundo. Como tal, cheio de perigos. Estejam atentos, não deixem os vossos filhos abandonados neste mundo virtual, tal como não os abandonariam neste mundo real.
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