A pasta que produziu som de uma bomba , quando atirada ao chão... |
Após uma triunfal batalha pela sobrevivência de vida, que já ia mediando acima da meia centena de anos, consecutivamente trabalhados, honradamente, na terra onde nasci, e, como consequência da "exemplar descolonização", forçosamente exilado, não por motivos politico/partidários, mas motivados por razões de agravamento, momentâneo, do meu estado de saúde, acabei por vir a ser conduzido, repentinamente, por via aérea, com destino a capital do País, Lisboa, para hospitalização, de onde não tornei a regressar à minha terra Natal, Angola, por razões que nem vale a pena estar aqui agora a mencionar, mas ressalvo que não foi por ausência de patriotismo à bandeira â qual jurei sempre ter o maior respeito e fidelidade a... Portuguesa !...
Em Portugal, após melhoramento do estado de saúde, e mercê de despachos ministeriais, na altura, acabei por ser integrado num quadro de pessoal numa agenciar bancária, na área de Lisboa, ( onde cheguei a exercer, exemplarmente, (aliás como sempre...) funções na actividade bancária, e, posteriormente reconduzido para uma Agência bancária, sediada na área da grande cidade do Porto.
E aqui começou, então, a seguinte história....
A gerência do Banco para onde fora transferido, era exercida, no momento da minha admissão, por um Colega, natural do Porto, com quem me dei muito bem, mas, segundo me ia apercebendo, estava sendo acusado, injustamente, como mais tarde se comprovou, de ter exercido qualquer actividade contrária ao que o "Sigilo Profissional" o obrigava. Por razões fora do meu alcance, fui surpreendido com uma rápida substituição, por determinação superior Administrativa , do cargo da gerência do referido local, substituindo o actual gerente por um outro Bancário, que ocupou de imediato o exercício de nova gerência, e que se intitulara, vaidosamente, ter sido um grande gestor administrativo, em Angola.
Ora, em Angola, dias antes da Independência, eu ainda estava exercendo funções contabilísticas e directivas no (ex-)Banco Totta-Standard de Angola, e, recebia, confidencialmente, correspondência oficial de outros Bancos, em que, por intermédio dessa particularidade, ia tomando conhecimento do Pessoal Gestor que administrava, superiormente, a actividade bancária. no País. Sucedeu que, certa manhã, ao abrir as portas ao Publico, tinha acabado de chegar o novo gerente (cujo nome omito) que, em vozes de comando, anunciara que agora todo o pessoal tinha que obedecer ás suas ordens, pois, como chefe, e grande gestor que fora em Angola, no Banco " X" (omito o nome, por respeito) todos tinham que começar a cumprir com a suas superiores ordens, pois exercera o cargo superior no tal dito Banco, em Angola. Perante esta vaidade, eu, com certa calma, intervim e anunciei que, de entre a papelada que recebera de outras administrações bancárias existentes em Angola em nenhuma delas vinha anunciado o seu nome como gestor, pois tinha sido um simples "caixa móvel..., ao exercício do Banco"X", o que o enfureceu tal denúncia, pois desmenti a sua vaidosa superioridade. A partir da denuncia das vaidosas mentiras feitas pelo novo Gerente, baseada em documentos oficiais, em meu poder, de que ele tinha sido um Grande Chefe em Angola, passei a ser (para ele novo gerente), um "inimigo a abater"....
No dia anterior à apresentação deste novo gerente, acontecera o seguinte: Após o encerramento ao Publico das portas de acesso aos Serviços internos do Banco, e estando ainda em exercício o antigo Gerente, (Colega e Amigo, de quem omito o nome) quando se encerravam as portas, e se fechavam os Serviços, repentinamente surge uma equipe de Policias Armados, que, dirigindo-se ao tal Gerente, que fora substituído, prendeu-o, e, à sua saída, dentro do estabelecimento, dei um berro, e arremessando ruidosamente para o chão esta minha pasta contendo impressos, que assustou toda a assistência , em que, em voz alta, gritei:
"Colegas, atenção: ... à nossa vista o nosso Colega Gerente, (omito o nome), está sendo arrastado e aprisionado pela Policia, sem que saibamos porquê, mas pressinto que isto está sendo uma violência muito injusta, pois enquanto não se provar que tenha cometido o crime de que é acusado, para Nós, Bancários, a inocência dos crimes de que é alvo, vai ser comprovada, em prévio Julgamento, e como tal, neste momento, está sendo vítima de um acto que considero criminoso.- a sua prisão.
(Muitas palmas, e seguiu-se depois o silêncio...)
Escusado será dizer-se que, passei a ser uma vítima por parte do Novo Gerente, que me passou a odiar, e, que por causa disso, os tempos que se seguiram, foram conduzidos a tal ponto que, a Própria Medicina, aconselhou-me a ir para a Reforma antecipada, o que sucedeu meses depois, atirando-me para o direito a ter a mínima pensão de reforma, equivalente ao ordenado a que tem direito um simples APRENDIZ DA BANCA....
Para concluir, o resultado quanto ao julgamento do Antigo Gerente, foi este... ESTÁ INOCENTE 1
Copias fotografadas de alguns documentos originais, que comprovam o que acima se discrimina.
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Documentação inter-administrativa, do Banco. |
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Atestado Médico psiquiatra afirmando que o meu grave estado de saúde,teve origem no local de trabalho. |
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Documento bancário concedendo-me Reforma antecipada, com muitos cortes. |
Tá?!....
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