quarta-feira, 2 de julho de 2014

Sublime honradez...




Nasci na capital de Angola  Luanda, no ano de 1928, e  presumo  poder  vir  ocupar  uma cova, quando Deus me chamar a sua Presença,  para ficar  junto da saudosa Esposa,  que  já lá  descansa em Paz, desde de Novembro de 2010. na cidade algarvia de Olhão.  Olho, neste momento para o calendário, que me indica  estarmos na  data,  em que estou  programando o presente  blog ,-  Quarta-feira, 02 de Julho de 2014. Práticamente já estou  a caminho dos 90 anos de idade !

Algo me chamou a atenção sobre um artigo publicado na imprensa local, que me inspirou; e, como se relaciona com histórias de Suicídios Famosos cometidos  por heróis  portugueses,  para além  de me ter lembrado da  Figura do meu Avô, Joaquim  do Carmo Ferreira , que, a coberto  da bandeira portuguesa, foi há  longos anos sepultado  na antiga cidade  Nova Lisboa, em Angola, ocorreu-me o que se relata com o heroísmo  praticado pela  heróica Figura do General Silva Porto, cujo acto, penso,  que actualmente já  não exista quem pratique igual comportamento de honradez e dignidade patriótica.

Nos compêndios da história, consta que.... | Silva Porto -Durante muitos anos, foi o único branco que os negros viram, porque muito antes de os exploradores africanos cruzarem  África,  ja ele se tinha estabelecido no Bié, em pleno sertão cuja experiência revelou-se preciosa para muitos comerciantes e aventureiros que demandavam o desconhecido.  Chamava-se Silva e, porque era natural do Porto. (Portugal),  ficou conhecido por Silva Porto. António Francisco Ferreira da Silva, assim se chamava. Nasceu no Porto. 
                                             " Antes a morte que a deshonra"..

Em 1848,  foi interinamente nomeado capitão-mor do Bié. Por volta de 1850, dá-se início às grandes exploarações africanas. No sítio mais a leste, na embala de Belmonte, era onde flutuava a bandeira portuguesa. Livingstone, Stanley, Capelo   Ivens e Serpa Pinto,  chegaram a ser servidos por fieis serviçãis comandados por Silva Porto. Apesar do bom acolhimento dispensado, Livingstone, ingrata e invejosamente, apelidara  Silva Porto de "vulgar negreiro",  quando chega às terras do Alto Zambeze..

Dizia Silva Porto,  estar inválido e pobre e só ambicionava por consolação suprema a todas a suas canseiras, poder morrer na pátria. " Mas o Ultimato Inglês e sobretudo a perda de confiança do soba Dunduna na sua pessoa constituiam o seu golpe de  misericória..

Quando correram rumores que uma expedição militar portuguesa se aproximava do Bié  para ocupa-lo pela força, Silva Porto  foi molestado pelo chefe autóctone, pois sentia-se já intenção expansionista da  Inglaterra, consequente do plano traiçoeiro que, internacionalemte fora estabelecido.

Contudo, perante as variadas situações, explosivas,  provenientes  de divergencias políticas que se estavam amontoando, ao redor daquele território ultramarino,  o que tornou mais insuportável  para Silva Porto,  foi a sensação de deshonra a que fora sujeito. Sentira-se altamente atraiçoado, e difamado.   Por isso, na madrugada do dia 1 de Abril de 1890, humilhado e moralmente de rastos, pegou na bandeira nacional que ele proprio fizera, imolou-se enroscando-se nela, sentou-se num barril de pólvora e chegou-lhe  fogo. Morreu numa intensa agonia.

A população portuense saiu à rua para prestar a última homenagem ao  nortenho Silva Porto.

Em sua  homenagem , em Angola chegou a ser  edificada a cidade com o nome de Silva Porto.

Isto sim .  é que é ...   HONRA E  DIGNIDADE  PATRIÓTICA...


General Silva Porto (já falecido).
Barris de pólvora...



Dar a vida por Portugal...
                                                              Grandes Homens ...
Tá?!...

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