E, aqui vai mais "um conto", que, não sendo de fadas, tem o mérito de exteriorizar o que se sentiu, na verdade, nos momentos das horas amargas, e de aflição, quando o perigo é iminente à aproximaçao da hora da morte...
Vou tentar, romanciar, o que se passou, em Angola, quando num periodo de férias, tentei levar a Familia a passar um dia, que seria delicioso, se não tivesse acontecido o que vou relatar, embora não me sinta grande Escritor: (ah!...ah!.. ah!... ).
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A débil vela da madrugada espreitava já o seguinte cenário, em dia que viria a ter grandes temperaturas ambientais:
-Oh Pessoal, toca a acordar, pois temos que percorrer, no nosso automovel, sessenta quilómetros para pormos o nosso barquinho na água, pois o rio Cuanza está ansiosamente à aguardar a nossa chegada para pormos as nossas canas e carretos de pesca a funcionar, porque os pargos de sessenta quilos podem fugir pelo rio acima até à Muxima...
Pronto... agora, que chegamos,aqui à foz do rio, e são sete horas da manhã, eu e tu ( eu e a minha saudosa Mulher) vamos dar o arranque ao motor e subir rio acima, junto à margem esquerda, e pescar os grandes peixes que abundam neste rio angolano.
Olha, o meu carreto acaba de fisgar um peixarão. Prepara-te para o encaminhar para aqui perto, para o colocarmos dentro do barco , está bem? Olha, o motor parou.
Pronto ja´temos o pargo aqui connosco e vamos continuar a subir o rio. O motor não pega ? Sim, estou farto de dar ao arranque e não pega...
Bem, dá cá um dos remos, para encaminhar o barquito para junto da outra margem , pois a corrente do rio está-nos empurrando, com certa rapidez, para a foz, que embora distante, sempre é preciso muito cuidado e atenção , pois as rebentações , das ondas do mar, já se estão ouvindo...
Agarra no outro remo, pois este partiu-se. A corrente é muito forte e já se veem as ondas a rebentar nas areias. Estamos em perigo, e não temos quem nos socorra. É o fim da nossa vida! Adeus meus Filhos...
Escuta... reza a Nossa Senhora.... "Avé Maria, ...."...
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Pense-se o que se pensar e diga-se o que se disser. A partir daquele instante, senti algo que desviou o nosso barquinho, que ja estava a meter água, e que sem motor e sem remos, podiamos ser engolidas pelas ondas que rebentavam na foz do rio.
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"Estás a ver aquelas gaivotas, pousadas ali já ´bem perto de nós ? Não... não vejo ...
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Estava já anoitecendo quando me apercebi que o barquito estava sendo desviado para a margem oposta, e que um grupo de pescadores negros estavam aguardando a nossa aproximação, para nos prestarem assitência. - E fomos por eles socorridos, até ào atrelar do barco à nossa viatura automóvel, em terra.
A minha Saudosa Mulher, não se apercebera do poiso das gaivotas em terra, porque tinha perdido a vista, partido um braço, e a sua visão veio depois de termos sido abençoads pela milagrosa salvação que nos foi dada pela´...
Virgem Santíssima- Nossa Senhora de Fátima.
Eram assim as pescarias no rio Cuanza |
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Os dois filhotes- Luanda (Angola) |
Foz do Rio Cuanza - Angola. (perigosa !) |
Este era o barquinho utilizado na pesca.. |
O nosso barquito..atrelado ao automóvel.. |
Estas seriam as ondas de que Nossa Senhora nos salvara... |
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