quarta-feira, 23 de julho de 2014

Dor pungente...e silenciosa !

O termômetro já estava marcando uma numeração já a caminho dos trinta e sete graus, à sombra, no momento em que, a dois passos,  sentadas  numa cadeira, junto à mesa, numa  fresca esplanada publica , recentemente inaugurada, estavam conversando, descansadamente, duas gentis Senhoras, já de idade avançada, que me convidaram a fazer-lhes companhia, pois já nos conhecíamos desde os tempos imemoriais da vivência em Angola.

Apos os primeiros cumprimentos, da praxe, dirigi a uma das Senhoras , a seguinte interrogação: "O que é feito do seu Marido, Carlos, pois há muito tempo que deixei de o ver ?

Resposta entristecida... Faleceu há tempos e o seu corpo  foi cremado. Eu também quero ser cremada quando morrer...


Perante esta triste situação, fiquei abismado com uma dolorosa. resposta!

O Carlos fora uma ilustre  Figura muito conhecida e estimada em Angola, porque fazia parte de um "clã" de técnicos Profissionais nas lides da Radiodifusão,  onde  praticara programas de muito apreço, por parte do Público.

E pensei, porquê um fim de vida, como o que me relatara a sua Excelsa Esposa ? Merecia, antes , um triunfante Cortejo, em honra do seu digno e Honrado Passado.O meu compatriota Carlos Meleiros !

Satisfazendo uma íntima curiosidade, recorri a uma fonte, aliás, exposta publicamente, na Internet  afim de me inteirar, melhor, sobre a questão " Como é feita uma cremação.. E então colhi aí o seguinte esclarecimento

"A cremação é um processo extremamente antigo, e vem sendo usado a milhares de anos.

O velório acontece normalmente, como em qualquer outro funeral. A diferença está que  ao invés do corpo ser levado ao túmulo, ele é transportado para uma sala refrigerada. onde ficam em torno de 24 horas, tempo em que a família ou até mesmo a polícia podem requisitar o corpo de volta.

Passado esse tempo, o cadáver é levado ao  forno junto com todas as roupas e o caixão, sendo que somente as alças metálicas do mesmo são retiradas. O caixão é sustentado por uma bandeja que impede seu contato direto com o fogo,  que chega a uma temperatura média de 1200ºC. Com o calor, tanto a madeira do caixão quanto as células do corpo se evaporam, indo direto do estado sólido para o estado gasoso.

Após passar cerca de duas horas no forno, os restos mortais são levados para um triturador, onde as partículas que resistiram a queima ( o oxido de cálcio, por exemplo) são moídas. 
Na sequência, as cinzas são colocadas em urnas e entregues às famílias.

As famílias fazem das cinzas recolhidas, o que entenderem.

Falando com Agentes Funerários, foi-me dito que tem havido casos em que as cinzas são atiradas ao mar, em actos de homenagem.

Impressionante, não acham  ?...

E é assim que é extinta uma vida, nem que seja ao atingir  o seu Centenário..
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Tá?!...

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