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Passou-se isto, faz hoje precisamente quatro anos. Minha saudosa Mulher, após ter ingerido o pequeno almoço, acompanhado por alguns medicamentos receitados pelo Médico, transportada pela Senhora Dona Cesaltina, que lhe prestava assistência doméstica, devido ao estado de doença que a causticava, sentou-a na cadeira acostável, e a meu lado, tambem onde me encontrava sentado, em cadeira vulgar, a poucos centimetros de distância. Vigiando-a, e a poucos minutos de minha Mulher me ter dirigido um doce olhar, estranhei a sua forma de respiração e, de imediato chamei a Dona Cesaltina a quem disse estranhar tal coisa. E... esta Senhora, então, encostou o seu ouvido ao peito da minha Mulher e proferiu esta exclamação dolorosa .... DONA TERESA MORREU !
Cadeirinha da Vovó... |
E foi assim, que , de seguida, pedi socorro ao 112, dando conta da situação, e passados breves minutos uma Equipe de Enfermeiras e Médico, surgiram na minha residencia, confirmando, oficialmente, que minha Mulher tinha acabado de falecer.
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A nossa nova residência, em Olhão, foi proveniente da saida de Angola, "exilados", devido à "exemplar descolonização", terra onde nasci ,vai para 90 anos, e foi em Luanda que celebrei um feliz casamento com a santa Mulher (Alvarina Teresa) que acabava de ir para divinas mãos de Deus, e que foi ceifado ao fim de 60 ( sessenta anos) de um bom e amoroso convívio, que delegou ao Mundo dois Filhos e quatrro encntadoras Netinhas ...
"Alma minha gentil, que te partisteA esta Santa Esposa, dedico as seguintes Rimas de Luis de Camões:
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na trerra sempre triste
Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memórias desta vida se consente
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te ,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Com um Adeus do teu " Fosinho" querido,
Alvarina Teresa. |
Tá?!...
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