Vasculhando o baú das preciosidades históricas, dei conta de um impresso já em parte corcomido pelo tempo, muito amarelado e que me despertou certa atenção. E o que vim a descobrir...
Uma carta, que um tio meu me endereçou, tio este, infelizmente já falecido, vinda de Lisboa, e que fora uma das gratas personagens que me educou, durante o tempo em que com Ele convivi, enquanto residente no Largo da Luz, perto de Carnide, em Lisboa.
A razão de me ter escrito, (como aliás se depreende da sua leitura) prendeu-se a ter-lhe dado conhecimento prévio que encontrara uma encantadora Senhorinha, no escritório em que ambos trabalhávamos, com a qual iria casar-me, dentro em breve.
Com efeito, tempos depois, celebrámos o nosso casamento, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Luanda. A noivinha, (Alvarina Teresa) e Eu, fizemos junto ao altar de Nossa Senhora, então, na data, o juramento de fidelidade, amor e afeição familiar, "até que a morte nos separasse....".
E, ao cabo de sessenta anos de um bom e feliz e harmonioso convívio nupcial, a minha Santa Esposa, Alvarina Teresa, sentada a meu lado, certa manhã, olhando-me para os meus olhos, quebrou o juramento celebrado há tantos anos, despedindo-se silenciosamente dizendo... " Armando, Adeus Até Sempre, pois acabo de entrar na via que me conduz até junto de Deus... ADEUS .
E, foi assim dado cumprimento ao juramento que ambos fizéramos, há 60 anos atrás...
Eis a carta que o meu saudoso e muito querido tio Rogério me dirigira, à qual sempre dei fiel cumprimento às suas elogiosas e saudáveis recomendações.
e... o quadro final... actual !
Dia do casamento à saída da porta da Igreja -Luanda. |
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