Abordei, em blogs anteriores ao presente, temas conotados sobre a Guerra Colonial, com ocorrencias emocionantes, (algumas até vividas pessoalmente) em que a solidão, a indiferença e o isolamento e a tristeza, eram os factores que mais se sobrepunham aos restantes.
Esta foto, extraida de uma das paginas da obra acima mencionada, revela bem como e quando os Refugiados (os ditos Retornados) abandonam Angola, Janeiro/Setembro de 1975.
Não foi, porém deste modo, e por esta via que levantei voo a bordo de um avião gigante, com destino ao aeroporto de Lisboa, atendendo que as circunstâncis impostas que me obrigaram a tal viagem aérea, com destino a Portugal eram totalmente diferentes. Nunca pretendi abandonar a Terra que me viu nascer, pois, a despeito do "fervor" de vida, que nos era imposto, dada a aproximaçáo do dia da independência de Angola, em minhas veias corria ainda o sangue para um projecto, aderente, de que a independência à vista seria para que todos os Angolanos vivessem em Paz, Solidariedade e Fraternidade
Mas Deus é que comanda os nossos destinos... Embora com a Familia (Mulher e Filhos), providencialmente salvaguardados, em Portugal, dos horrorosos extremismos da época, que se vivia em Angola, à última hora, fui atingido por uma doença grave, que, devido à ausência de Médicos e meios de salvamenteo adequados à minha súbita doença, a unica alternativa foi a de me meterem, à força, num avião, cheio de passageiros, e levantar voo a caminho de um Hospital em Lisboa. E foram os cuidados clinicos, em Lisaboa, que me prolongaram a vida...
Em tempo de PAZ e sossego, nunca fôra perspectivado qualquer. abandono a Angola, e, a prova está que, para solidificar a nossa presença numa cidade em que o calor era "escaldante", para o suportar, mandei instalar, a dada altura, ar condicionado em toda a miha residência, em Luanda. Até uma máquina de filmar fazia parte do meu património, para filmagens de um futuro encantamento...
Resumindo... Após a celebração do dia da independência de Angola... recebo, mais tarde, aqui em Portugal, a notícia, de que todo o meu recheio deixado na minha residência particular, em Luanda, fora totalmente destruido..
Tá?!...
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