Vou ficando emocionado pela forma como a autora retrata de forma brilhante episódios que vão desde grandiosas teorias da conspiração até episódios íntimos de perda e de esperanças frustradas. São relatados acontecimentos que aconteceram após a independência de Angola, aos quais não tive a mínima oportunidade de poder assistir, dada a minha ausência, nessa altura, de Angola (terra onde nasci), motivada por uma grave e repentina doença de que fui vítima, cujos tratamentos adequados só em Lisboa é que existiam., Por tal motivo fui transportado, com urgência, para bordo de um avião, com partida do aeroporto de Luanda, com destino à cidade de Lisboa (Portugal), para ser internado num Hospital, nesta capital, para salvação..
Há até um caso curioso, que me foi relatado, por um Familiar (infelizmente já falecido), que estava ligado profissionalmente a aviação portuguesa (TAP) que me contou o seguinte, que lhe fora descrito por um dos tripulantes de cabine do avião em que eu viajava:-
..."Sabe que o Comandante do avião em que Você viajava a caminho de Lisboa, e já bem perto da costa Algarvia, recebera ordens provenientes da torre de controle de Luanda, para, antes de aterrar em Lisboa, regressar de imediato a Luanda, afim de se colher um passageiro que ia abordo, e que o Comandante respondera, que não cumpria essa ordem, até porque não tinha combustível para tal, e sobretudo porque estavam transportando quinhentos e tal passageiros, a desembarcar com destino ao próximo aeroporto de Lisboa, quase â vista."...
Não sei porquê, mas associei esta "visão" a um breve trecho que li numa das paginas da obra literária acima referida, e pensei para comigo próprio... será que tenha havido alguma relação com o que em tempos me tinham dito, que o tal passageiro que queriam que regressasse a Luanda, a fim de ser recolhido ... ERA EU ?!... Nunca se averiguou......
Em Angola, exerci muitos cargos de chefia, e administrativos, em várias Empresas, sempre a contento, e com êxito, documentalmente comprovado. O meu ultimo desempenho laboral, era exercido num ex- Banco, no qual fui um dos componentes na sua fundação e inauguração. Foi um período vivido com certa tranquilidade, antes dos acontecimentos resultantes do 25 de Abril. Vivia-se um clima saudoso como o que se extraía do ressurgimento das lindas orquidias...
Linda orquídea... |
E também, quando um navio com a bandeira portuguesa atracava aos cais acostável , no porto de Luanda, os auto falantes emitiam ao mesmo tempo versos , ao som deste hino, à Pátria Portuguesa..
Ainda há quem se lembre... eram dias festivos !...
Tá?!...
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