Entretanto celebraram-se os festejos da independência de Angola, aos quais, obviamente, não pude assistir, como inicialmente esteve previsto.
Após a data de independência, e já com melhoras provenientes de tratamentos que me tinham sido impostos, junto da Embaixada de Angola, em Portugal, tentei regressar ao país do meu nascimento, Angola, mas, por razões desconhecidas, acabei por receber a seguinte resposta: "Não foi aceite a minha honesta colaboração"....
Residente, actualmente em Olhão, onde acabei por cair de "pára-quedas. há alguns anos. Para afugentar a solidão e isolamento provocado por uma viuvez, ceifada, após um enlace matrimonial que durou sessenta anos,esforço-me por apreciar leitura de livros que norteiem situações inerentes à nova Angola, razão pela qual estou lendo a obra da jornalista Lara Pawson, "Em nome do Povo". A páginas tantas, ao desfolhar a pagina 41, li o seguinte:
..."Posteriormente à tentativa de golpe de Estado de Nito Alves foram mandados executar sumariamente na cidade do Luso os portugueses Victor Manuel Reis, gerente local do Banco Pinto e Sotto Mayor, e Almeida Fernandes, pelo filho de um comandante das FAPLA conhecido por "Dangereux", ao saber que seu pai havia sido morto na intentona de 27 de Maio ".
Foto da página acima. |
Como sou Bancário, embora Reformado, despertou-me o nome de Victor Manuel Reis, Gerente do Banco Pinto & Sotto Mayor. Como possuo documentação antiga, que me era confiada pelas Gerências de Bancos concorrentes, em Angola, decidi abrir as gavetas onde repousam essas velhas lembranças, e fui confrontar com nomes iniciados por Victor Manuel, afim de verificar se se tratava do mesmo Colega Bancário. Mas como os nomes não coincidiam na sua dimensão de tipo familiar, fiquei na dúvida se, efectivamente, o Colega abatido era o que vinha na lista dos colaboradores que trabalharam em Angola, na Banca.
Perduram as velhas esperanças de eventuais encontros com o Pessoal com quem convivi, enquanto Trabalhadores, na terra onde nasci, e na qual ficaram os meus bens domésticos, que foram posteriormente destruídos, não sei por quem...
Tá?!...
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