Numa publicação anterior relato actos de auxílio a animais, cães, abandonados à sua sorte nas ruas da amargura. A crueldade humana parece não ter limites. Agora, com a justificação da crise, são visíveis mais e mais cães abandonados a deambular, sem eira nem beira, de olhar triste, como que procurando uma explicação para a sua triste sina. Admitindo as dificuldades económicas, como pode alguém que se diga humano abandonar aquele que é o seu melhor amigo, que nunca usou a malícia para enganar, aquele que sempre foi fiel em troca de muito pouco. É esta racionalidade que pode distinguir o Homem dos outros animais e que se não se verificar nos torna literalmente umas bestas.
Mas talvez seja essa a natureza humana: o egoísmo, a indiferença, que leva ao abandono dos da própria espécie, numa espiral que parece não ter fim. Se abandonamos os nosso semelhantes, de facto não parece tão estranho abandonar amigos e companheiros de outra espécie.
Há quem diga que os animais não sentem tristeza ou qualquer outra emoção. Nada mais falso ! Apenas lhes falta força para demonstrar com raiva aquilo que lhes vai na alma que também eles têm. Num mundo perfeito nada disto aconteceria. Se todos fizéssemos a nossa parte de não indiferença, esse mundo ideal estaria mais perto. Por agora, só podemos sonhar...
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Sonhando ao lado do dono.. (Olhão) - Algarve.. |
Tá?!...
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