Por vezes esqueço-me que já sou um velho, caduco, a caminho dos de 90 anos, reformado bancário (com recente viuvez) com a mania de que ainda é capaz de ser um exímio Repórter, coisa que nunca conseguiu ser, pois para se ser um verdadeiro Repórter é indispensável ter capacidade para exercer tal digna profissão.
Mas, apesar de todos os inconvenientes apontados, ainda me vão perpassando certos pormenores, que me despertam alguma curiosidade, como a que vou apontar de seguida:
Em local de grande visibilidade, bem perto da residência do autor, encontra-se uma nora, com finalidade decorativa, que, como esta, já poucas se vêem em funcionamento.
Isto faz-me retroceder a épocas tão distantes, em que as populações tinham um modo de viver tão diferente, dos tempos actuais, em que, para se obter um simples jarro de água, basta agora tão simplesmente manobrar a torneira, condutora deste líquido que nos é fornecido por sistemas camarários modernizados.
Já lá vai o tempo em que para se tirar água do poço, ver-se um burro a andar à volta da nora, com os olhos vendados... horas e horas a fio. Coitado do burro!...
Tá?!...
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