Acordei, depois de uma retemperadora noite de sono, tomei "o mata bicho" e liguei o fiel e incansável computador. Curioso, procurei inteirar-me das notícias do dia. Dei de caras com o "Correio da Manhã". Como habitual neste jornal diário, muita desgraça. Na capa (que coloco em destaque) é possível encontrar referência a um processo de fraude que, envolvendo médicos, farmácias e delegados de informação médica, terá lesado o Estado, logo todos nós, em muitos milhões. Depois é o Ministério da Defesa que perdeu dados de pensionistas. Será alguma inovadora estratégia para não pagar as ditas reformas ? Noutro cantinho uma referência aos milhares de licenciados sem emprego, seguramente parte da estratégia de promoção das exportações quando, muitos deles, se virem obrigados a emigrar para dar de comer à família... Em grande destaque a derrota caseira do Futebol Clube do Porto, algo que certamente terá impacto na vida de muita gente, que apesar de não ter trabalho ou passar dificuldades se entretém a discutir os assuntos da bola. Depois é a Mãe que abandonou a filha recém nascida no Hospital de Viseu, afirmando não ter condições para sustentar a criança (será que não teria sido melhor pensar nisso quando a fez ?). Numa nota mais ligeira, referências à melhoria do desempenho sexual de quem pratica exercício físico ou, ainda, ao cabelo mais escuro do nosso querido Primeiro Ministro, parecendo querer seguir a máxima "a imagem vale mais que mil palavras...".
Onde estão as boas notícias, aquelas que nos põem de sorriso aberto ? Será que nada de bom, de REALMENTE BOM aconteceu por estes dias ? Mais uma vez, o sentido mórbido que nos leva a parar junto de um acidente para ver quem morreu ou a coscuvilhice que nos leva a olhar para o quintal do vizinho, parecem prevalecer. E assim vamos andando nesta República de Portugal. Com a cabeça entre as orelhas, lá seguimos, cantando e rindo.
Enfim, para que não digam que são, também aqui, só desgraças, aqui fica um momento de boa disposição:
Numa conversa de miúdos, dizia um:
- O meu pai, que era funcionário público, reformou-se e deram-lhe uma pensão.
Disse o outro:
- O meu, que era administrador público, também se reformou, mas deram-lhe um hotel…
Tá?!...
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