Sempre cumpri com o solene juramento, e nunca me senti com "telhdos de vidro", e haja quem tenha motivos válidos, que me atire a primeiro pedra, mesmo ao transpor do degrau da escadaria que me levará a atingir os próximos noventa anos de idade...
Este é um quadro (foto-montagem) com o qual pretendo exprimir o que sinto ao redigir o presente blog... Em mente, a lembrança viva do meu melhor Diamante, que partiu para o Céu, Alvarina Teresa, natural da grande cidade portuguesa , que é o Porto.!
Completariam , portanto, no proximo dia 12 de Dezembro de 2014, sessesnta e um anos em que perante o altar com a santa imagem de Nossa Senhora , ambos pronunciámos o nosso juramento nupcial, em que a partir de então, a Felicidade e a boa convivência esteve sempre presente, e com uma vida enriquecida através dos anos em que Deus consolidou o nosso enriquecimento familiar com o ressurgimento de dois Filhos e, posteriormente, quatro encantadoras Nétinhas..
Um breve episodio, que bem vem demonstrar a grandeza da alma bondosa da minha saudosa Mulher:-
Trabalhavamos ambos, na SOREL (Caterpillar), no mesmo ano em que nos conhecemos, e em cuja Séde, eu desempenhei, durante 15 anos, funções laborais variadissimas, e a minha Alvarina cumpria a dificil missão que lhe fora confiada pelos Patrões da Empresa, Dignas Personagens da Familia Paço d´´Arcos e Pombal, como Secretária da Administração Geral da Empresa.
Trabalhava na mesma firma SOREL, como contínuo, um Homem de côr preta, - o Domingos- de quem todos nós gostávamosa e tinhamos por ele grande afeição e estima,pois, para alem de ser pessoa idosa, estava sempre pronto para atender todos os pedidos que lhe eram solicditados.
Certo dia, este Sr. Domingos, teve um colapso em serviço, que o levou a ter que ser urgentemente assistido por uma Entidade Hospitalar, em Luanda.
Foi transportado ao Hospital pela Secretária da Direcção da SOREL - Alvarina Teresa- que se viu confrontada com um problema ( que na altura era muiso sério...) pois não havia camas na enfermaria para alojar o Domingos. Só existiam quartos de primeira classe, que eram considerados de luxo e destinados a pessoal endinheirado e não a pessoal de côr sem posses financeiras.
Comunicada esta trágica situação de emergência, à Direcção da SOREL, foi por esta decidido trazer o doente para outros centros de enfermagem, com menos capacidades de tratamentos adequados.
Perante a gravidade que se gerou, e apercebendo-se que no meio de tudo isto reinava o conceito racista, pois o doente era preto, a empregada D. . Alvarina Teresa, assumindo total responsabilidade pessoal, exigiu que se internasse de imediato o Domingos, mesmo em quarto de primeira classe, pois responderia por todas as consequencias do acto que acabava de cometer, pois acima de tudo estava o estado de saude do doente que sofria atrozmente. E então o Sr. Domingos, foi internado em quarto de primeira categoria, onde acabou por ser salvo de uma tenebrosa morte.
Moveu-se posteriormente uma onda de protestos, por parte de quem não aceitava que um doente preto fosse tratado em quartos de luxo. Por outro lado, embora a Empresa tivesse contribuido e acabado por concordar com a decisão da Secretária da Direcção, a D. Alvarina Teresa, esta foi, mais tarde, reconhecida como "Salvadora da Pátria"... ajudando quem estreve à beira da morte, independentemte de ter a cor branca ou preta na pele.
Tá?!...
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