Quando eras miuda |
À entrada da porta da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Luanda (Angola), na manhã do dia 12 de Dezembro de 1953, pelas 9 horas, Familiares, Colegas de trabalho, Amigos, Padrinhos e muita vizinhança de ambas partes, a maioria com vestes próprias para festejos adequados, reunia-se, alegremente, aguardando a chegada dos Noivos, que ja´tardava.. Seriam, provavelmente, já 11 horas, quando o Pároco (Padre amigo pessoal), deu sinal que iria dar início à cerimónia do casamento.
E assim foi.... Muitos abraços, beijocas, fotógrafos em grande actividade e... os sinos a tocarem em som festivo ! Foi um dia encantador, para toda a gente, pois as amizades vieram todsas à superfície, dado o novo casalinho ser muito estimado em toda aquela área geográfica, no cojunto citadino da cidade de Luanda (terra de nascimento do Noivo, e sendo a cidade do Porto a que viu nascer a linda e encantadora Noiva)...
E... cá estão os Noivos... todos sorridentes, neste dia maravilhoso...
E a divina Sentença de Deus...
Após muitas voltas e reviravoltas consequentes de situações criadas pela famigerada "exemplar descolonização ", ao fim de longos anos, já em Portugal Continental, acabamos por encontrar um recanto para vivermos o resto da nossa vida - o Conjunto Residencial no Siroco - denominado Apartamentos .Nau
Era, e continua a ser, um edificio de grandes dimensões, que acolhe muitos residentes, repartidos em apartamentos modernizados, em que se instalou (na altura) um Hotel Residencial, com exclusão dos inumeros apartamentos que eram, no conjunto, propriedades pertencentes somente a particulares.
Nesse chamado "Hotel", começaram a surgir "clientes", que, ao longo da noite, provocavam certo clima de "desordens ", porque, muitas das Senhorinhas residentes, entregavam-se à vida noturna, que incomodavam, a toda a hora, os proprietários dos blocos particulares. do conjunto predial.
Alertadas as Autoridades Policiais e Administrativas do que estava a ser sucedido, certo dia, um Aviso Oficial, por parte das Autoridades, dava um prazo de 48 horas, para que as ditas residentes, "notivigas" abandonassem, de imediato, as suas instalações, onde viviam.
Gerou-se, posteriormente, um clima de "hostilidades", pois, pressentia-se que se estavam a dar ordens de despejo, completamente injustas, e não cumpridas, por ilegais, pois chegou-se a conclusão que havia crianças, e pessoas idosas, no meio disto tudo, que passaram a ser vitimas de tais ordens de expulsão.
A imprensa, a certa altura, como viviamos em Apartamento Particular, portanto não atingidos pelas ordens policiais, convidou a minha Esposa para uma entrevista, que mantenho gravada em DVD, solicitando qual o seu ponto de vista e qual a sua opinião, já que não era atingida por semelhantes oficios´, na medida que era uma simples observadora do clima de agitação que se gerou
Resposta: Estou inteira e totalmente contra tal medida de expulsão, pois dão 48 horas para as pessoas se irem embora e deixarem os espaço onde vivem, vazio, quando há crianças e idosos a sofrerem, pois não é em 48 horas que se resolve tão dramática situação, porque no meio disto tudo há inocentes crianças e idosos a serem injustamente castigados.
Tá?!...
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