Tencionava suspender, temporariamente, a publicação, no campo "bloguista", de histórias ou factos ocorridos, no percurso da vida, dando assim , algum descanso aos queridos Leitores, da leitura que os meus "trabalhinhos", lhes ocupa.
Perante um artigo que, no jornal , dedicados aos Velhos ( Jornal Sénior), posto hoje à venda, no País, em que os Leitores podem reflectir as suas criticas, e opiniões, uma Leitora, anónima, de Lisboa, remeteu, à Direcção do jornal, uma carta, que muito me sensibilizou cujo teor passo a transcrever, parcialmente, com a devida vénia e respeito:-
"...Carta de uma cidadã que não vem pedir nada. Apenas manifestar a revolta de milhares de pessoas como eu, porque tenho ainda dignidade e vergonha. Podem-nos tirar tudo mas isso ninguém nos tira. Como sei que ninguém nos dá nada, não me identifico.
Tenho 84 anos, faço 85 em Novembro, vivo só. Sou viúva há 35 anos. Recebo de reforma uma esmola de 247 euros. Pgo água, luz, gás e telefone. Sou diabética e sofro da coluna. Tomo 15 comprimidos por dia, tomo insulina de manhã à noite.
Agora o meu senhorio fez o favor de me mandar uma carta, onde me aumentou a renda da casa onde vivo há 58 anos, para 500 euros.
Como sou católica , não me posso matar, pedir na rua de mão estendida, tenho vergonha, emigrar, já não tenho idade. Por isso quando passarem pela ponte Duarte Pacheco, olhem lá para baixo, pode estar lá um colchãozinho que talvez seja o meu..."
A carta termina com mais alguns comentários, que bem impressionam a quem os ler.
Faço apenas uma reflexão:
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Perante os dados e argumentos que acima são transcritos,, como é possível, uma idosa, sobreviver nas condições relatadas? Será que os nossos Dispositivos Legais, viram as costas, impunemente, a situações tão cruéis, desta natureza?
Pelos vistos, a terceira idade, pode leva-nos a ter que ir dormir debaixo de uma ponte ?...
Tá?!...
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