Creio que não haja ninguém, neste planeta, que não se tenha confrontado com problemas, de vária ordem , que ao longo da nossa existência terrena, vão surgindo, desde o berço, e, mesmo até após o dia em que o coração deixa de bater de vez.
É a legalização documental do nascimento, a certidão para isto e para aquilo, o atestado comprovativo de que se está ainda vivo, o diploma do curso que vai ser suporte para admissão de lugares bem remuneráveis em direcções de Empresas e outros diversos Organismos, fotos renovadas para os BI`s caducados, a carta de condução, etc. etc. até que surge a necessidade, final, de comprovar de que o individuo morreu - o atestado de óbito!...
A minha longa experiência do que já tive que passar para, ao fim da vida, conseguir ainda ter capacidade mental e física para poder alinhavar estes blogs, martelando um teclado do computador, informático, advém daquilo que quase sempre vem expresso através do que vem registado e prescrito em papelada, e mais papelada-documental.
Mais tarde, damos conta da montanha de papeis e documentos, que foram indispensáveis, e que agora "repousam la nas prateleiras" eternamente !... Como recordação !
Eis um exemplo:
Foram muitas as situações e casos "ferruginosos" que foram tratadas, e na maioria obtive pleno `êxito. Reclamações, de pratica de injustiças, não tinham mãos a medir. Valeu a pena ter sempre posto "mãos à obra", pois de um modo geral, sempre saí Vencedor naquilo em que me metia.
Agora, sou um Velho, para aqui atirado para um canto à frente de uma secretária envidraçada, a escrevinhar factos de um longo passado, a fim de afugentar a solidão motivada por recente viuvez, que completou sessenta anos de uma feliz convivência nupcial.
Dos perto de meio milhar de documentos, arquivados, há um, que me emociona, dada a natureza e a distancia temporal, dos factos; vou então reproduzir, somente uma parte do teor do documento em causa:
Datado de Novembro de 1972, extraí o seguinte:
"República Portuguesa
UNIVERSIDADE DE LUANDA.
Gabinete Psicotécnico
Nessa data, requeri um exame sobre o traumatismo causado a um estudante (meu filho) por professores "desatentos", que o deveriam proteger (e não agredir). O "drama" escolar, que amedrontava o estudante, meu filho, de tenra idade, era o "terror" das provas, ultrapassado posteriormente.
E o texto que muito apreciei, inserido no dito documento, subscrito pela Direcção do Gabinete Psicotécnico, da Universidade de Luanda - Província de Angola, tem a seguinte redacção:
...Se nos é permitido um elogio, ele vai para os pais, que excluíram (inteligentemente) a punição física. De resto, pelo teste de CORMAN, verifica-se que o ambiente familiar é bom".
Alguma documentação fotocopiada, remonta já, aproximadamente, a 1940.
Tá?!...
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