A foto, à esquerda, foi a que despertou a atenção do "compatriota" angolano, sobre a qual, teve a amabilidade de pormenorizar alguns excertos, de que já não me lembrava. Esta foi a casa onde nasci.
Na foto, a direita, tinha 1 ano de idade e, aos 25, era enriquecido com uma linda Esposa, com quem me casei, em Luanda, e, infelizmente já falecida em Portugal.
Lembrou-me este Amigo, de infância, cujo paradeiro continuo a desconhecer, que...
"...Via por uma das fotografias colocadas por mim, que residia na área do BUNGO, como êle, numa altura em que a estação radiotelegráfica da Marconi era na mesma zona (anteriormente estaria situada na parte superior das barrocas depois do cemitério, local a onde mais tarde nasceu o bairro Miramar...) Por essa altura haveria a carreira de tiro nas proximidades.
A construção do porto comercial também terá tido o seu inicio, presumivelmente na mesma altura
Dia da inauguração do porto de Luanda, a que assisti, por convite. |
(Apontamentos sobre os comentários de Luis Lima):
A retenção das areias depositadas depois da dragagem foi feita com pedra usada na construção da barreira (enrovamento), e, a mesma pedra teria sido usada para os primeiros esporões de pedra feitos na então praia de banhos na ilha de Luanda.
A Textang nasceu no edifício que teria sido construído. para a 1ª fábrica de fósforos de Angola
Na mesma área, falando do BUNGO, relembra o facto de,se calhar, ainda poder haver alunos que tenham estudado na Escola 11 ( dos Caminhos de Ferro).
Com o tempo, foram remodelados pelos Caminhos de Ferro, muitas vias que atravessavam a meio da cidade de Luanda, tal como o prolongamento da linha férrea até aos morros da Samba (praia do Bispo).
============================
Na minha criação, lembro-me ainda, que, a água antes de ser consumida à nossa mesa, era previamente fervida e depois filtrada .
Os Petromax, eram o meio de podermos viver e ter ter luz em nossas casas, pois iluminação publica estava ainda sendo projectada.
Tínhamos que tomar às refeições um comprimido de quinino por dia, para afastarmos o perigo das perigosas febres, e paludismo.
Dias de chegada de qualquer navio de passageiros, vindo de Lisboa, que fundeavam ainda ao largo da baía, por não existir ainda cais acostável, era chamado "Dia de S. Vapor" dia festivo.
Ainda não existiam antibióticos (penicilina), e os tratamentos eram feitos à base de produtos naturais.
Toda a gente usava capacetes, pois o Sol, e o calor, eram aterradores.
Não havia casa onde não se dormisse sem o mosquiteiro; os mosquitos eram como os "impostos" (aterradores).
Felizmente que há coisas que evoluíram, favoravelmente e sob o ponto de vista humanitário: os indígenas (os criados, como se designavam na data) dormiam, antigamente, sobre esteiras, pois "camas", para eles, na maioria, era um luxo inacessível.
Hoje, até um percurso de 100 metros... só de automóvel, alguns ate´da classe.. "Roll Royce "...
... Passaram-se perto de três séculos ...
Tá?!...
Sem comentários:
Enviar um comentário