Viveu-se, na realidade, à custa da intervenção rápida militar, ordenada por Salazar, no célebre discurso "Para Angola e em Força", quer se acredite ou não, um curto clima de "confiança" e esperança no futuro, que acreditámos, que resultou começarmos a andar, de novo, tranquilamente pelas ruas e darmos corpo a todas as actividades laborais, fabris, estudantis e a tudo quanto fosse criar um bom ambiente de segurança pessoal.
Mas, outros ventos "venenosos" e gananciosos, começaram, mais tarde, a surgir, de vários quadrantes, incluído o nefasto poder, por parte de alguns "apátridas", que conseguiram desmantelar o bom clima que começara a surgir na "província ultramarina" de Angola.
Deu-se o "caos", como toda a gente se deve lembrar. E a partir daí era o "salve-se quem puder."
Chegou a haver tiros, mortes e... felizmente, um grande número de habitantes, ainda conseguia recorrer aos meios que lhes era disponível, para poderem salvar as suas vidas e os seus pertences.
No meio deste "turbilhão", a ser forçado a abandonar a terra onde nasci, por razões várias, sobretudo de saúde , que se agravava de dia para dia, recolhiam-se, à partida, os artigos e objectos que mais interessassem, e ... vamos à vida !
Muitos anos decorreram, muita coisa se passou, muitos " trambolhões" foram dados, tudo consequência de vicissitudes ligadas ao processo da descolonização...
Inesperadamente, no meio de um conjunto de livros, de reduzida dimensão, que consegui salvar, aquando da partida, esquecidos e à guarda de um Familiar, acabo de descobrir, agora, passados tantos anos, que uma das "relíquias" que conseguira que sobrevivesse, milagrosamente, à tormentosa despedida, é esta divina imagem:
Nossa Senhora do Rosário de Fátima |
Tá?!...
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